O glaucoma é a alteração do nervo ótico e da pressão intraocular. É uma doença que não tem sintomas e provoca danos irreversíveis. Na Semana Mundial de Combate ao Glaucoma, a prevenção e a relevância de seguir o tratamento a risca são exaltados pelos profissionais de saúde que se preocupam com as estatísticas alarmantes de que hoje, no Brasil, 1 milhão de pessoas estejam em tratamento, e que há mais outro milhão que tem a doença e não sabe. “Por isso não cansamos de repetir: procure um oftalmo se faz tempo que não vai a um”, aconselha Dr. Gilberto dos Passos, médico e secretário geral da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e vice-presidente científico da Associação Brasileira dos Amigos, Familiares e Portadores de Glaucoma.
Na consulta de rotina, mesmo que não haja a principio desconfiança da presença do glaucoma, o médico fará uma série de exames. Essa pesquisa inclui verificar a pressão do fundo do olho, que de acordo com Passos, quando normal tem o parâmetro numérico de até 21. “Mas há casos que fogem a regra, pois há pessoas com 5 que sofrem de glaucoma”. Por isso só medir a pressão não basta.
Outro indício bastante forte do glaucoma é perda da visão periférica, que pode ser constatada em exame oftalmológico. “Essa doença começa pela periferia do olho. A visão das laterais vai escurecendo, e se estreitando, até que a pessoa enxergue como se estivesse olhando pelo cano de uma espingarda”, explica.
Melhor prevenir do que remediarO glaucoma, quando diagnosticado, pode ser tratado de diversas formas. “No passado glaucoma era sinônimo de cirurgia. Hoje é nosso ultimo recurso. Isso porque existem medicamentos, colírios no caso, bem eficientes”. Além dos colírios, há opção do raio laser. Embora o tratamento não seja barato, há iniciativas do governo no sentido de fornecer consultas e tratamentos completos. “Todos os colírios são muito caros, mas o futuro indica que da mesma forma que o governo dá remédio pra pressão, vai ter que dar colírio pra glaucoma. No Rio de Janeiro, o governo está liberando clinicas para pesquisar e medicamento para tratar, mas a quantidade ainda é pequena”, salienta o Dr. Gilberto.
Diferente do que muitas pessoas pensam diabetes, tireóide e hipertensão não são desencadeadores do glaucoma. “A pessoa pode ter mais de uma doença ao mesmo tempo, e não necessariamente uma terá correlação com a outra”, explica o doutor. A atenção precisa ser redobrada para aqueles que tenham histórico familiar. O problema pode ser hereditário, e não segue a regra de aparecer em todas as gerações, podendo pular algumas.
Após os 40 anos a prevenção precisa ser intensifica. Todavia, o glaucoma não elege uma faixa etária. “Há crianças que já nascem com glaucoma, do tipo congênito. As estruturas do olho são aumentadas para o padrão de córnea, e ai pode surgir uma suspeita”, aponta. Uma cirurgia de catarata postergada pode complicar e acabar em glaucoma. “A diferença entre a cegueira da catarata e do glaucoma é que a primeira é reversível, a segunda é permanente”.
Fonte: http://www.daquidali.com.br/
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