quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O desafio de vencer mais degraus todos os dias



Subir escadas queima três vezes mais calorias do que andar de elevador. A atividade física regular é fundamental para desfrutar de uma vida saudável.

Nos dias de hoje, é comum pessoas trabalharem muito tempo sentadas ou não terem tempo para praticar atividade física. Ir pela escada ao invés de usar o elevador, esteira ou escada rolante é uma saída para fugir do sedentarismo. A escada é um caminho mais fácil para incorporar a atividade física ao cotidiano. Subir escadas queima três vezes mais calorias do que andar de elevador. A atividade física regular é fundamental para desfrutar de uma vida saudável.
Descer ou subir escadas não requer a compra de qualquer equipamento caro e pode ser feito em diversos lugares. Tanto faz onde se pratique: em lugares públicos, em casa, em prédio residencial ou em edifício empresarial. Lembro que, em escadas muito movimentadas, como as de estações de trem ou metrô, convém manter-se à direita e, sempre, utilizar o corrimão.
Subir e descer escadas é bom para a saúde por ser um exercício total para o corpo. As pernas são as primeiras a serem beneficiadas. Com a prática, vão ganhar resistência e força. Subir gasta mais energia do que descer, mas para os ossos e a musculatura, descer é um exercício bem mais vigoroso. Na descida, cada uma das pernas sustenta todo o peso do corpo, alternadamente. O trabalho dos músculos contra a gravidade também é valioso. Subir escadas faz com que os braços fiquem mais fortes. O movimento natural dos membros superiores pode ser ampliado com o estímulo de segurar no corrimão. Além do ganho em massa muscular em braços, pernas e quadris, os músculos ficam mais tonificados. Atividade física aeróbica, subir entre 10 e 20 degraus já resulta em benefícios para todo o sistema cardiovascular.
O gasto de energia ao ir pela escada chega a ser sete vezes maior do que usar o elevador e entre oito a nove vezes mais do que ficar sentado sem fazer nada. As pontuações são altas, bem acima de exercícios físicos, como o trote ou a natação vigorosa, portanto, com uma significativa queima de calorias. Subir escadas queima cerca de duas vezes mais calorias do que diversas outras atividades físicas e esportivas. Ir pela escada ajuda a reduzir medidas. A melhor estratégia para perder peso é avançar apenas um degrau de cada vez. Subir de dois em dois degraus não significa que terá o mesmo resultado do que subir degrau por degrau. Subir um degrau queima cerca de 0,17 caloria e descer, perto de 0,05.
Por ser mais cansativo, subir escadas é um intenso exercício físico e requer menos tempo de treino para obter resultados semelhantes. Para se ter uma noção, subir escadas 15 minutos por dia é semelhante a correr 30 minutos por dia. Quem ainda não está acostumado pode sentir-se cansado já nos primeiros degraus. A recomendação é ir aos poucos e não forçar demais. Aumente gradativamente a quantidade de degraus. Comece subindo um ou dois andares apenas e tome o elevador até o andar que deseja chegar e, dia a dia, vá aumentando a quantidade de degraus superados. Para subir um andar ou descer dois, utilizar a escada pode ser mais rápido do que esperar o elevador.
Subir escada revelou-se uma atividade física tão importante que é considerada como treinamento para outras práticas esportivas ou já está sendo tratada como um esporte em si. Excelente opção para treinamentos cruzados, que buscam alternativas a fim de desenvolver as potencialidades do atleta, é adotada por remadores, nadadores, ciclistas, esquiadores, futebolistas, tenistas e corredores, que podem encontrar em escadas um treinamento muito útil para a melhoria do condicionamento físico específico para sua modalidade esportiva. Atletas que correm em escadas desenvolvem as coxas das pernas e fortalecem os joelhos e precisam ter paciência, garra e força muscular para completar a prova no menor tempo possível. Maratonas verticais, corridas em escadas e outras provas e campeonatos estão tornando-se comum fora do Brasil.
Antes de iniciar a prática de qualquer atividade física é recomendável consultar um médico. Não é aconselhável que quem tenha problemas de joelhos suba e desça escadas sem a liberação e a devida orientação médica. Movimentar-se em escadas é cansativo e extenuante, mas cada um pode fazer de acordo com o seu ritmo. Como todas as atividades físicas, somente pratique se estiver apto fisica e emocionalmente. Exercícios físicos mais vigorosos requerem um bom condicionamento físico para serem praticados.
Registros históricos constatam que as construções já contavam com escadarias há cerca de 5 mil anos antes de Cristo. Além da funcionalidade de dar o acesso a prédios e pavimentos, as escadas mantêm o significado de emoções humanas  que passaram a representar nas mais variadas culturas. O topo de uma escada é o degrau mais alto alcançado por uma conquista, o mesmo que o pódio para um atleta. Em muitas religiões, o alto de montanhas e escadarias é utilizado para estar mais perto do céu, do divino, o que facilitaria a elevação do pensamento à espiritualidade. Em religiões mais primitivas, as oferendas ou penitências, no geral, são feitas em lugares altos. Ainda hoje, há quem suba de joelhos as escadas de igrejas para o cumprimento de uma promessa. Não recomendo esta penitência porque força demais os joelhos e sei que há infinitas maneiras de provar a fé.
Faço um depoimento pessoal como incentivo para motivar as pessoas a deixar de tomar elevadores e usar escadas: emagreci subindo e descendo as escadarias de hospitais nos quais trabalho, como uma atividade física coadjuvante de um tratamento médico que envolveu também uma dieta nutricional. Espero que minha experiência sirva de estímulo à atividade física, que pode ser incorporada com mais facilidade principalmente por aqueles que não têm tempo ou disciplina para frequentar academia ou para a prática de outro tipo de atividade física. A atividade física é uma ferramenta eficaz para manter a saúde e, também, em casos de reabilitação.
Acho tão fundamental a atividade física que, à frente do Instituto Ortopedia & Saúde (IOS), idealizei a campanha Projeto Cidadania – Desafio Degraus, uma novidade exclusiva do IOS, com o objetivo de incentivar as pessoas a ir pelas escadas. Trata-se de uma campanha de conscientização para a necessidade de atividade física, que se desdobra em dois eventos principais: Projeto Cidadania – Caminhadas com Degraus e o Projeto Cidadania – Maratona Degraus. O primeiro, ao ar livre, é voltado para incentivar as pessoas a descer e subir escadas a fim de incorporar a atividade física ao cotidiano. O segundo é a promoção de uma competição a ser realizada em arranha-céus, dedicada a atletas e pessoas com excelente preparo físico.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Infecções intestinais têm mais incidência no verão



Especialista dá dicas de prevenção e como identificar os sintomas.

Com a chegada das férias e do verão, aumenta o número de casos de infecções intestinais e o cuidado com a alimentação deve ser redobrado. Deve-se evitar a ingestão de alimentos gordurosos e produtos que tenham facilidade para estragar, ao passo que água e sucos naturais devem ser consumidos em abundância. A alimentação deve receber cuidados especiais, principalmente relacionados à higiene, conservação e manuseio dos alimentos.
A infecção pode ser causada por um vírus, bactéria ou parasita, que se aloja no sistema digestivo da pessoa, especialmente no esôfago, estômago e intestino. De acordo com a bioquímica do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas, Talita Sabedotti, a incidência é maior no verão devido ao aumento populacional nas praias, nas quais, muitas vezes, o saneamento não é adequado – além do fato da água do mar e das piscinas, quando contaminadas, serem fontes de contaminação em massa. “A contaminação se dá por meio da ingestão de alimentos ou líquidos contaminados, ou ainda no contato com pessoas ou objetos contaminados”, comenta.
Segundo Talita, os principais sintomas da infecção intestinal são diarreia, vômito, febre, mal-estar. Coriza e tosse podem aparecer às vezes, e a desidratação, nos quadros graves. “A principal maneira de prevenção é a lavagem das mãos e dos alimentos de forma adequada, além de utilizar apenas água tratada e manter sempre limpos os utensílios utilizados na cozinha. Outras dicas são evitar aglomerações, beber bastante líquido e evitar contato com pessoas doentes”, ressalta.
Vale destacar que as viroses não têm cura imediata. A bioquímica indica que, primeiramente, o médico seja procurado para diagnóstico preciso. “Como não há tratamento especifico, o ideal é que o paciente seja mantido hidratado frequentemente”, destaca.
O LANAC realiza exames laboratoriais que são utilizados pelos médicos para confirmar o causador da infecção, como:

* Coprocultura: identificação bacteriana por meio das fezes;
* Exame parasitológico: análise laboratorial feita a partir de uma amostra das fezes, buscando detectar a presença de elementos indicativos da existência de parasitas no intestino, bem como determinar o seu tipo;
* Pesquisa de rotavírus: detecção para saber se a virose do trato gastrointestinal é causada pelo rotavírus, que causa surtos de gastroenterite

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Onfaloplastia, a cirurgia plástica para correção do umbigo



Pequeno detalhe no abdômen, a má aparência do umbigo pode causar desconforto a pacientes quando não tratada.

A onfaloplastia é um nome ainda pouco conhecido, uma vez que faz referência a uma cirurgia na qual a maioria ainda não ouviu falar: a correção de umbigo. Ainda que muitas mulheres apresentem algum tipo de deformidade no umbigo, poucas são aquelas que realmente se submetem a um tratamento de correção estética – porém, essa tendência tem mudado progressivamente nos últimos anos.
Podendo ser realizada a partir dos dezoito anos, o procedimento é frequentemente associado à abdominoplastia ou retoques de outras cirurgias. “A cirurgia isolada é mais aconselhada em casos de deformidades muito acentuadas, que realmente prejudicam a estética da barriga e causam constrangimento aos pacientes”, comenta o Dr. Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico da Clínica Michelangelo, de Curitiba – PR.
Sendo uma cirurgia de caráter estético, a onfaloplastia faz com que o sentimento de vergonha e desconforto que muitas mulheres sentem por causa do seu umbigo passe, “assim, elas se sentem mais seguras para utilizar certas peças de roupas, como biquínis, por exemplo,” diz Pacheco.
Pacientes que perderam muito peso, que sofreram com o efeito sanfona, ou mulheres que passaram por uma gestação tendem a ter indicação para este procedimento, assim como pessoas com hérnia umbilical e pacientes de plástica no abdômen. A onfaloplastia, cirurgia plástica do umbigo, pode ainda ser uma opção para aqueles com deformidades, cicatrizes, estrias e até verrugas na área umbilical.
“Essa não é uma cirurgia essencial para a saúde do paciente, mas deve ser feita quando esse aspecto se torna desconfortável para o indivíduo. Quando a pessoa se sente se sente desconfortável com o seu corpo, mesmo que seja com um pequeno detalhe, como nesse caso, esse pode ser o ponto de partida para os problemas de auto-estima”, exalta o especialista.
Sentir-se bem consigo mesmo é o objetivo de todos e, existindo o tratamento possível e seguro, porque não fazê-lo? É preciso, antes de qualquer atitude drástica, procurar um médico especialista e conversar com ele, expondo as suas expectativas e ouvindo a opinião do cirurgião, que avaliará o caso e opinará a respeito da necessidade da realização da cirurgia.
Quando realizado o procedimento, a cicatriz fica situada ao redor do umbigo, formando um pequeno círculo na região. Os pontos da cirurgia são feitos junto à musculatura da região abdominal e, dependendo da anatomia do paciente, é bastante comum que a marca fique escondida na cavidade do umbigo. O paciente permanece no hospital no máximo por um dia.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

SAIBA COMO PREVENIR E ALIVIAR AS DORES DO NERVO CIÁTICO



Cuidados simples podem ajudar a evitar o problema

Queimação, fisgadas, dormência, falta de sensibilidade e uma dor que "corre" pelas pernas, começa gradualmente e piora durante a noite. São esses os desconfortos mais comuns de quem algum dia já sofreu com a chamada dor ciática. O incômodo não é à toa: o ciático é o nervo mais longo do corpo humano, leva inervação para toda a musculatura dos membros inferiores, sendo responsável pela sensibilidade, flexibilidade e força da região lombar, nádegas, pernas e pés. Quando este nervo está irritado por causa de uma inflamação, por uma compressão externa decorrente de uma artrite ou pelo deslocamento do disco intervertebral (hérnia de disco) na coluna lombar, a dor aparece.

A dor ciática causa um desconforto que começa na parte inferior das costas e se espalha pelas nádegas, pernas, tornozelos e, ocasionalmente, para o pé. A dor geralmente é sentida como um entorpecimento, uma pontada ou uma queimação. Ela também pode causar formigamento, parestesias (baixa sensibilidade) ou fraqueza nos músculos da perna afetada — explica o médico neurocirurgião Paulo Porto de Melo.

É preciso, no entanto, ficar atento às causas. A dor ciática não é uma doença, mas sim o sintoma de várias. A hérnia de disco, por exemplo, é a maior causadora desse tipo de dor, seguida da degeneração natural desses discos intervertebrais, cujas funções são evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto entre elas. O comprometimento do ciático também pode ser resultado do deslocamento da coluna e do encolhimento do canal vertebral, problemas que comprimem o nervo e, consequentemente, provocam a sensação dolorida.

Identificar origem da dor é importante para o diagnóstico

O diagnóstico da dor ciática é clínico, pelo relato do paciente; e laboratorial, através de exames. Após o problema constatado, o tratamento é aplicado. Segundo Melo, no entanto, os males da dor ciática podem ser controlados, sendo que apenas 10% dos pacientes precisam ser tratados ou passar pela cirurgia, que deve ser indicada apenas quando as outras terapias falharam.

O controle pode iniciar com períodos de descanso e diminuição da atividade, seguidos de exercícios para melhorar a mobilidade e fortalecer as costas. Se os sintomas persistirem, a fisioterapia pode ser útil.

Para aliviar a inflamação ao redor do nervo, pode ser recomendável que se alterne o uso de compressas quentes e frias. Raramente, a cirurgia é necessária, apenas em casos, como por exemplo, quando a dor é causada por uma hérnia de disco — esclarece o especialista.

O neurocirurgião sugere uma série de cuidados para evitar problemas no nervo ciático:

Postura
Devemos cuidar de nossa postura. Procurar manter uma posição correta ao sentarmos, ao levantarmos (da cama, do carro, de uma cadeira, usando as mãos), ao carregar um peso, ao abaixar para pegar um objeto, ao inclinar para pegar um bebê no berço, ao receber um objeto pesado das mãos de outra pessoa. De acordo com Melo, prestando atenção nesses aspectos, são menores as chances de se ter um quadro de lombalgia, ciática ou lumbago agudo.

Dieta
Devemos procurar manter um peso adequado. Mais peso no corpo significa mais peso para a nossa coluna sustentar, maior probabilidade de dores na região

Frio
Cuidado com o frio. Procure se agasalhar bem, não deixe de praticar seu esporte no frio, porém procure realizar os alongamentos com cuidado nesta estação

Atividade física
Pratique esportes de forma regular. Se estiver enferrujado comece devagar, aumentando a intensidade progressivamente. Se tiver dores nas coxas e pernas, principalmente as que descem abaixo do joelho, procure a orientação do médico especialista antes de dar prosseguimento ao seu esporte.


Fonte: Zero Hora