quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

O que é Herpes Zóster e como tratar

O herpes zóster, conhecido popularmente como Cobreiro ou Zona, é uma doença infeciosa causada pelo mesmo vírus da catapora, que pode voltar a surgir durante a idade adulta provocando bolhas vermelhas na pele, que surgem principalmente na região do tórax ou da barriga, embora também possa surgir afetando os olhos ou as orelhas.
Essa doença atinge apenas pessoas que já tiveram catapora, sendo mais comum aparecer depois dos 60 anos, e o seu tratamento é feito com medicamentos anti-virais, como Aciclovir, e analgésicos, receitados pelo médico, para aliviar a dor e cicatrizar mais rápido as feridas na pele. 
O que é Herpes Zóster e como tratar

Sintomas de Herpes Zóster

Os sintomas característicos do herpes zóster geralmente são:
  • Bolhas e vermelhidão que afetam apenas um lado corpo, pois acompanham a localização de algum nervo no corpo, percorrendo o seu comprimento e formando um caminho de bolhas e feridas pelo tórax, costas ou barriga;
  • Coceira no local afetado;
  • Dor, formigamento ou queimação na região afetada;
  • Febre baixa, entre 37 e 38ºC. 
O diagnóstico do herpes zóster normalmente é feito com base na avaliação clínica dos sinais e sintomas do paciente, e da observação das lesões na pele pelo médico.  Outras doenças que tem sintomas parecidos com os da herpes zóster são impetigo, dermatite de contato, dermatite herpetiforme e, também, com o próprio herpes simples, e por isso o diagnóstico deve ser sempre feito pelo médico. 

Fotos da herpes zoster 

O que é Herpes Zóster e como tratar
O que é Herpes Zóster e como tratar
O que é Herpes Zóster e como tratar
O que é Herpes Zóster e como tratar

Herpes Zóster é contagiosa? 

A herpes zóster é uma doença contagiosa para aquelas pessoas que nunca tiveram catapora ou que não foram vacinadas, já que são doenças causadas pelo mesmo vírus. Assim, crianças ou outras pessoas que nunca tiveram catapora devem permanecer distantes das pessoas com herpes zoster e não ter contato com suas roupas, roupas de cama e toalhas, por exemplo. 
Pessoas que já tiveram catapora quando estão em contato com uma pessoa com herpes zoster estão protegidas e normalmente não desenvolvem a doença.

Herpes zóster pode voltar?

A herpes zóster pode voltar a surgir à qualquer momento, em pessoas que já tiveram catapora ou a própria herpes zoster alguma vez na vida, porque o vírus permanece 'latente', isto é, inativo no corpo por muitos anos. Assim, quando existe uma baixa na imunidade o vírus pode se replicar novamente provocando herpes zóster. Fortalecer os sistema imune pode ser uma boa estratégia de prevenção. 

Tratamento para curar a Herpes Zóster 

O tratamento para herpes zóster é feito com a toma de remédios anti-virais como o Aciclovir, Fanciclovir ou Valaciclovir para diminuir a multiplicação do vírus, diminuindo assim as bolhas, a duração e intensidade da doença. Também pode ser necessária a utilização de analgésicos para aliviar a dor causada pelas bolhas. O médico pode receitar:
  • Aciclovir 800 mg: 5 vezes ao dia por 7 a 10 dias
  • Fanciclovir 500 mg: 3 vezes ao dia por 7 dias
  • Valaciclovir 1000 mg: 3 vezes ao dia por 7 dias
No entanto, a escolha do medicamento e sua forma de uso podem ser diferentes, ficando à critério médico essa prescrição. 

Tratamento caseiro para herpes zoster 

Um bom tratamento caseiro para complementar o tratamento indicado pelo médico é fortalecer o sistema imune tomando o chá de equinácea e consumindo alimentos ricos em lisina, como peixe diariamente. Veja mais dicas da nutricionista:
Imagem ilustrativa do vídeo: Herpes - Alimentação para curar a ferida e prevenir a infecção
Durante o tratamento também deve-se tomar cuidados como:
  • Lavar diariamente a região afetada com água morna e sabão neutro sem esfregar, secando bem para evitar o desenvolvimento de bactérias na pele;
  • Utilizar roupa confortável, pouco apertada e de algodão para permitir que a pele respire;
  • Colocar uma compressa fria de camomila sobre a região afetada para aliviar a coceira;
  • Não aplicar pomadas ou cremes sobre as bolhas, evitando que a pele fique irritada.
É importante lembrar que para ser mais eficaz, o tratamento deve ser iniciado até 72 horas depois do surgimento das bolhas na pele. 

Possíveis complicações 

A complicação mais comum do herpes zóster é a neuralgia pós-herpética, que é a continuação da dor por várias semanas ou meses após o desaparecimento das bolhas na pele. Essa complicação é mais frequente em pessoas com mais de 60 anos, e é caracterizada por uma dor mais intensa do que no período em que as feridas estão ativas, deixando a pessoa sem capacidade para continuar suas atividades normais.
Outra complicação menos comum se dá quando o vírus atinge o olho, causando inflamação na córnea e problemas de visão, necessitando de acompanhado por um oftalmologista.
Outros problemas mais raros que o herpes zóster pode causar, a depender do local afetado, são pneumonia, problemas de audição, cegueira ou inflamação no cérebro, por exemplo. Apenas em casos raros, geralmente em pessoas muito idosas, com mais de 80 anos, e com o sistema imunológico muito enfraquecido, em caso de AIDS, leucemia ou tratamento contra o câncer, essa doença pode levar à morte.

Vacina para Herpes Zóster

A vacina para herpes zóster é a única forma eficiente de evitar essa doença e suas complicações. A vacina é recomendada para adultos maiores de 60 anos, mas não é ofertada pelo SUS e seu preço é de cerca de 400 reais.
O ideal é que essa vacina seja recomendada pelo médico, pois ela não está indicada para mulheres grávidas e pessoas que tomam corticoides ou que já tenham o sistema imunológico enfraquecido.

Quem tem maior risco de ter?

O herpes zóster apenas surge em pessoas que já tiveram catapora alguma vez na vida. Isto porque o vírus da catapora pode ficar alojado nos nervos do corpo por toda a vida, e em algum período de queda da imunidade, ele pode se reativar na forma mais localizada do nervo.
As pessoas que têm maior risco para desenvolver herpes zóster são aquelas com:
  • Mais de 60 anos;
  • Doenças que enfraquecem o sistema imune, como AIDS ou Lúpus;
  • Tratamento de quimioterapia;
  • Uso prolongado de corticoides.
No entanto, o herpes zóster também pode surgir em adultos que tenham excesso de estresse ou que estão se recuperando de alguma doença, como gripe forte ou dengue, pois o sistema imunológico está mais fraco.
Fonte - tuasaude.com

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

OSTEOARTROSE

Osteoartrose

O que é?

A osteoartrose é uma doença que atinge, fundamentalmente, a cartilagem articular, que é um tecido conjuntivo elástico que se encontra nas extremidades dos ossos que se articulam entre si. A cartilagem articular é nutrida pelo líquido articular ou líquido sinovial. Este líquido articular, que é muito viscoso, contribui para lubrificar a articulação, facilitando os seus movimentos, e permitindo que nas articulações saudáveis as cartilagens deslizem umas sobre as outras sem atrito, isto é, sem desgaste. A cartilagem articular é constituída por células chamadas condrocitos, água e por substâncias proteicas produzidas por estas células e chamadas, respectivamente, proteoglicanos e fibras de colagénio.
Na osteoartrose os condrocitos vão morrendo e produzem menor quantidade de proteoglicanos e de colagénio. Em consequência disto a cartilagem articular ulcera e o osso que está por debaixo da cartilagem, chamado osso sub-condral, reage, espessando-se e dando origem a excrescências ósseas chamadas osteófitos. Os osteófitos são conhecidos entre o grande público pelo nome de "bicos de papagaio", porque alguns deles, ao raio-X, dão imagens que lembram precisamente o bico de um papagaio.
Sintomas
Os principais sintomas da osteoartrose são a dor, a rigidez, a limitação dos movimentos e, em fases mais avançadas, as deformações.
A dor tem um ritmo, isto é, um modo de ser ao longo do dia, que se convencionou chamar mecânico.
O ritmo mecânico é caracterizado pelo facto das dores se agravarem ao longo do dia, com os movimentos e com os esforços, e melhorarem quando o doente repousa, em particular quando se deita. Regra geral, os doentes com osteoartrose não têm dores durante a noite e dormem bem, embora em alguns casos muito avançados de artroses das ancas e dos joelhos, as dores possam, também surgir durante a noite. A rigidez surge sobretudo, ao iniciar os movimentos, como por exemplo, no doente que está sentado e se levanta e surge, também, de manhã ao acordar. A rigidez da osteoartrose é de curta duração, não ultrapassando os 30 minutos. A limitação de movimentos pode surgir precocemente, ao contrário do que acontece com as deformações que, em regra, são tardias.
Tratamento
Os objectivos do tratamento da osteoartrose são aliviar e, se possível, suprimir as dores, melhorar a capacidade funcional, isto é, aumentar a mobilidade das articulações atingidas e evitar a atrofia dos músculos relacionados com as referidas articulações e, finalmente, impedir o agravamento das lesões já existentes. A osteoartrose não se trata apenas com medicamentos e fisioterapia.
O empenhamento do doente é indispensável, e sem ele o plano terapêutico não tem êxito. Constituem medidas básicas do tratamento a educação do doente, o repouso relativo e o plano de exercícios.
Numa doença crónica por excelência, como é a osteoartrose, doente não educado medicamente, é doente que não vai, seguramente, seguir ao longo de toda a vida a estratégia terapêutica planificada do seu médico.
A osteoartrose não tem, hoje em dia, cura, e o doente deve sabê-lo, mas tem tratamento, que pode permitir ao indivíduo afectado por esta doença levar uma vida completamente normal na imensa maioria dos casos.
O médico deve enfatizar o carácter benigno da doença e o seu bom prognóstico na grande maioria dos casos. Esta desdramatização é muito importante, visto em muitos casos o principal problema do doente ser o medo de poder vir a ficar completamente incapacitado. Da educação do doente devem fazer parte o ensino das regras gerais de protecção do aparelho locomotor, e a correcção das posturas incorrectas.
O doente deve aprender a:
  • Dormir em cama dura, preferencialmente em decúbito dorsal, isto é, de "barriga para o ar", posição que propicia um repouso completo da coluna vertebral.
  • Não permanecer durante muito tempo na mesma posição, sobretudo nas posições de pé ou sentado. As longas estadias nestas posições constituem uma sobrecarga para a coluna, em particular para a coluna lombar, as ancas e os joelhos.
  • O pescoço deve andar em hiper-extensão e nunca flectido. Esta postura é particularmente importante para os doentes com cervicartrose (artrose da coluna cervical).
  • Evitar pegar em objectos pesados, o que constitui uma grande sobrecarga para as articulações da coluna vertebral.
  • Evitar as flexões da coluna vertebral. O doente, quando tiver de apanhar um objecto do solo, não deve flectir a coluna, mas sim dobrar os joelhos.
  • O vestuário deve ser simples e prático, evitando as roupas apertadas, os fechos atrás das costas e os botões de pequenas dimensões. Os sapatos devem ter contrafortes resistentes e os saltos não devem ser altos. Os saltos altos aumentam a lordose lombar, originando dores ao nível deste segmento de coluna.
  • Evitar tanto quanto possível os transportes trepidantes, como o autocarro e a maioria dos automóveis. Sempre que possível, andar de comboio, de eléctrico, e, em Lisboa e Porto, de metropolitano, mas não nas horas de ponta.
  • Os estudantes e outros trabalhadores que passam longas horas a uma secretária devem evitar posturas incorrectas. São muito importantes a altura das cadeiras e das secretárias, a fim de evitar que os doentes passem horas demasiado flectidos sobre as suas secretárias de trabalho.

Fonte - lpcdr.org.pt