sexta-feira, 25 de maio de 2012

Meditação pode ajudar o cérebro

Auxiliar nos tratamentos para déficit de atenção e hiperatividade
Nova pesquisa sugere que a meditação pode ajudar a aliviar a dor e a melhorar a memória, regulando a frequência cerebral conhecida como ritmo alfa – que "baixa o volume” das distrações.
Neste tipo de meditação budista, o praticante deve essencialmente manter a “atenção plena” (mindfulness, em ingês) e focar-se no presente.
Em um pequeno estudo, pesquisadores constataram que – quando instruídos para onde deveriam direcionar a atenção – os participantes que praticavam este tipo de meditação conseguiram melhor modular tal frequência cerebral em comparação ao grupo controle que não meditava. Estes participantes haviam concluído um curso de meditação com duração de oito semanas antes do início do estudo.
“Já existem relatos de que a meditação melhora diversas habilidades mentais, dentre elas o acesso rápido à memória”, disse Catherine Kerr, do Massachusetts General Hospital e Harvard Medical School, e também autora do estudo.
“Nossa descoberta de que praticantes de meditação mindfulness conseguem ajustar a frequência cerebral responsável pela distração pode explicar a habilidade superior destas pessoas de se lembrarem de novos fatos e incorporá-los rapidamente”.
O ritmo alfa exerce um importante papel junto às células que processam os sentidos – como o tato, a visão e a audição – no córtex cerebral. Segundo os pesquisadores, ele ajuda o cérebro a ignorar as distrações, ajudando o indivíduo a manter o foco enquanto várias coisas estão acontecendo ao mesmo tempo.
Kerr complementou que as descobertas talvez expliquem alguns relatos de que a meditação mindfulness reduz a percepção de dor. Ela explica: “Pode ser que a habilidade aprimorada de aumentar ou diminuir o ritmo alfa dê aos praticantes maior habilidade de regular a sensação de dor”.
“Talvez o novo estudo também possa explicar como a meditação provavelmente afeta o funcionamento básico do cérebro”, disse Stephanie Jones, do Martinos Center, que também participou do estudo.
“As implicações deste estudo vão muito além da meditação, nos dando pistas de possíveis formas de ajudar às pessoas a melhor regular o ritmo cerebral – que é desregulado, por exemplo, no transtorno do déficit de atenção com hiperatividade e também em outras condições”, disse ela em um boletim à imprensa.
O estudo foi revelado este mês em uma prévia da publicação do periódico científico Brain Research Bulletin.

Fonte: www.saude.ig.com.br

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