quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Doença do refluxo gastroesofágico

        


O que é Doença do refluxo gastroesofágico?
Sinônimos: DRGE, Esofagite de refluxo, azia crônica
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição na qual o conteúdo do estômago (alimento ou líquido) vaza em direção contrária ao estômago para o esôfago (o tubo da boca ao estômago). Essa ação pode irritar o esôfago, causando azia e outros sintomas.
Causas
Quando você come, a comida passa da garganta para o estômago através do esôfago (também chamado de canal do alimento ou tubo de deglutição). Uma vez que a comida está no estômago, um anel de fibras musculares impede que o alimento se mova para trás para o esôfago. Essas fibras musculares são chamadas esfíncter esofágico inferior ou EEI.
Se esse músculo esfíncter não fechar bem, alimento, líquido e suco gástrico podem vazar de volta para o esôfago. Isso é chamado refluxo ou refluxo gastroesofágico. Esse refluxo pode causar sintomas ou pode até lesar o esôfago.
Os fatores de risco do refluxo incluem hérnia hiatal (uma condição na qual parte do estômago se move acima do diafragma, que é o músculo que separa as cavidades torácica e abdominal), gravidez e esclerodermia.
Obesidade, cigarros e possivelmente álcool também aumentam a chance de DRGE.
Azia e refluxo gastroesofágico podem ser causados ou piorados por gravidez e vários medicamentos diferentes. Essas drogas incluem:
  • Anticolinérgicos (p.ex., para enjoo do mar)
  • Betabloqueadores para pressão arterial alta ou doença cardíaca
  • Broncodilatadores para asma
  • Bloqueadores dos canais de cálcio para pressão arterial alta
  • Drogas ativadas por dopamina para doença de Parkinson
  • Progestina para hemorragia menstrual anormal ou controle de natalidade
  • Sedativos para insônia ou ansiedade
  • Antidepressivos tricíclicos
Se você suspeitar que um de seus medicamentos possa estar causando azia, fale com o seu médico. Nunca mude nem pare com um medicamento que você toma regularmente sem falar com o seu médico.
Exames
Você pode não precisar de nenhum teste se seus sintomas não forem graves.
Se seus sintomas forem graves ou voltarem após você ter sido tratado, um ou mais testes podem ajudar a diagnosticar refluxo ou alguma complicação:
  • A esofagogastroduodenoscopia (EGD) frequentemente é usada para identificar a causa e examinar o esôfago (tubo de deglutição) para verificar se há lesões. O médico insere um tubo fino com uma câmera na extremidade através de sua boca. O tubo é então passado pelo seu esôfago, estômago e intestino delgado.
  • Ingestão de bário
  • Monitoramento contínuo do pH esofágico
  • Manometria esofágica
Um exame de sangue oculto nas fezes positivo pode diagnosticar hemorragia da irritação no esôfago.
Sintomas de Doença do refluxo gastroesofágico
Os sintomas mais comuns são:
  • Sensação de que o alimento pode ter ficado preso atrás do esterno
  • Aumentados ao se curvar, inclinar para a frente, ficar deitado ou comer
  • Mais prováveis ou piores à noite
  • Aliviados por antiácidos
  • Náusea após comer
Os sintomas menos comuns são:
  • Tosse ou respiração ofegante
  • Dificuldade para deglutir
  • Soluços
  • Rouquidão ou alteração na voz
  • Regurgitação de alimento
  • Dor de garganta
Buscando ajuda médica
Ligue para o seu médico se os sintomas piorarem ou não melhorarem com os medicamentos ou com as mudanças no estilo de vida.
Também ligue se tiver algum dos seguintes sintomas:
  • Hemorragia
  • Engasgamento (tosses, dificuldade para respirar)
  • Sensação de estar satisfeito rapidamente quando come
  • Vômitos frequentes
  • Rouquidão
  • Perda de apetite
  • Dificuldade para deglutir (disfagia) ou dor na deglutição (odinofagia)
  • Perda de peso
Tratamento de Doença do refluxo gastroesofágico
Para prevenir azia, evite alimentos e bebidas que possam desencadear seus sintomas. Para muitas pessoas, eles incluem:
  • Álcool
  • Cafeína
  • Bebidas gasosas
  • Chocolate
  • Frutas e sucos cítricos
  • Tomates
  • Molhos de tomate
  • Alimentos picantes ou gordurosos
  • Produtos derivados de leite integral
  • Menta
  • Hortelã
Se outros alimentos causarem azia com regularidade, evite esses alimentos também.
Além disso, tente fazer as seguintes mudanças em seus hábitos alimentares e estilo de vida:
  • Evite se curvar ou exercitar logo após comer
  • Evite roupas ou cintos que ficam apertados ao redor da cintura
  • Não se deite com estômago cheio. Por exemplo, evite comer 2 a 3 horas antes de dormir.
  • Não fume.
  • Faça refeições menores.
  • Perca peso se você estiver com excesso.
  • Reduza o estresse.
  • Durma com sua cabeça elevada em torno de 15 centímetros. Faça isso inclinando toda a sua cama ou usando uma cunha sob o seu corpo, não apenas travesseiros normais.
Antiácidos vendidos sem receita podem ser usados após as refeições e na hora de dormir, embora não durem muito tempo. Efeitos colaterais comuns de antiácidos incluem diarreia ou constipação.
Outras drogas vendidas sem receita podem tratar da DRGE. Elas funcionam mais lentamente do que os antiácidos, mas oferecem alívio mais longo. Seu farmacêutico, médico ou enfermeiro pode dizer a você como usar esses medicamentos.
  • Inibidores da bomba de prótons (IBP) são os inibidores de ácidos mais poderosos: omeprazole (Prilosec), esomeprazole (Nexium), lansoprazole (Prevacid), rabeprazole (AcipHex) e pantoprazole (Protonix)
  • antagonistas H2: famotidina (Pepsid), cimetidina (Tagamet), ranitidina (Zantac) e nizatidina (Axid)
  • Agentes procinéticos: metoclopramida (Reglan)
Operações antirrefluxo (fundoplicatura de Nissen e outras) podem ser uma opção para pacientes cujos sintomas não passam com mudanças de estilo de vida e drogas. Azia e outros sintomas devem melhorar após a cirurgia, mas você ainda pode precisar tomar medicamentos para sua azia. Também há novas terapias para refluxo que podem ser realizadas por meio de uma endoscopia (um tubo flexível passado através da boca até o estômago).
Expectativas
A maioria das pessoas responde a medidas não cirúrgicas, com mudanças no estilo de vida e medicamentos. No entanto, vários pacientes precisam continuar tomando drogas para controlar seus sintomas.
Complicações possíveis
  • Esôfago de Barrett (uma alteração no revestimento do esôfago que pode aumentar o risco de câncer)
  • Broncoespasmo (irritação e espasmo das vias respiratórias devido ao ácido)
  • Tosse ou rouquidão crônica
  • Problemas dentais
  • Úlcera esofágica
  • Inflamação do esôfago
  • Estrangulamento (um estreitamento do esôfago devido à cicatrização da inflamação)
Prevenção
  • Técnicas de prevenção de azia
  • Observar o esôfago com um endoscópio e obter uma amostra de tecido esofágico para exame (esofagoscopia com biópsia) pode ser recomendado para diagnosticar o esôfago de Barrett.
  • Frequentemente, é recomendada a endoscopia de acompanhamento para detectar displasia ou câncer.


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Mitos e verdades sobre o colesterol



As altas taxas de colesterol ruim no sangue (LDL) estão entre as principais causas de mortes por infarto. Para diminuir os riscos, a Sociedade Brasileira de Cardiologia reduziu a taxa considerada saudável de 100 para 70, o que aumenta o número de pacientes em tratamento para o colesterol alto. Mas você sabe como evitar que o problema? A seguir, veja mitos e verdades do colesterol:
1 O ovo é o grande vilão do colesterol alto
Mito. De acordo com o nutrólogo Mohamad Barakat, estudos indicam que o ovo, por tanto tempo acusado de ser o grande vilão do colesterol alto, pode ser consumido moderadamente. “Ele é rico em ácido láurico, importante para a memória e o bom funcionamento dos músculos. Recomendo apenas que ele não seja frito em óleo quente. Quem não apresenta níveis altos de mau colesterol (LDL) no sangue pode consumir até dois ovos inteiros por dia. Já as pessoas com taxas alteradas devem seguir a recomendação médica para mantê-las equilibradas", orienta o especialista. 
2 A prática de atividades físicas ajuda a controlar as taxas de colesterol
Verdade. Segundo o cardiologista  Antonio Carlos Till, “atividades físicas aeróbicas regulares, como natação, corrida, tênis, futebol e andar de bicicleta, ajudam no controle do peso e dos níveis de colesterol. Estes exercícios aumentam o colesterol bom e ajudam na redução do colesterol ruim, equilibrando as taxas”. 
3 Para ter saúde, preciso excluir todos os alimentos com colesterol da dieta
Mito. O colesterol não pode ser eliminado completamente, já que é utilizado pelo organismo para produzir hormônios esteroides, essenciais ao bom funcionamento das funções do corpo. Entre eles, estão os hormônios sexuais estrógeno e progesterona nas mulheres, e a testosterona nos homens. Ainda existe o cortisol, que ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue e defende o corpo de infecções. Já a aldosterona é importante para reter sal e água no organismo. O corpo ainda utiliza o colesterol para produzir uma quantidade significativa de vitamina D, responsável por ossos e dentes fortes, fabricada quando a pele é exposta à luz do sol”, explica Suzete. 
4 O colesterol alto pode ter fatores genéticos
Verdade. Infelizmente, alguns casos de colesterol alto não podem ser controlados com alimentação saudável e a prática de exercícios físicos. “Há três causas para a alteração do colesterol. A primeira é o fator genético, em que os genes determinam essa alteração nas taxas. A segunda é a alimentação, com consumo elevado de alimentos ricos em gordura e a terceira possibilidade para a elevação do colesterol são doenças, como hipotireoidismo, diabetes e alterações nos rins. A idade também é um fator de risco, já que o colesterol se eleva conforme ela avança. Nos homens isso ocorre a partir dos 45 anos e, nas mulheres, tem início aos 55 anos”, explica a médica ortomolecular Suzete Motta.
5 Evitar o consumo de gorduras evita a elevação das taxas de colesterol
Verdade. Para evitar taxas altas de colesterol é preciso praticar exercícios físicos regularmente e controlar a alimentação. “Bacon, toucinho, carne de frango com pele, torresmo, manteiga, creme de leite, nata, frituras, salsicha, salame, linguiça e carne em geral são os principais alimentos que contém uma significativa quantidade de colesterol”, diz Suzete. 
6 Quem tem colesterol alto só precisa tomar remédio para controlar o problema
Parcialmente verdade. Em casos que não correspondem ao fator genético para elevação das taxas de colesterol, é possível tentar controlá-las com exercícios físicos e mudanças na alimentação, antes de fazer uso do remédio. “As gorduras boas, insaturadas, ajudam a diminuir o colesterol, mas são calóricas e precisam ser consumidas com moderação. Elas estão presentes no abacate, nozes, avelãs, margarina e óleos vegetais, como os de oliva, canola, soja, milho e girassol”, explica Suzete. É preciso controlar as taxas para toda a vida, mas só o especialista poderá avaliar a necessidade de medicação.

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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Atividade física ajuda no controle de doenças




Quando se trata da Terceira Idade muitas vezes nos vem à cabeça doenças, debilidade e incapacidade funcional. Sem dúvida muitas dessas doenças causam o que chamamos de senilidade, que é um processo de envelhecimento patológico, ou seja, acometido de várias doenças, o que degrada mais o organismo do idoso e lhe ocasiona diversos fatores negativos em sua velhice. Inversamente a senilidade, temos a senescência que o envelhecimento normal, onde ocorre um processo natural de envelhecimento, assim, a doença não envelhece a pessoa e sim um processo natural do organismo. Em virtude disso, quando nos deparamos com a situação de senilidade, podemos como profissionais da saúde que somos utilizar da atividade física para o combate ou tratamento de algumas das doenças que são comuns aos idosos.

 As doenças cardiovasculares são muito comuns nessa fase, marcadas por infartos, anginas e insuficiência cardíaca. São doenças que causam grandes problemas e causam preocupação por ser tratar da parte do organismo vital, ou seja, debilitando-se o coração condena-se de certa forma o restante do corpo. As prováveis causas conhecidas dessas doenças são a falta de atividade física, as altas taxas de gordura no sangue, o cigarro, a obesidade e também a diabetes, com isso são inúmeros os fatores que podem colaborar para tais problemas no idoso. Embasados nisso, temos que fazer a aplicação da atividade física buscando acabar com o sedentarismo do idoso, promover a baixa da gordura corporal e diminuindo seu peso, assim criam-se hábitos de vida saudáveis e se evita em boa parte os problemas cardiovasculares.

 O derrame é outra doença que prejudica ao idoso, pois pode lhe levar a incapacidade funcional total. O derrame envolve a perda das funções cerebrais pela falta de sangue no cérebro. Um dos fatores que levam a esse quadro é a pressão alta, alto colesterol e também a obesidade. Assim, por meio da atividade física podemos tratar este fator antes que se desenvolva, levando o idoso a mexer-se nas práticas físicas adequadas a sua idade, fazendo controle de pressão sanguínea adequada durante a atividade e buscando meios de diminuir seu colesterol e peso.

 A diabetes é uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células beta, produtoras de insulina, e acontece por engano porque o organismo as identifica como corpos estranhos, com isso sua ação é uma resposta auto-imune. As suas causas se concentram na hereditariedade, obesidade e o sedentarismo. Assim, a prática da atividade física se faz necessária, pois aumenta a sensibilidade à insulina, colabora na perda de peso e colabora para o controle do metabolismo corporal.

 Outro problema clássico da terceira idade é a osteoporose, que é caracterizada por diminuição da quantidade de osso levando-o a grande fragilidade o que causa fraturas mesmo que com traumas mínimos. A osteoporose dá-se na mulher, em geral a partir da menopausa, devido a redução da produção de estrógeno, e no geral por sedentarismo, dietas com pouco cálcio, pouca exposição ao sol ou uso abusivo de álcool e tabaco. A atividade física se faz necessária em seu combate com caminhadas, musculação, danças, corrida, ou seja, mais atividades com impacto, pois este leva a renovação celular dos ossos concedendo-lhes mais força e diminuindo o risco de fraturas.

 Assim, fica claro que podemos colaborar na prevenção e também retardo dos grandes problemas que acometem os idosos que passam pela senilidade nessa fase da vida, com isso além do médico o profissional de educação física é grande aliado no combate de doenças na terceira idade, pois cria um ambiente saudável que colabora para que não só os idosos, mas todos possuam na sua velhice a plena forma.

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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Saiba como cada parte do seu corpo sofre com o excesso de álcool

                              

Saiba como cada parte do seu corpo sofre com o excesso de álcool
Você sabia que os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que os brasileiros consomem 18,5 litros de álcool puro por ano, sendo, portanto, o quarto país que mais consome álcool das Américas?
E as pesquisas não param por aí. Ainda, segundo a OMS, o álcool causa quase 4% das mortes no mundo todo, matando mais do que a Aids, a tuberculose e a violência. Hoje o impacto do abuso de álcool é considerado igual ao impacto da dependência em si, o alcoolismo.
Efeitos do álcool no corpo humano
Para aqueles que não sabem, abuso de álcool é quando a pessoa ingere bebida alcoólica em doses maiores que cinco, em uma só situação, sem uma "carreira" de consumidor, mas mesmo assim colhe os malefícios para o organismo.
Esse dado é preocupante, já que revela que aquela pessoa que abusa de bebidas alcoólicas uma vez ou outra pode correr os mesmos riscos de vida do que uma pessoa dependente.
"Isso acontece por que o corpo de um abusador não está acostumado com o etanol, diferentemente do dependente", conta a médica psiquiatra Ana Cecilia Marques, pesquisadora da Unidade de Álcool e Drogas (Uniad) da Unifesp e especialista em dependência química da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead).
Para entender como a ingestão de bebidas alcoólicas consegue causar danos a tantas partes do nosso corpo, é preciso explicar o processo de metabolização do álcool ou etanol, ou seja, como o nosso corpo absorve, metaboliza e excreta essa substância.
A médica Ana Cecilia explica que o órgão responsável por metabolizar o álcool é o fígado, e que ele só metaboliza em média uma dose de bebida alcoólica por hora - entenda uma dose como uma lata de cerveja (360ml), uma taça de vinho (100ml) ou de destilado (40ml).
Portanto, se tomarmos seis latas de cerveja, por exemplo, nosso fígado irá levar as mesmas seis horas para metabolizar todo o álcool presente em nosso corpo. "E enquanto o fígado metaboliza a primeira latinha, o resto do álcool fica circulando no sangue e intoxicando, causando alterações e danos em diferentes órgãos", explica Ana Cecília.
Confira agora por que o excesso de bebidas alcoólicas causa tantos danos ao nosso organismo e quais partes do nosso corpo são mais afetadas com essa prática:
• Sistema gastrointestinal
Quando bebemos uma cerveja ou uma caipirinha, o álcool logo é absorvido pelo nosso sistema gastrointestinal. Ele irrita as mucosas do esôfago e do estômago, alterando as membranas do intestino, prejudicando a absorção.
Os resultados podem ser esofagite, gastrite e até diarreia. Já no fígado, o álcool vai alterar a produção de enzimas, aumentando este conjunto de substâncias que serão responsáveis pela metabolização.
"É como se o álcool forçasse o trabalho do fígado, que fica sobrecarregado", diz Ana. "O fígado passa a produzir mais enzimas para metabolizar o etanol e isso culmina com uma inflamação crônica e hepatite alcoólica, podendo evoluir para cirrose", completa.
Outro órgão afetado pelo excesso de bebidas alcoólicas é o pâncreas, responsável pela fabricação de insulina e de enzimas digestivas. O álcool pode causar uma inflamação no pâncreas, e essa inflamação pode evoluir para uma pancreatite.
A pancreatite é uma doença que causa uma forte e repentina dor abdominal, perda de apetite, náusea, vômito e febre. O tratamento é feito em hospitais e inclui medicações para a dor e antibióticos.
Sistema nervoso central
Quando abusamos das bebidas alcoólicas, o sistema nervoso, ou seja, nosso cérebro é afetado logo após a ingestão da segunda dose. Homens apresentam alterações na percepção da realidade e do comportamento logo após a segunda dose, e mulheres já na primeira.
De acordo com a especialista Ana Cecilia, os sintomas decorrentes da presença de álcool no sistema nervoso são: problemas de atenção, perda da memória recente, perda de reflexo, perda do juízo crítico da realidade. Com o aumento da dose, sonolência, anestesia e, no grau mais elevado, o coma alcoólico.
"O coma é um grau de intoxicação grave, por ação direta do etanol no sistema nervoso central e em outros sistemas orgânicos", diz Ana Cecilia. Quando isso acontece, é muito importante procurar socorro médico. Se o corpo não conseguir se recuperar do coma, pode haver parada respiratória, podendo levar à morte.
A reversão do quadro inclui medidas gerais para manutenção da vida, que vão desde oxigenação, hidratação, correção da glicemia, do magnésio e do zinco, entre outros cuidados que podem variar de caso para caso.
Sistema renal
Os rins são responsáveis pela filtração final do etanol, de apenas 6% da substância. Mas quando abusamos das bebidas, o etanol altera a capacidade dos rins de filtrar as substâncias do nosso corpo, causando uma alteração dos hormônios que controlam a pressão arterial, o que culmina em hipertensão arterial.
Pulmões
Como o sangue passa pelos pulmões para efetuar as trocas gasosas, nem esse órgão fica livre dos efeitos do álcool. "O etanol deixa as trocas gasosas mais lentas, pois os pulmões recebem um sangue muito sujo", conta Ana Cecilia.
O resultado disso é uma respiração mais lenta, fazendo a pessoa sentir dificuldades para respirar. É por isso também que o bafômetro capta o álcool ingerido, que ainda está circulante.
• Sistema cardiovascular
A ingestão de bebidas alcoólicas favorece a liberação de dopamina no cérebro. Este hormônio neurotransmissor é responsável pela regulação de outras substâncias que, por sua vez, regulam o sistema cardiovascular.
Isto significa uma possível alteração da pressão arterial, da frequência cardíaca e depois, dos vasos sanguíneos. A taquicardia e a hipertensão arterial são as consequências mais comuns.
• Sistema muscular
É o sistema nervoso central o grande responsável por movimentar nossos músculos. A médica especialista da Abead explica que além da alteração central causada pelo álcool, que deixa as mensagens que chegam aos músculos mais lentas, as ligações nervosas periféricas são comprometidas, e a sensação é de relaxamento.
Sistema hormonal
Ninguém escapa da ação do etanol e, portanto, as glândulas também têm seus produtos, no caso os hormônios, alterados. Porém, são as pessoas que já apresentam doenças de alteração hormonal, como diabetes, que sentem com mais intensidade os danos físicos pela ingestão de bebidas alcoólicas.
A principal consequência do abuso de álcool em diabéticos, por exemplo, é uma rápida evolução ao coma alcoólico. Ana explica que o etanol altera a metabolização da glicose pelo fígado e pelo pâncreas, este último já adoecido pelo diabetes. Por conta disso, os danos aparecem mais rápido.
Ressaca
Além de todas as complicações que o álcool causa enquanto o indivíduo ainda está embriagado e intoxicado, ele ainda deixa seu efeito para o dia seguinte, a famosa ressaca. Dentre os sintomas da ressaca estão enjoo, vômitos, diarreia, tontura, pensamento embaralhado, moleza e até um sentimento de tristeza.
Abuso do álcool é diferente do Alcoolismo
Como já foi dito anteriormente, o abuso do álcool é quando a pessoa bebe em grandes quantidades e tem problemas, mas não é dependente.
O alcoolismo é a doença crônica, a dependência pela bebida. E as consequências são individuais, tanto para os abusadores como para os dependentes. "Quando a pessoa é dependente de álcool é diferente. Ele tem uma tolerância maior pelo etanol, que demora em média, cinco anos para se desenvolver", conta Ana Cecilia.
Os órgãos e sistemas comprometidos são os mesmos citados acima, porém, quando os problemas aparecem, as complicações são bem mais graves e muitas vezes irreversíveis.
Dentre as doenças que podem surgir do alcoolismo estão gastrite crônica, hepatite crônica, que pode evoluir para cirrose, hipertensão arterial, diabetes por alteração crônica no funcionamento do pâncreas e problemas de memória, que podem evoluir para demência alcoólica - não só quando está sob os efeitos da bebida, como é o caso do abuso. Além disso, o álcool também altera a imunidade, abrindo caminho para o surgimento de outras doenças.

Fonte: minhavida.com.br

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Exercícios Físicos e Depressão



Exercícios Físicos e Depressão

 Uma das recomendações para o tratamento da depressão é a prática de exercícios físicos. O desafio, porém, das pessoas deprimidas é sair para praticá-los, pois elas se sentem desanimadas e sem energia, o que faz parte da depressão, e em geral dizem que quando melhorar, irão caminhar. Mas o que é necessário é fazer esforço para caminhar para melhorar.

Estudos tem demonstrado a importância de exercícios físicos como fator cooperador e às vezes tão eficaz quanto a terapia e medicação para a melhora de sintomas depressivos. Por exemplo, no artigo do American Family PhysicianJournal, “Exercise, Yoga, andMeditation for DepressiveandAnxietyDisorders” (“Exercício, Yoga, e Meditação para Desordens Depressivas e de Ansiedade”), 2010, Apr15;81(8):981-986, os autores comentam que há extensiva literatura sobre intervenções em exercícios físicos para a depressão. E todos os artigos científicos relatam que o exercício produz significantes redução de sintomas depressivos e isto é comparável com o que ocorre na Terapia Cognitivo-Comportamental e mesmo com o uso de Sertralina, um antidepressivo.

Uma das maiores análises de artigos científicos sobre o assunto, na qual se analisou 25 pesquisas, encontrou que o exercício produziu efeitos clínicos marcantes na melhora depressiva. Dois estudos controlados mostraram que os exercícios aeróbicos de alto consumo energético (com perda de 17.5kcal por quilograma de peso e por semana) ou treinamento de resistência, produziram maiores reduções de sintomas depressivos do que os de baixo consumo energético (com perda de 7 kcal ou menos por quilo de peso por semana).

Vários estudos mostraram ser o exercício físico superior ao placebo (remédio sem substância química, geralmente feito de amido) e igual ao tratamento com antidepressivos do tipo ISRS – Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina (fluoxetina, paroxetina, sertralina, etc.).

Quanto à frequência dos exercícios físicos e alívio dos sintomas depressivos, se verificou que as pessoas que praticam exercícios aeróbicos de três até cinco vezes por semana, apresentam maior redução destes sintomas, comparados com as que praticam somente uma vez na semana. Não se verificou diferenças quanto ao fato de se a pessoa pratica as atividades físicas em grupo ou individualmente, com ou sem supervisão.

Entretanto, é bem possível que as atividades aeróbicas sejam mais eficazes se praticadas ao ar livre e em meio à Natureza, quando comparadas com as feitas dentro de uma academia, porque ao ar livre a pessoa vai no ritmo que ela pode, ao invés de todos terem que seguir o mesmo ritmo e geralmente com música “estressante” e com volume alto, além de que ao ar livre existe a possibilidade de tomar sol, respirar ar puro, observar diferentes paisagens e evitar o acúmulo de ar viciado de um ambiente fechado.

Se você tem um familiar sofrendo de sintomas depressivos, encoraje para que ele(ela) pratique caminhadas pelo menos dia sim, dia não. Mesmo tendo que começar os primeiros passos com muita falta de energia e vontade e por pouco tempo, como dez minutos para ir e dez para voltar. Ao final ela se sentirá melhor, porque neurotransmissores cerebrais serão produzidos, melhorando os sintomas depressivos, e será, assim, benéfico e de valor fazer o esforço para sair da cama e ir caminhar.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Dor no arco plantar



Dor do arco plantar 
Existem dois arcos em seu pé. O arco longitudinal que percorre toda a extensão do seu pé, e o arco transverso que atravessa a largura do seu pé. Os arcos são feitos de ligamentos, que mantêm os ossos de seus pés no lugar. A dor do arco plantar pode ocorrer em um ou ambos os arcos, mas ocorre mais comumente no arco longitudinal.

Como isso ocorre?

Dor do arco plantar na maioria das vezes ocorre como resultado do uso excessivo em atividades como correr, caminhar, andar e pular. Pessoas que têm pés chatos, ou pessoas cujos pés rolam para dentro ao andar (um problema chamado excesso de pronação) são mais propensas a dor do arco plantar. A dor geralmente vem lentamente. No entanto, pode ocorrer de repente, se os ligamentos são alongados ou lesionados durante uma atividade vigorosa, como correr ou saltar.

Quais são os sintomas?

O sintoma é a dor ao longo do arco do pé.

Como é diagnosticado?

Analise do pé por dor e sensibilidade ao longo do arco.

Como é o tratamento?

Crioterapia sobre a área a cada 3 a 4 horas, por até 20 minutos.
Levante o pé sobre um travesseiro, quando você sentar-se ou deitar-se.
Seu fisioterapeuta pode recomendar palmilhas, órteses que serão feitos sob medida.

Exercícios de reabilitação para a dor no arco:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional

Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.

A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

Iniciar alongando suavemente os músculos do pé, realizando o alongamento com a toalha. Quando esse alongamento for muito fácil, deve-se tentar o restante dos exercícios.

1 - Alongamento Com a Toalha:

Sentar sobre uma superfície firme, com a perna lesionada estendida à frente do corpo.

Laçar o pé com uma toalha e puxá-la, suavemente, em direção ao corpo, mantendo os joelhos estendidos.

Manter essa posição por 30 segundos e repetir 3 vezes.

Para um bom alongamento, é necessário sentir, apenas, um desconforto, não devendo permitir uma dor aguda.

Quando esse alongamento for muito fácil, deve-se iniciar o alongamento da panturrilha em pé.

2 - Alongamento em Pé da Panturrilha:

Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.

A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são.

Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede.

Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado.
Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.

3 - Alongamento da Aponevrose Plantar:

Em pé, com o ante pé lesionado na borda de um degrau e o médio pé e calcanhar sem apoiar em nada, tentar alcançar o fundo do degrau com o calcanhar até sentir o alongamento do arco do pé.
Manter por 30 segundos.
Relaxar e repetir 3 vezes.

4 - Rolamento Sobre Lata Congelada:

Descalço, deslizar o pé lesionado para frente e para trás, rolando do calcanhar ao arco mediano, uma lata de refrigerante congelada.
Repetir por 5 minutos.
Esse exercício é particularmente benéfico se feito logo pela manhã.

5 - Levantamento Dos Dedos do Pé Sentado:

Em uma cadeira com os pés nivelados ao solo, suavemente elevar os dedos do pé lesionado, mantendo o calcanhar no chão.
Manter por 5 segundos.
Fazer 3 séries de 10 repetições.

6 - Apanhar a Toalha:

Com o calcanhar no chão, apanhar a toalha com os dedos do pé e largar.
Repetir de 10 a 20 vezes.

7 - Exercícios Com a Faixa Terapêutica:

A - Resistência a dorsiflexão:

Sentado com a perna lesionada estendida e o pé perto de uma cama, enrolar a faixa ao redor da planta do pé. Prender a outra extremidade da faixa no pé da cama.

Puxar os dedos do pé, no sentido do corpo. Lentamente, retornar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

B - Resistência à flexão plantar:

Sentado com a perna lesionada estendida, laçar a planta do pé com o meio da faixa.

Segurar as pontas da faixa com ambas as mãos e, suavemente, empurrar o pé para baixo apontando os dedos do pé para frente, tencionando a faixa terapêutica (thera band), como se estivesse acelerando o pedal de um carro.

C - Inversão com resistência:

Sentar com as pernas estendidas, cruzar a perna não lesionada sobre o tornozelo lesionado.

Enrolar a faixa no pé lesionado e em seguida laçar pé bom, para que a faixa terapêutica (thera band) fique com uma ponta presa.

Segurar a outra ponta da faixa terapêutica (thera band) com a mão. Virar o pé lesionado para dentro e para cima.

Retornar à posição inicial. Fazer 3 séries de 10.

D - Eversão com resistência:

Sentado, com ambas as pernas estendidas e a faixa laçada em volta de ambos os pés.

Lentamente, virar o pé lesionado para cima e para fora.

Manter essa posição por 5 segundos. Fazer 3 séries de 10.

Como posso evitar a dor do arco?

Pode ser prevenida pelo uso de calçados que se encaixam corretamente e tem o apoio do arco adequado. Esticando seus pés e arcos antes de sua atividade também irá ajudar a evitar esse prejuízo. Algumas pessoas vão precisar usar órteses todo o tempo e outros apenas durante as atividades esportivas.

ALGUMAS DICAS CASEIRAS:

Role uma garrafa d'água congelada embaixo do arco do pé;

Alongue o arco do pé antes de se levantar da cama;

Alongue a panturrilha antes e depois das corridas;

Diminua o volume de treino e faça cross-training;
Faça massagem rolando uma bolinha de golfe embaixo do arco plantar.


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