O tratamento fisioterápico já se
tornou imprescindível para pacientes que sofreram acidentes, passaram por
cirurgia ou traumas ósseos e musculares. Isso ocorre porque a fisioterapia
ajuda a recuperar a função dos membros lesados e o movimento. Mas, além do
poder de reabilitação, a fisioterapia proporciona bem-estar físico geral e vida
mais saudável e ajuda a prevenir lesões.
Dessa forma, pode fazer parte do roteiro de atividade física. "A
fisioterapia é mais que uma prática para aqueles que precisam recuperar
movimentos ou tratar algum problema musculoesquelético. A atividade pode ser
uma forma de se exercitar e manter a saúde", afirma Márcio Marega,
fisioterapeuta e responsável pelo Projeto Anti-Sedentarismo do Einstein.
O ideal não é substituir a atividade
pela fisioterapia, mas conciliá-las, principalmente quando o exercício físico é
muito rigoroso. "Essas duas atividades se completam e, por isso, os
resultados são melhores quando praticadas em conjunto", aconselha Márcio
Marega. De acordo com Marega, caso seja necessário optar por uma atividade,
deve-se analisar qual o resultado desejado: se a pessoa quiser desenvolver
performance, a atividade física sistemática e programada é mais indicada; se a
busca for por mais qualidade de vida, a fisioterapia pode ser uma ótima opção.
"A fisioterapia pode auxiliar na
programação do educador físico para melhorar o condicionamento físico,
fortalecer a musculatura, diminuir as dores e, mais do que isso, auxiliar na
condição de postura promovendo maior qualidade ao aparelho locomotor",
completa o fisioterapeuta. Esse último benefício é, aliás, de grande
importância para quem pratica exercícios como musculação e condicionamento
físico.
Nesses casos, boa parte dos
exercícios envolve trabalho com peso o que, às vezes, pode prejudicar a coluna,
especialmente quando não há acompanhamento de um profissional. Quando aliada à
prática dessas atividades, a fisioterapia – além de trabalhar a postura e
alinhar a coluna – ajuda na prevenção de lesões que podem ser causadas por
exercícios mais intensos. "Quem consegue aliar as duas práticas tem como
resultado uma atividade mais segura e com maior qualidade", diz Marega.
Para todos os gostos
O tratamento fisioterápico, seja ele
de cura, de prevenção ou como atividade do cotidiano, utiliza diversas técnicas
para tratamento, que são escolhidas de acordo com os objetivos do paciente ou
indicação médica. Conheça as práticas mais comuns:
RPG (Reeducação Postural Global)
Essa técnica tem por objetivo alongar
a musculatura, trabalhando o sistema respiratório e fortalecendo os músculos
para a melhora da postura.
Massoterapia
Massagem utilizada contra o estresse,
para o alívio de dores musculares e articulares, além de melhorar a circulação.
Alongamento
Elimina e/ou reduz os encurtamentos
do sistema muscular; evita o encurtamento musculotendíneo; elimina ou reduz
nódulos musculares; diminui os riscos de lesões musculoarticulares; aumenta o
relaxamento muscular e melhora a circulação sanguínea; melhora a coordenação e
a postura; evita esforços adicionais no trabalho e no esporte.
Rolfing
Técnica eficiente no combate às dores
resultantes da má postura e das síndromes dolorosas, como as miofasciais
(encurtamento das fibras fasciais, causado por traumatismo, processos
inflamatórios, má postura, entre outros); a
fibromialgia (síndrome que causa dor pelo corpo todo, começando
pelos membros superiores e se espalhando pelos ossos, tendões, articulações e
músculos); e, por fim, a enxaqueca (doença crônica e ocasional que provoca dor
latejante e unilateral e muitas vezes causa náuseas, vômitos, intolerância ao
barulho, a odores fortes e à luz).
GDS (Godelieve Denys Struyf)
São manobras que associam
alongamentos a posturas e massagens com o objetivo de ajustar as articulações e
tratar tensões musculares.
Como em qualquer prática de atividade
física, antes de se inscrever na academia ou se submeter a um acompanhamento
fisioterápico, deve-se consultar um médico e fazer uma boa avaliação de saúde.
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