Todas as mulheres quando ficam grávidas tem uma preocupação de prevenir enfermidades que possam vir a afetar seus bebês.
No entanto, existem alguns tipos de doenças que a gestante não tem conhecimento sobre como preveni-las ou controla-las, e uma delas é a eritroblastose fetal que também pode ser denominada de doença hemolítica.
Nesse artigo veremos sua definição, como essa doença se manifesta, e se há algum modo de tratá-la.
Eritroblastose Fetal: Definição
De acordo com especialistas a eritroblastose fetal é uma condição desenvolvida antes do nascimento de uma criança, quando seu tipo sanguíneo e o de sua mãe são incompatíveis. Também denominadas por alguns de enfermidade hemolítica.
Na eritroblastose fetal há uma reação do sistema imunológico do feto que reage contra ele iniciando uma produção de anticorpos contra o organismo do bebê, em virtude dessa incompatibilidade sanguínea, quando há a mistura do sangue materno com o da criança.
Entendendo Melhor os Anticorpos
Muitas pessoas ouvem os profissionais de saúde falar a todo tempo sobre anticorpos, mas não sabem na realidade o que isso significa.
Anticorpos são estruturas muito importantes do organismo humano responsáveis pelo combate aos microrganismos patogênicos ou a substâncias estranhas ao corpo humano.
Essas importantes estruturas, os anticorpos através da placenta do organismo materno podem ser transmitidos ao feto.
Desse modo, os anticorpos, uma vez dentro da placenta, podem entrar na corrente sanguínea da criança e atacando as hemácias ou células vermelhas dela. Isso pode elevar a um alquebra dessa célula o que ocasiona no bebê uma anemia de extrema gravidade.
Na qual há uma baixa de quantidade das hemácias, firmando um quadro clinico de anemia no organismo da criança que dificulta as células vermelhas fazerem seu papel principal que é o de levar oxigênio que seja suficiente para suprir as necessidades do organismo fetal.
Etiologia da Eritroblastose Fetal
Segundo os experts em medicina, a eritroblastose fetal ocorre devido à incompatibilidade do tipo de sangue da mãe com o da criança.
Um exemplo prático é quando a gestante possui um tipo sanguíneo RH negativo e a criança possui RH Positivo, que são incompatíveis.
Outro tipo de incompatibilidade entre mãe e filho é chamado de sistema sanguíneo chamado ABO, quando os tipos A, B e O os principais que são incompatíveis.
Segundo especialistas esse tipo de incompatibilidade se manifesta com mais frequência quando o tipo sanguíneo da mãe é O e o da criança pode ser A Ou B. (Em qualquer um dos casos há incompatibilidade provocando distúrbio).
Sinais Clínicos da Eritroblastose No Feto
Os especialistas afirmam que há dois tipos de períodos de sintomas que podem servir como diagnóstico da eritroblastose fetal. Antes e depois da criança nascer.
Os sintomas antes do bebê nascer podem ser identificados por: aumento de alguns órgãos no corpo da criança, como por exemplo, o baço, fígado ou coração, a criança possui um ritmo acelerado de seu coração, e também pode parecer edema (inchaço) no feto.
Após o nascimento da criança, outros sinais clínicos podem ser observados, como por exemplo, anemia (Facilmente identificada pela pele pálida que o bebê apresenta), dificuldade respiratória, aparecimento de icterícia (que é quando a pele ou a parte branca dos olhos da criança ficam com uma cor amarelada), manchas na pele da criança que podem ser roxas, vermelhas ou marrons, edema (inchaço) no corpo da criança.
Diagnóstico da Eritroblastose Fetal
Os especialistas deverão se informar com a mulher se houve gestações anteriores, marcadas por abortos espontâneos, ou quaisquer casos em que tiveram de fazer uma transfusão de sangue.
Se a gestante relata alguns desses acontecimentos antes do nascimento do bebê, algumas medidas devem ser tomadas, como por exemplo: antes de o bebê nascer, deve ser realizada uma amniocentese que é um teste apropriado para verificar se há algum tipo de problema com o liquido amniótico da gestante, como uma elevação da taxa de uma substância chamada bilurrubina.
Outro tipo de medida preventiva que pode ser tomada é fazer uma coleta do sangue da criança, para verificar se esse bebê corre o risco de desenvolver um quadro clínico de anemia. Uma amostra sanguínea é retirada do cordão umbilical do recém- nascido.
Com a utilização de um moderno equipamento chamado ultrassom para orientar o especialista, a amostra é então retirada e enviada para testes laboratoriais.
Os médicos utilizam o ultrassom que faz uso de ondas sonoras para verificar como o bebê está dentro do corpo materno.
Este aparelho serve para o acompanhamento do feto e é capaz de medir frequência cardíaca e, verificar a movimentação e os órgãos internos do feto.
Após o nascimento da criança os especialistas na área devem fazer vários testes sanguíneos que podem ser coletados tanto da mãe como do cordão umbilical, para verificar se há algum tipo de incompatibilidade entre a gestante e a criança, com o objetivo de conhecer o tipo sanguíneo, e se há a presença de anticorpos.
Tratamento da Eritroblastose Fetal
Antes de a criança nascer a eritroblastose fetal pode ser tratada através de transfusões de sangue para o feto ainda no corpo da mãe, através do cordão umbilical.
Em casos mais graves, talvez tenha de ser induzido um parto prematuro para que a criança nasça antes do período previsto.
Após o nascimento do bebê os tratamentos como Fototerapia, Imunoglobulina, e Exsanguineotransfusão podem ser aplicados na criança.
Na Fototerapia há a utilização de uma luz que serve para transformar a substância chamada bilirrubina em um modo que o organismo do bebê possa removê-la.
Nesse tipo de tratamento uma ou mais luzes são colocadas acima da criança de tal forma que ela possa absorver o máximo possível dessa luz. Vale ressaltar que um protetor de olhos deve ser utilizado nesse procedimento.
No caso da imunoglobulina ela é ministrada através de um medicamento chamado IVIG, que auxilia as hemácias a não serem afetadas pelos próprios anticorpos do bebê.
Já no tratamento conhecido como exsanguineotransfusão é um procedimento que serve para remover os anticorpos que atacam as hemácias até mesmo algumas bilirrubinas.
Nesse procedimento serão coletadas e removidas porções de sangue do bebê que serão substituídas com o sangue de doadores compatíveis com o tipo sanguíneo da criança.
Esse procedimento é o mais trabalhosos de todos, e segundo especialistas pode ser que seja preciso fazê-lo mais de uma vez.
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