sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

O que é Osteoporose?

Osteoporose é uma doença metabólica, sistêmica, que acomete todos os ossos. A prevalência da osteoporose, acompanhada da morbidade e mortalidade de suas fraturas, aumenta a cada ano. Estima-se que com o envelhecimento populacional na América Latina, o ano de 2050, quando comparado a 1950, terá um crescimento de 400% no número de fraturas de quadril para homens e mulheres entre 50 e 60 anos, e próximo de 700% nas idades superiores a 65 anos. Estima-se que a proporção da osteoporose para homens e mulheres seja de seis mulheres para um homem a partir dos 50 anos e duas para um acima de 60 anos. Aproximadamente uma em cada três mulheres vai apresentar uma fratura óssea durante a vida.
O que é osteoporose?
Como qualquer outro tecido do nosso corpo, o osso é uma estrutura viva que precisa se manter saudável, e isso acontece mediante a remodelação do osso velho em osso novo. A osteoporose ocorre quando o corpo deixa de formar material ósseo novo suficiente, ou quando muito material dos ossos antigos é reabsorvido pelo corpo – em alguns casos, pode ocorrer as duas coisas. Se os ossos não estão se renovando como deveriam, ficam cada vez mais fracos e finos, sujeitos a fraturas.
Perguntas frequentes
Quem não gosta de leite apresenta maior risco de ter osteoporose?
Não. Uma das dicas de prevenção da doença é preocupar-se com a ingestão mínima de cálcio necessário para manter os ossos saudáveis. São recomendados 1.200 mg por dia. Para quem não gosta de leite, é só recorrer a outros laticínios, como queijo.
Quem tem osteoporose não pode praticar atividade física?
Pelo contrário. Praticar exercícios físicos é essencial. Nesse caso, os exercícios devem ter impacto mínimo. Caminhada é a atividade mais recomendada.
Devo me preocupar com a osteoporose somente após a menopausa?
Não. O nível de cálcio no organismo, de fato, é menor após a menopausa, mas a sua incidência não está ligada a essa fase. Sua prevenção deve ser uma preocupação ao longo da vida. Para isso, basta seguir algumas ações cotidianas, como expor-se à luz do sol sem filtro, durante 15 minutos todos os dias. O sol deve incidir sobre a face, tronco superior e braços. Atenção: deve-se evitar o sol após 10 horas da manhã. Vale ainda ingerir vitamina D diariamente. Verduras e laticínios fortificados fornecem este tipo de vitamina.
A osteoporose é uma doença feminina?
Mulheres têm mais osteoporose que os homens, pois têm os ossos mais finos e mais leves e apresentam perda importante durante a menopausa. No entanto, homens com deficiência alimentar de cálcio e vitaminas estão sujeitos à doença. Inclusive, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) criou o Programa de Osteoporose Masculina (PROMA), desde março de 2004, com o objetivo de quantificar as vítimas da doença para tratá-las e estudar a sua incidência.
A osteoporose é hereditária?
Não significa dizer que, se o histórico familiar é favorável à osteoporose, todos vão desenvolver a doença. Mas é importante, sim, identificar se os pais são portadores de osteoporose. Em caso positivo, deve-se manter cuidado redobrado na prevenção da doença. Explicação: a vitamina D é mais eficiente na absorção do cálcio em algumas pessoas do que em outras e essa característica é hereditária. Descendentes de pessoas que têm menor capacidade de absorção do cálcio no organismo e que apresentaram osteoporose quando adultas têm maior probabilidade de apresentar a doença. Mas nada que bons hábitos alimentares não possam mudar este quadro.
Causas
Nós temos no corpo células responsáveis pela formação óssea e outras pela reabsorção óssea. O tecido ósseo vai envelhecendo com o passar do tempo, assim como todas as outras células do nosso corpo. O tecido ósseo velho é destruído pelas células chamadas osteoclastos e criados pelas células reconstrutoras, os osteoblastos. Esse processo de destruição das células é chamado de reabsorção óssea, que fica comprometido na osteoporose, pois o corpo passa a absorver mais osso do que produzir ou então não produzir o suficiente. Alguns problemas podem interferir na formação dos ossos:
Deficiência de cálcio
O cálcio é um mineral essencial à formação normal dos ossos. Durante a juventude, o corpo usa o mineral para produzir o esqueleto. Além disso, o osso é o nosso principal reservatório de cálcio, e é ele quem fornece esse nutriente para outras funções do corpo, como o funcionamento cardíaco. Quando o metabolismo do osso está em equilíbrio, ele retira e repõe o cálcio dos ossos sem comprometer essa estrutura. Esses nutrientes são obtidos por meio da alimentação, por isso, se a ingestão de cálcio não é suficiente, ou então o organismo não está conseguindo absorver esse cálcio ingerido, a produção de ossos e tecidos ósseos pode ser afetada, não havendo nutrientes suficientes para produzir o esqueleto e suprir toda a demanda de cálcio do resto do corpo. Dessa forma, a ingestão insuficiente ou a má absorção desses nutrientes pode ser uma das causas da osteoporose.
Envelhecimento e menopausa
Cerda de 80% dos pacientes com osteoporose a tem associada ao envelhecimento ou menopausa. No caso do envelhecimento, é necessário entender que os ossos crescem somente até os 20 anos, e sua densidade aumenta até os 35 anos, começando a perder-se progressivamente a partir disso. Isso quer dizer que até os 35 há um equilíbrio entre processos de reabsorção e criação dos ossos, e a partir dessa idade a perda óssea aumenta gradativamente, como parte do processo natural de envelhecimento. Caso o indivíduo não tenha criado um “estoque” de densidade óssea suficiente para suprir esse aumento gradativo da reabsorção, os ossos vão ficando mais frágeis e quebradiços, podendo levar à osteoporose.
Seus hábitos previnem a osteoporose?
Osteoporose: evite a progressão da doença
Enquanto a mulher está em período fértil (menstruando) existe a produção acentuada do hormônio estrogênio. Quando abundante no corpo da mulher, o estrogênio retarda a reabsorção do osso, reduzindo a perda, além de ser responsável pela fixação do cálcio nos ossos, contribuindo para o fortalecimento do esqueleto. Em contrapartida, a mulher durante e após a menopausa tem uma produção muito reduzida de estrogênio, uma vez que ele não é mais necessário para o ciclo menstrual. O hipoestrogenismo irá contribuir para a perda de massa óssea mais acelerada, principalmente nos primeiros anos da pós-menopausa. Dessa forma, a menopausa pode ser um gatilho para a osteoporose.
Em homens, baixos níveis de testosterona (hipogonadismo) também podem favorecer a osteoporose, uma vez que este hormônio entra na formação do tecido ósseo.
Doenças ou medicamentos
Outras condições podem levar ao surgimento da osteoporose, sendo responsável por 20% dos casos totais da doença, sendo entretanto muito comuns em pessoas mais jovens e sem outros fatores de risco:
Síndrome de Cushing
Hiperparatireoidismo primário ou terciário
Hipertireoidismo
Acromegalia
Mieloma múltiplo
Doenças renais
Doenças inflamatórias intestinais
Doença celíaca
Pós-gastrectomia
Homocistinúria
Hemocromatose
Doenças reumáticas
Uso de medicamentos a base de glicocorticóides, hormônios tireoidianos, heparina, warfarina, antiepilépticos (fenobarbital, fenitoína, carbamazepina), lítio, metotrexato e ciclosporina.
Fatores de risco
Mulheres e homens orientais correm mais risco de sofrer fraturas pela osteoporose, por um problema anatômico no fêmur
História familiar de osteoporose
História prévia de fratura por trauma mínimo
Tabagismo
Baixa atividade física
Baixa ingestão de cálcio
Baixa exposição solar
Alcoolismo
Imobilização
Ausência de períodos menstruais (amenorreia) por longo período
Baixo peso corporal.
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visão geral sintomas diagnóstico e exames tratamento e cuidados convivendo (prognóstico) prevenção encontre um médico
Sintomas de Osteoporose
A osteoporose é uma doença silenciosa, que dificilmente dá qualquer tipo de sintoma e se expressa por fraturas com pouco ou nenhum trauma, mais frequentemente no punho, fêmur, colo de fêmur e coluna. Outros sintomas que podem surgir com o avanço da doença são:
Dor ou sensibilidade óssea
Diminuição de estatura com o passar do tempo
Dor na região lombar devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
Dor no pescoço devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
Postura encurvada ou cifótica.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Condromalácia Patelar: 6 Dicas para Acabar com as Dores no Joelho

Condromalácia patelar é um desgaste na cartilagem do joelho, numa região chamada condilo femoral, que acaba ocasionando dor e inflamação no local. Ela é mais comum em mulheres e é dividida basicamente em quatro níveis, de acordo com a gravidade docomprometimento da patela.
Quem sofre com algum grau de condromalácia patelar pode experimentar muita ou nenhuma dor, independente do grau indicado no diagnóstico. Além disso, por causar uma inflamação, pessoas com condromalácia patelar podem ter crises agudas de dor que, nestes casos, necessitam de medicação.
Não há consenso sobre as possíveis causas da condromalácia patelar, mas os médicos acreditam que certas atitudes, comoestresse repetitivo das articulações do joelho (quando se pratica esportes de corrida ou saltos, por exemplo), podem favorecer o seu aparecimento. Também pode estar relacionado a uma condição muscular fraca na região do joelho e quadril, ou a um trauma no local, como uma fratura ou deslocação. Outros fatores incluem falta de alongamento, exercícios feitos de forma inadequada, sobrepeso ou obesidade, hiperpressão patelar, artrose e uso constante de saltos.
Independentemente da causa ou o grau da condromalácia patelar, gênero ou idade, o paciente pode sentir dores constantes, ao fazer alguns movimentos, ou apenas ter crises agudas de muita dor. Algumas dicas ajudam a passar por todos esses momentos com mais conforto:

1- Manter um peso saudável

Qualquer tipo de sobrecarga da articulação do joelho pode favorecer o aparecimento da dor. Apesar do excesso de peso não ser o único fator que gera sobrecarga, ele pode favorecer a dor relacionada àcondromalácia patelar. "O aumento da pressão é responsável pelo aumento da dor, independentemente do grau da doença. Se a pessoa tem grau um (mais leve) de condromalácia patelar e não se cuida, está sedentária, com sobrepeso e outros fatores ela pode ter dor, enquanto alguém com grau quatro (mais grave) que faz o oposto pode não ter dores", diz Sandra Umeda Sasaki, ortopedista doHospital Sírio-Libanês.

2- Compressas geladas

Para aliviar a dor decorrente da condromalácia patelar, principalmente nos casos agudos, uma compressa de gelo pode ser de grande ajuda, mas é preciso critério. "Numa situação de dor aguda, bem comum em corredores, que tem dor no mesmo dia ou no dia seguinte às provas ou treinos, é indicado o uso de compressas de gelo. Da mesma forma no caso de traumas, uma batida, por exemplo", aconselha Sandra. Nestes casos, "se devefazer a compressa com gelo por 20 minutos três vezes ao dia, mas é preciso atentar para que o gelo fique em cima da patela e não dos lados do joelho, pois há nervos no local e isso pode gerar dormência", diz Vinícius de Mathias Martins, ortopedista do Hospital São Luiz Morumbi.

3- Sentar com as pernas mais esticadas

A forma que você senta e cruza as pernas pode acarretar em dores no joelho. Elas não podem ficar flexionadas demais ou paradas muito tempo na mesma posição. No trabalho, inclusive, é importante atentar para que se tenha espaço para movimentá-las.
"Você deve se sentar com as pernas na mesma altura do quadril, mas de forma que elas fiquem posicionadas um pouco mais esticadas para diminuir a pressão na patela, uma vez que quanto mais esticada menor a pressão exercida", afirma Martins. Não sentar por cima das pernas, com "pernas de índio", não ficar com a perna cruzada por muito tempo e não se deitar em cima da patela também são dicas de como evitar a dor.

4- Praticar exercícios

"Após a avaliação do fisioterapeuta devem ser prescritos exercícios específicos incluindo os isométricos. Estes são aplicados principalmente no início do tratamento pois não forçam e/ou sobrecarregam a articulação do joelho por não promoverem movimento articular", afirma Rodrigo Peres, fisioterapeuta diretor da Central da Fisioterapia.
Segundo a ortopedista Sandra, exercícios de impacto, como os que envolvem saltar e os agachamentos, devem ser evitados quando há dor. "Quando for usar a bicicleta na academia deixe o banco mais alto que o normal para evitar a flexão do joelho, pode subir o banco até cinco dedos fechados acima do que você usa normalmente", orienta a especialista. O fortalecimento dos músculos da região, de forma correta, ajuda a prevenir dores relacionadas à condromalácia patelar.

5- Evitar escadas

A flexão do joelho pode causar ou piorar as dores de quem temcondromalácia patelar. "A orientação é diminuir atividades com sobrecarga e que envolvam muito esforço, como subir escadas, pois isso acaba sobrecarregando muito a articulação do joelho" recomenda o fisioterapeuta Peres. Contudo, como algumas pessoas usam as escadas como exercício, o ortopedista Martins indica que elas façam alongamento antes e depois de subir e descer escadas, e que não façam isso como exercício físico antes de tratar ou durante o tratamento da condromalácia para não haver piora na dor.

6- Escolher bem os sapatos

O sapato deve sempre ser confortável para os pés, mas quem temcondromalácia patelar precisa prestar ainda mais atenção neste momento. Usar os calçados certos para fazer exercícios, que contemplem não só no quesito conforto e amortecimento, mas também a sua pisada, é importante para não piorar a dor ou gerar novos problemas.
"O salto alto funciona como um vilão nesta história, uma vez que ele retrai a musculatura posterior, que precisa estar alongada em caso de condromalácia patelar", explica Mario Ferreti, ortopedista do Hospital Albert Einstein. A recomendação do especialista é que caso a pessoa goste muito de salto, use os modelos mais baixos e com maior apoio para o calcanhar e depois compense com um bom alongamento para evitar a dor.
Fonte: Minha Vida