terça-feira, 28 de abril de 2015

Onicomicose: quando os fungos estão nas unhas

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Embora seja conhecido como simplesmente fungos nas unhas, o nome médico é onicomicose, Esta infecção altera a aparência da unha no seu aspecto geral, bem como na cor como na espessura. Conheça mais sobre este problema no seguinte artigo.
Causas e sintomas da onicomicose
Trata-se de una condição muito frequente na população mundial, que começa em um só dedo (dos pés ou das mãos) e depois se estende para as outras, com o passar do tempo e a falta de tratamento. Alguns também podem apresentar pé de atleta, porque é o mesmo fungo que afeta a pele.
A onicomicose só pode ser observada pelas mudanças na unha, seja na cor, na forma ou na espessura, não tem sintomas como dores ou incômodos. Muitas pessoas demoram muito tempo em tratar o fungo e é isso que se precisa vários meses ou até anos para curar completamente.
Causas e sintomas_Onicomicose
Embora que o habitual seja tratar a onicomicose como uma alteração estética das unhas, nos casos muito avançados pode causar dores crônicas de difícil solução. O diagnóstico precoce é ideal para erradicar o fungo de forma permanente.
Entre as causas da onicomicose encontramos três tipos de fungos diferentes, o mais conhecido deles é a Candida albicans. Transmitem-se por contato direto e podem conviver com as pessoas sem produzir infecção, entretanto, quando há certas condições ou fatores que debilitam o nosso sistema imunológico, aumenta o risco de desenvolver esta patologia.
O envelhecimento é uma das razões, por exemplo, já que com a idade vão acumulando os fungos que colonizam o pé, além disso as defesas do corpo são mais fracas. Quando o pé está sempre úmido, como é o caso dos nadadores ou pessoas que utilizam sapatos inapropriado (de borracha, meias de nylon, etc.) Sofrer doenças de pele tais como as psoríase, o pé de atleta, etc.
A diabetes está relacionado a onicomicose, pois afeta as defesas do corpo. Se tiver familiares com onicomicose é mais provável que sofra o mesmo problema, seja por pré-disposição genética ou pela transmissão do fungo ao usar as mesmas toalhas, banheira, sapatos, etc. Por último, a imunossupressão ou o uso de medicamentos biológicos também podem ser a causa dos fungos nas unhas.
Fungos_Unha
O principal problema, acredita-se, é a estética pelas alterações na aparência da unha. Podemos distinguir cinco tipos de modificações:
A borda da unha fica amarelada e engrossa, a superfície é áspera e fragmentada.
Danifica a matriz da unha (a raiz), com áreas brancas ou amareladas.
Pode-se ver pequenos pontos ou manchas brancas na superfície da unha.
A unha fica na cor marrom (em casos raros de melanoníquia).
A unha se deforma totalmente, fica curvada, espessa e endurecida, se desfaz facilmente em fragmentos.
Para poder prevenir o aparecimentos de onocimicose é preciso manter a higiene, evitando a proliferação dos fungos ou das bactérias. Lavar as mãos e os pés e secar bem toda vez. Usar meias adequadas de algodão e não usar sapatos muito apertado e que permita que o pé respirar e transpirar. Evitar tomar banho descalço em vestiários ou academias, nem compartilhar toalhas com pessoas infectadas.
Quando se tem a onicomicose, é necessário manter bem curtas as unhas, que não se sobressaiam do dedo. Depois de usar as ferramentas para cortá-las, desinfetá-las. Não usar unhas postiças nem pintar as unhas.
Fungos
Remédios caseiros para os fungos nas unhas
O óleo de árvore-do- chá é um dos mais conhecidos tratamentos naturais para a onicomicose, serve para os casos leves ou moderados, já que é uma potente fungicida. Misture em partes iguais o óleo de árvore de chá com azeite de oliva e óleo de tomilho. Cubra com essa preparação a unha afetada, pode ser com um algodão ou um pincel (que não será usado para mais nada). Deixe atuar 15 minutos e esfregue com uma escova de dente a unha. Quando o pé ou a mão estiver limpo e seco, aplique umas gotas de óleo de árvore-do-chá sobre a unha.
O segundo tratamento conhecido por sua eficácia para eliminar os fungos nas unha, é com vinagre de maçã. Para isso, prepare um banho de pés com vinagre e água morna em partes iguais. Mergulhe os pés ou as mãos (ou pelo menos até molhe as unhas) durante 20 minutos. Seque bem com uma toalha e um secador de cabelo, enfatizando nas unhas afetadas mas também entre os dedos. Remedios_caseiros_fungos
Outra opção também usando o vinagre é preparar uma mistura com duas colheres, que adicionarás duas colheres de farinha de arroz grosso moída. Colocar sobre a unha, deixar atuar uns 15 minutos e enxaguar (repetir o processo de sacar indicado anteriormente).
Misture bicarbonato de sódio na água e forme uma pasta. Passe esta preparo em um algodão e depois espalhe em toda a unha, fazendo com que entre também na pele por debaixo na unha afetada. Deixe uns minutos, enxaguar e secar.
Coloque em uma panela duas xícaras de água e três colheres de tomilho. Ferver por cinco minutos, apague o fogo, tampe e deixe esfriar. Molhe um algodão ou um cotonete e coloque nas unhas que estão com onicomicose.
Ferva um litro de água com 10 pauzinhos de canela cortadas. Coloque em fogo baixo e cozinhe por cinco minutos. Deixe descansar 45 minutos e ainda morno, despeje em um recipiente onde você pode colocar nas unhas.
Extrair o suco de uma cebola e molha um algodão. Esfregar sobre as unhas que tenha fungos. Você também pode passar diretamente a cebola cortada na metade.
Misture uma colher de suco de limão, cinco gotas de água oxigenada e duas colheres de gel de aloe vera. Coloque sore a unha afetada e deixe que se seque sozinha.
Ferva cinco dentes de alho em uma xícara de água, Despeje em um recipiente com água fria e coloque os pés ali, deixando por quinze minutos. Repetir todos os dias em mês completo.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Congestão nasal



A congestão nasal, conhecida por todos como nariz entupido, é um desconforto que não só afeta o nariz, como também o sistema auditivo e também, para as crianças, afeta o desenvolvimento da fala. A Fisioterapia, por meio de técnicas respiratórias, auxilia no combate desse problema muito comum em todas as idades e sexos.

Causas
As principais causas da congestão nasal são as gripes, resfriados, sinusite ou alergias respiratórias. A maior preocupação está nos recém-nascidos, pois eles prioritariamente devem respirar pelo nariz. Quando nos primeiros meses de vida, essa condição atrapalha na amamentação da criança, podendo agravar o quadro clínico do paciente infantil. A inflamação nos vasos sanguíneos é também um dos principais fatores que ocasionam o entupimento nas vias respiratórias.

Sintomas
O sintoma é o nariz entupido. Caso apenas um dos lados apresente o entupimento, talvez o indivíduo esteja com algum objeto inserido na região onde há o problema.

Tratamentos
A Fisioterapia Respiratória, além de auxiliar no tratamento para pessoas que estão com congestão nasal, também previne contra outras doenças relacionadas ao sistema respiratório. As técnicas fazem com que as vias respiratórias sejam completamente liberadas. O fisioterapeuta procura aumentar a capacidade ventilatória dos pulmões de seu paciente.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Como se prevenir da dor Femoropatelar



Qualquer um pode ser acometido por uma dor no joelho. Esse desconforto pode ser ocasionado na região Femoropatelar. Os motivos para tal desconforto estão relacionados muitas vezes com a postura que adotamos. Pessoas que descem e sobem escadas, ou que ficam durante muito tempo agachadas podem desenvolvê-la.
A posição da patela do indivíduo pode ser um dos fatores de risco, porém não há uma explicação real que possa determinar se de fato esse seria um dos motivos para a aparição das dores, que pode ser em um ou em ambos os joelhos. Pessoas que estão com a patela desalinhada, por exemplo, podem sentir desconfortos agudos caso realizem exercícios em excesso, ao passo que outras pessoas não sofreriam os mesmos efeitos se não apresentam esse desalinhamento.
Para pessoas que apresentam tal condição são recomendadas a diminuir a prática de exercícios de alto impacto, visto que a região do joelho é muito exigida. Há profissionais que recomendam a realização de outras atividades físicas, como a natação, salvo se a pessoa não estiver disposta a entrar em período de repouso.
Dependendo da situação, há diversas maneiras de evitar um possível desgaste na região da patela. Através dessas dicas, você poderá continuar a fazer exercícios físicos de forma saudável e confortável.

Veja as dicas:
  • Faça alongamentos antes dos exercícios físicos, especialmente antes de correr;
  • Aumente a intensidade dos exercícios de forma gradual;
  • Promova um aumento na duração através de recomendações dadas por profissionais da área esportiva;
  • Adote posturas corretas na hora da corrida, buscando sempre orientações de profissionais;
  • Utilize um tipo de causado para cada tipo de exercício praticado.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Bolhas nos pés: veja como evitar e tratar esse problema


Existem várias razões para bolhas se formarem nos pés. A maioria se forma por atrito dos pés com o chão, sapatos ou meias. Com o atrito, a camada mais superficial da pele, a epiderme, se descola da segunda camada, a derme, ficando, uma coleção de líquido entre elas, que vem dos vasos sanguíneos da derme. Para prevenir estas bolhas por atrito, vaselina pode ser aplicada no local de atrito entre os sapatos e os pés. Existem produtos disponíveis comercialmente, na farmácia, á base de vaselina. Outra opção é proteger a área com esparadrapo. 
Além disso, queimaduras por frio ou calor também podem causar bolhas, bem como micoses, que são infecções por fungos. As micoses podem ser diagnosticadas através da raspagem superficial da descamação da pele e análise deste material no microscópio, ou exame de cultura para fungos, feita em laboratório. 
Outra doença que se apresenta com bolhas nos pés é a disidrose. É uma doença comum, que cursa com bolhas nas mãos e nos pés e muita coceira. Pode acompanhar uma micose, ou até mesmo ser uma reação a substâncias ou medicamentos usados local ou sistemicamente. Atinge especialmente a face lateral dos dedos, as palmas das mãos e as plantas dos pés. O prurido pode ser tão intenso que o ato de coçar rompe as bolhas que eliminam um fluído transparente. Ocorre em surtos que terminam com descamação da pele. Deve ser tratada com cremes ou comprimidos de corticosteroides, que na maioria dos casos, resolvem o problema. 
Doenças mais raras, genéticas, como as epidermólises bolhosas, onde há um defeito na adesão entre as camadas da pele, podem cursar com bolhas. 
Outras doenças autoimunes, em que o próprio sistema de defesa do organismo ataca a pele, como lúpus eritematoso, penfigóide bolhoso, epidermólise bolhosa adquirida, e outras, da mesma forma se manifestam com bolhas. Infecções bacterianas da pele como o impetigo bolhoso também. Portanto, é muito importante que o dermatologista examine o paciente para identificar a causa precisa da bolha em questão. 
Algumas pessoas são mais propensas a apresentarem bolhas nos pés, pelo formato dos pés, por deformidades ortopédicas, como joanetes, por exemplo, que atritam mais com os sapatos, por doenças que a pessoa já tenha, ou até mesmo porque a pessoa tem facilidade em contrair micoses.  
Tratando as bolhas nos pés
Se as bolhas ainda não estouraram, o ideal é não estourá-las, uma vez que o teto da bolha é o curativo ideal para seu assoalho cicatrizar bem, impedindo que haja infecção. É importante proteger a bolha com um curativo que não grude, que pode ser gaze coberta por vaselina liquida, por exemplo, ou curativos especiais chamados hidrocolóides, para manter a área longe de mais atrito e contaminação.  
Com o tempo, a pele cicatriza, a bolha vira uma casquinha e uma pele nova aparece no local. No entanto, quando a bolha é muito grande, torna-se dolorosa. Neste caso é melhor estourá-la com uma agulha estéril, para que o líquido saia e deixe de distender a pele, causando dor. Mas mesmo assim, o teto da bolha não deve ser retirado, pois ajudará a evitar que a área infeccione. Quando a bolha infecciona, ela fica cheia de pus, o médico deve ser procurado e, neste caso, o tratamento passa a ser baseado em antibióticos.
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terça-feira, 14 de abril de 2015

A importância da Fisioterapia Respiratória


A fisioterapia respiratória tem alcançado um avanço notório no âmbito preventivo e na cura. O tratamento envolve a realização de técnicas manuais pelo fisioterapeuta, a fim de melhorar o desempenho funcional do aparelho respiratório. Especialmente em épocas frias, as pessoas ficam mais vulneráveis a problemas como rinite e sinusite.
A rinite consiste em uma inflamação crônica ou aguda da mucosa nasal. Vírus ou bactérias podem ser apontados como possíveis causas, embora a rinite alérgica a diferentes agentes ambientais seja a mais frequente.  O sintoma mais comum da rinite e o escorrimento nasal.
sinusite, por sua vez, pode ter natureza inflamatória e/ou infecciosa, aumentando o volume da mucosa da região nasal e prejudicando a comunicação dessa área com os seios paranasais. Os principais sintomas da sinusite são o corrimento nasal, a sensação de “peso” na face, além de febre, dores de cabeça e obstrução nasal, por exemplo.
Neste caso, o objetivo da fisioterapia é proporcionar a melhora das funções das vias aéreas superiores, como os próprios seios paranasais. O tipo de respiração incorreto, utilizando musculaturas acessórias ao invés dos músculos principais, é trabalhado pelo fisioterapeuta que orienta o paciente a utilizar a musculatura adequada com gasto mínimo de energia. A fisioterapia respiratória deve ser aplicada com o máximo de precocidade, com a finalidade de prevenir o surgimento comum de vícios posturais e deformidades estruturais na face e na caixa torácica.
Com o trabalho da fisioterapia respiratória é ainda possível:
– Prevenir o acúmulo de secreção;
– Reduzir o inchaço interno das narinas;
– Aliviar a congestão nasal para que o paciente respire livremente pelo nariz e o risco de infecções pelo nariz diminua;
– Aumentar, consideravelmente, o batimento ciliar das vias aéreas superiores (que têm por função o carregamento de muco) de modo a facilitar a descida da secreção acumulada pela garganta.
Os problemas respiratórios afetam, principalmente, as crianças que acabam com o apetite comprometido, além de provocar períodos de sono interrompidos com inquietude e irritabilidade. Daí a necessidade de iniciar o tratamento o mais cedo possível para, sobretudo, prevenir o agravamento do problema.
Fonte: fisioterapiamanual

terça-feira, 7 de abril de 2015

Sarcopenia e aspectos do envelhecimento humano

A doença está diretamente vinculada à redução da massa muscular, que acomete inclusive os indivíduos saudáveis.

Perda de massa e de força muscular que afeta principalmente pessoas idosas, a partir dos 65 anos. Em síntese, essa é a principal descrição da sarcopenia, doença que resulta de uma interação complexa de diminuição de hormônios, aumento de mediadores inflamatórios, distúrbios da inervação e alterações da ingestão protéico-calórica que acontecem durante o nosso processo de envelhecimento. A predominância de incapacidade e dependência funcional é mais notável em idosos e está diretamente vinculada à redução da massa muscular, que acomete inclusive os indivíduos saudáveis. O resultado mais óbvio inclui tendência a quedas, redução de mobilidade e aumento da incapacidade funcional e dependência. 
A perda muscular é tanto quantitativa quanto qualitativa, com eventuais alterações na composição da fibra muscular, contratilidade, densidade capilar, características de fadiga e metabolismo da glicose. Embora a doença seja diagnosticada principalmente na população idosa, ela também pode se desenvolver em adultos jovens, especialmente em casos de demência e osteoporose. As mulheres, indivíduos sedentários, adeptos do tabagismo, com atrofia por desuso, saúde fragilizada e, claro, fatores genéticos, estão relacionados como os principais vetores para incidência da sarcopenia.
Nesse processo, influenciam ainda a alteração na síntese de proteínas, dos níveis hormonais, proteólise (processo de degradação de proteínas), a perda da integridade neuromuscular, aumento da inflamação e desnutrição, entre outros aspectos. A sarcopenia é considerada "primária" (ou relacionada com a idade) quando não parece haver nenhuma outra causa notável que não seja o próprio envelhecimento. Quando uma ou mais causas além dessa são evidentes, ela é chamada de sarcopenia secundária.
A diminuição ou perda da força muscular implica a composição e densidade do metabolismo capilar e da glicose. O idoso que sofre de sarcopenia pode ter sua independência muito afetada, se necessitar de cuidados especiais e do auxílio constante de outras pessoas. Um dos problemas mais comuns são as quedas, que ocorrem pela deficiência na musculatura. 
Em geral, o paciente é aconselhado a evitar passeios sozinho e a subir ou descer escadas. Mesmo as atividades cotidianas tornam-se mais complicadas, o que justifica recomendar que o idoso não fique sozinho. Suas consequências comprometem diretamente a funcionalidade e a qualidade de vida de muitos idosos, com evidente repercussão emocional e de saúde. 
Nem todas as pessoas idosas vão necessariamente sofrer de sarcopenia, embora, como já dissemos, a doença esteja relacionada ao processo de envelhecimento. Os fatores que levam alguns pacientes a terem a sarcopenia em geral são crônicos, podendo ainda, em alguns casos, estar relacionados à maneira como a pessoa viveu, no que toca aos hábitos alimentares, à prática de exercícios, entre outros itens.
A falta de hábitos de atividade física é reconhecida como um elemento importante para o aparecimento da sarcopenia primária (relacionada ao envelhecimento). Tanto homens como mulheres idosos com histórico de menor atividade física têm, naturalmente, menos massa muscular e maior incapacidade física. A prática regular de exercícios, desde a juventude torna mais lento o processo de perda muscular do idoso. 
A medida mais eficaz para prevenir a perda muscular e recuperar massa são os exercícios de resistência. No entanto, a sarcopenia associada ao envelhecimento surge após um processo lento e progressivo, podendo ocorrer inclusive naqueles indivíduos que praticam exercícios físicos regularmente. 
SINTOMAS
Dificuldade para realizar atividades, outrora cotidianas, como fazer caminhadas, subir e descer escadas, levantar de uma cadeira ou de um sofá sem precisar se apoiar com as mãos são indícios de que o paciente está perdendo força muscular. A definição exata dos critérios da síndrome ainda é muito estudada. 
De toda forma, a sarcopenia, assim como sua reversão, está diretamente relacionada ao desempenho musculoesquelético e ao potencial papel da reabilitação na restauração da capacidade física. Entre os indicadores da doença, estão perda de peso recente (em especial da massa magra), diminuição da velocidade da marcha, fadiga, relato de quedas frequentes e redução da atividade física.
As alterações musculoesqueléticas, já mencionadas, relacionam-se com a perda ou diminuição funcional que repercute, desde o metabolismo basal até as funções renal, cardíaca, pulmonar e na capacidade vital como um todo, o que facilita o desenvolvimento de doenças crônicas, a exemplo do diabetes, da osteoporose, hipertensão arterial e obesidade. Uma das consequências da sarcopenia é o surgimento de alterações no sistema nervoso e a redução de secreções hormonais.
O médico ortopedista pode identificar o problema e recomendar tratamentos personalizados para cada paciente. A maioria inclui atividades físicas, com o objetivo de restaurar a força muscular. Para fazer o diagnóstico de sarcopenia, em geral os exames mais utilizados são os de imagem, como a tomografia computadorizada, ressonância magnética e radiografia.
Os pacientes que não cultivaram o hábito da prática de exercícios na juventude, antes de desenvolver a sarcopenia e, de repente, se veem diagnosticados, terão necessariamente que aceitar a mudança de rotina, que vai passar a incluir atividade físicas cotidianas, já que o tratamento da doença se fundamenta em exercícios que podem auxiliar no fortalecimento dos membros que perderam a força. Hábitos alimentares, com aumento da ingesta de proteínas, também são outro ponto a se observar.
NOVA ROTINA
De sedentário a praticante de atividade física, o idoso precisa ser muito bem orientado e monitorado. Os principais exercícios que ele vai executar deverão alcançar e ativar as grandes regiões de massas musculares, de maneira a agir no metabolismo aeróbico do paciente. Por isso, é importante que ele entenda que não deve, de uma hora para outra, iniciar essa prática de forma aleatória.
O exercício proporcionado pelas caminhadas é um dos primeiros a ser adotado, no entanto, a transição deve ser feita de maneira racional. Deve-se começar a caminhar diariamente, mas, pelo menos no início, realizar apenas pequenos trechos, de preferência sempre acompanhado, já que, por falta de costume e pela própria condição clínica, o paciente pode eventualmente sentir dor no início desse processo. Além do médico, o paciente deve contar com a assistência de um nutricionista, que deverá listar quais os alimentos em que se encontram as vitaminas necessárias, assim como indicar a quantidade de porções diárias.
A prática adequada do exercício físico em conjunto com uma dieta balanceada são os principais instrumentos para a recuperar a qualidade de vida e, também, para prevenir o aparecimento da sarcopenia no indivíduo idoso. O treinamento físico deve ser gradual e crescente, para resultar num eficaz aumento de força e volume dos músculos. O uso de suplementos alimentares não está descartado, desde que indicado por nutricionista.
Uma terapêutica que ainda é controversa no tratamento da sarcopenia é a reposição de esteroides sexuais. Acredita-se que a suplementação hormonal possa ser uma terapia aliada no tratamento e na prevenção da doença, mas a reposição estrogênica não obteve resultados efetivos entre os pacientes do sexo feminino. Fala-se também na reposição de testosterona, em especial para pacientes masculinos com hipogonadismo (doença em que os testículos não produzem quantidades adequadas de hormônios sexuais, como a testosterona). Essa reposição tem resultado para aumento da massa muscular.
É preciso ressaltar que essas terapias aplicadas para os casos de sarcopenia ainda necessitam de mais estudo, já que a segurança do uso em longo prazo não se encontra completamente bem definida. Entre as principais reações adversas que figuram na literatura médica estão a retenção de líquido, ginecomastia (aumento do seio nos homens), hipertrofia da próstata, aumento do antígeno prostático específico (PSA, com o qual se realiza exame para detecção de câncer de próstata) e, até mesmo, casos de morte súbita.
 

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Como vai a saúde de seus pés?

Problemas com os pés podem refletir em um mau estado de saúde, gerando cefaleias e dores nas costas

Os pés normalmente são negligenciados no trabalho corporal, mas, como qualquer parte do corpo, têm articulações, músculos, cápsulas e ligamentos, necessitando ser mobilizados, alongados e fortalecidos para se tornarem e se manterem saudáveis.
Pés mal tratados podem comprometer a saúde de todo o corpo, incluindo da coluna e de outras articulações. Pisar mal pode vir a ser a causa de cefaleias, dores nas costas, escolioses e lordoses, além de problemas nos ombros, nos membros inferiores, na pélvis ou em outras partes do corpo, principalmente quando combinamos isso com carregar peso excessivo.
Os pés são a base do corpo humano e têm a função de prover estabilidade, além de exercer funções importantes como a marcha. Qualquer lesão ou machucado pode acarretar assimetria e problemas de toda ordem neuro-musculoesquelética. O pé é a extremidade dos membros dos animais terrestres que assenta no solo. No homem e em outros bípedes, o termo se aplica apenas à parte final das extremidades inferiores.
Cada pé tem 26 ossos, cerca de 20 músculos, ligamentos, tendões, tecidos que atuam como amortecedores, absorvem e fazem a transdução do impacto de nossa pisada no chão para as articulações acima.
Os ossos dos pés formam uma plataforma mantendo a distribuição adequada para o equilíbrio dinâmico e, sendo uma unidade funcional, “os ossos do pé também transferem o peso do calcanhar para a parte anterior do pé, impulsionando a marcha”.
Segundo o Francês ÉricViel (2007) “a reverberação dos choques no calcanhar dissipa-se no esqueleto e nos músculos do membro inferior, passa pela pelve, para ser amortecida nos discos intervertebrais, e atinge a cabeça”.Daí podemos perceber a importância de incluir os pés como parte fundamental dentro de um programa de exercícios.
“Uma rede de músculos, tendões e ligamentos move, suporta e mantém os ossos do pé na posição certa. Ajuda-nos a manter o equilíbrio sobre superfícies desiguais, proporcionando-nos a propulsão, elasticidade e flexibilidade necessárias para caminhar, saltar e correr.” 
Os músculos dos pés são divididos entre intrínsecos e extrínsecos. Suas funções incluem mover e estabilizar os dedos no chão, suportar o arco, levantar os dedos e controlar os movimentos do tornozelo etc. Os ligamentos fixam os tendões no lugar e estabilizam as articulações sendo a fáscia plantar, a estrutura mais longa do pé “que forma o arco entre o calcanhar e os dedos e permite manter o equilíbrio e caminhar”.
Segundo Eric Viel, 2007, “O pé age, ao mesmo tempo, como uma mola de lâmina ao se deixar comprimir, e como amortecedor hidráulico dissipando uma parte das forças. Por essa razão, ele foi comparado a um amortecedor de choques e para cumprir eficazmente a sua função o pé deve ser flexível. O recebimento do peso do corpo determina, nas pequenas articulações, movimentos complexos de deslizamento e de rotação nos três planos no espaço. Rigidez é sinônimo de início das dores”. O pé deve ser flexível e proporcionar uma sensação de leveza e flutuação.
Esse tema foi abordado durante a conferência internacional da PhysioPilates/Polestar, por Trent  McEntireconferencista internacional e presidente do conselho de administração da PilatesMethod Alliance (PMA), uma associação internacional de profissionais de Pilates, fundada há 10 anos nos EUA, que vem definindo parâmetros para o Pilates).Trent chamou nossa atenção para a importância da saúde dos pés e alertou sobre a importância de estimular essas estruturas para uma melhor deambulação e postura.Ministrou exercícios específicos para desenvolver a inteligência, a força e a mobilidade dos pés incluindo o uso da banda elástica. Os participantes do workshop relataram uma sensação de flutuação e equilíbrio em todo o corpo após as práticas.
Os pés são divididos em três partes: Tarso - a parte superior, que se liga com os ossos da perna; metatarso - a parte mediana; e dedos que são as extremidades. Algumas partes dos pés são denominadas vulgarmente de "planta do pé" - a parte do pé que apoia no solo; é formada pelo calcanhar e pela face inferior dos ossos do metatarso e das falanges e é coberta por uma pele mais espessa do que no resto do corpo; ”calcanhar” que é o osso calcâneo; “tornozelo”, que é a articulação do pé com a perna.
Existem alguns tipos de pés. O pé plano ocorre pela queda do arco longitudinal do pé. Os ossos do tarso tendem a formar uma linha reta em vez de um arco, perdendo a função de amortecimento.Também temos o pé cavo, em que o arco longitudinal é muito acentuado, há excesso de pressão nas cabeças dos metatarsos que estão abaixadas, com formação de calosidades e fasciteplantar. Também existem outros tipos de desalinhamentos:os pronados, quando o peso cai para dentro, os supinados, quando o peso está mais para a borda de fora do pé, entre outros. O apoio anormal leva também à formação de calosidades plantares e à metatarsalgia crônica. A persistência dessas alterações leva à artrose precoce, necessitando de exercícios de alinhamento, mobilização, propriocepção e força na sua trama de ossos, músculos, tendões, cápsulas etc.
Existem duas fases da marcha chamadas de apoio e oscilação, que são subdivididas em subgrupos nos quais o pé tem grande importância. Qualquer alteração numa dessas fases, seja por comprometimento no pé ou em qualquer outra área do corpo, pode causar lesões ou desequilíbrios afetando o corpo como um todo. Outras estruturas importantes do corpo fazem coordenação com a passada do pé: joelho, quadril, a posição do tronco e a cabeça, sendo importante manter essas áreas alinhadas para uma melhor harmonia.
“Na medicina energética, segundo especialistas, existem áreas de energia que correspondem a órgãos — as zonas reflexas. Quando elas se encontram bloqueadas, podem surgir, desde incômodos passageiros até doenças graves. A pressão nos pontos dos pés, no entanto, facilita o fluxo energético. Essas zonas começam nos pés, onde todos os pedaços do organismo estão representados.” 
Os ossos dos pés são projetados para se articularem e a mobilização deve ser estimulada e em conjunto com outras partes para oferecer uma melhor movimentação nas atividades de vida diária, de vida profissional ou de recreação. Mas quem é que cuida dos pés e das suas articulações?
Durante nossa evolução de vestuário foi necessário o uso de sapatos para cumprirmos com os nossos compromissos e, por questões estéticas, desenvolvemos modelos cada vez mais exóticos, que enchem os olhos de homens e mulheres. Mas, nem sempre esses sapatos são confortáveis para os pés e, com freqüência, torna-se um sacrifício para todo o corpo e para os próprios pés equilibrar-se sobre eles.
Para uma festa, escolhemos os sapatos mais bonitos, e não temos a urgência de nos preocupamos com o conforto, por ser uma situação extraordinária ou pontual. Mas imaginemos quem precisa utilizar um sapato de salto alto para trabalhar e necessita ficar de seis a oito horas por dia, todos os dias, com aquele calçado?
Já observaram a postura de pessoas que caminham de um lado para o outro com sapatos de salto alto ou apertados? Caminham em bloco, esquecendo-se de articularem esses ossos tão importantes, perdendo a sensação de flutuação  que um pé bem trabalhado pode dar a todo o corpo. Esses indivíduos estarão mais sujeitos a terem lesões de todo tipo, ao longo de anos. As mulheres, por exemplo, são candidatas a problemas em pés, tornozelos, joelhos e coluna, por conta do sapato alto. De acordo com Tatiana Abreu, sócia-fundadora da FisioRun Fisioterapia, “os saltos muito altos alteram a biomecânica da passada. Há, ainda, dificuldade na flexão da planta do pé, o que prejudica a circulação e potencializa a tendência ao aparecimento de varizes”. Mas, os problemas não param por aí. A fisioterapeuta ressalta que, por conta da posição dos pés, “o salto ‘encurta’ a musculatura da panturrilha e, consequentemente, também o tendão de Aquiles. Dores no joelho, no arco anterior dos pés, joanetes, calos, tendinites, unhas encravadas e danos à coluna são outros problemas causados pelo salto alto”. O salto alto muda a pisada normal, o apoio da carga desarrumando os ossos do pé, impedindo a sua mobilização, alterando o equilíbrio, o centro de gravidade e comprometendo a relação de alinhamento e sobreposição da cabeça, ombros, cintura pélvica e pés, sendo assim, potencializador de diversos problemas na coluna, quando utilizados em excesso. 
É necessária uma mudança de hábitos como a de escolher cuidadosamente calçados mais adequados e avaliar sua marcha com regularidade. 
Algumas patologias são chamadas de "síndromes" do pé e são percebidas quando surgem manifestações de: mialgia, tendinite, neurite, distensão, bursite de calcâneo,fascite plantar, metatarsalgia, calcâneo doloroso, dor no ante-pé, sesamordite, calosidade, fraturas,esporão e todas elas causam alterações na postura.
Essas síndromes devem ser investigadas e tratadas de imediato, para evitar lesões de maior impacto, porém o melhor caminho é a prevenção, com o trabalho diário de aquecimento, alongamento, fortalecimento muscular e consciência corporal.
É clara a importância da atenção e cuidados preventivos para evitar as alterações nessas estruturas de base, contribuindo, assim, para a diminuição da extensão dos desequilíbrios que desencadeiam nas estruturas superiores.