Equipamento de ultrasom fisioterápico para uso em Ortopedia e Fisioterapia Desportiva. Com modos de emissão Contínua e Pulsada, este aparelho de fisioterapia é totalmente microprocessado, com monitoração constante da temperatura do transdutor, além de permitir a utilização da técnica subaquática.
Características técnicas:
- Equipamento microcontrolado com comutação automática de voltagem (110 / 220 V).
- Cabeçote com design ergonométrico.
- Apresenta a freqüência de 1 mhz em um transdutor de 3,5 cm² de ERA (área de radiação efetiva) e com sensor para detecção de aumento de temperatura decorrente da falta de acoplamento (temperatura monitorada) ), além de controle automático de intensidade (a intensidade diminui quando está sem acoplamento).
- Possui 6 modos de emissão: contínuo ou pulsado em 100 Hz (1/2, 1/5, 1/10), 16 Hz (1/5) e 48 Hz (1/5).
- A intensidade varia de 0,1 a 2,0 W/cm².
- Timer com tempo ajustável de 1 a 20 minutos com alarme sonoro ao término da sessão.
- Display de cristal líquido.
- Painel digital.
- Consumo: 30 VA (máx).
- Dimensão (L x P x A) mm: 280 x 280 x 110
- PESO KG (aprox. sem acessórios): 2,5 Kg
Efeitos do ultrassom:
* Efeitos Mecânicos
Em conseqüência das vibrações longitudinais, característica do ultra-som, um gradiente de pressão é desenvolvido nas células individuais. Como resultado desta variação de pressão positiva e negativa, elementos da célula são obrigados a se moverem / vibrarem, formando uma microcorrente acústica que origina a micromassagem tecidual, aumentando o metabolismo celular, o fluxo sangüíneo e o suprimento de oxigênio.
* Efeitos Térmicos
São decorrentes da absorção da onda pelo tecido e da agitação das moléculas, sendo representados por vasodilatação, aumento da permeabilidade da membrana, aumento na reabsorção tecidual e aumento na extensibilidade do colágeno.
* Efeitos Químicos
A microcorrente acústica promove o aumento da permeabilidade das membranas celulares, capaz de alterar a taxa de difusão dos íons, causando alterações terapêuticas como aumento na secreção pelos mastócitos (liberação de histamina), aumento na captação de cálcio e maior produção de fator de crescimento pelos macrófagos. Em adição, uma variação do pH dos tecidos para próximo da condição alcalina é observada.
* Efeito de Cavitação
Este efeito descreve a formação de bolhas ou cavidades no meio líquido, decorrentes de ondas estacionárias. Pode promover danos teciduais quando as bolhas geradas são em grandes quantidades e só é utilizado, propositalmente, em pós hidrolipoclasia ultrassônica (realizado por médicos).
* Efeito de Fonoforese
Fonoforese ou Sonoforese é a habilidade do ultrasom fisioterapia em incrementar a penetração de agentes farmacologicamente ativos para a pele através da onda ultrasônica. Os princípios ativos comumente utilizados são hyalozima, cafeína, ginkobiloba, entre outros.
* Efeito Tixotrópico
Capacidade do Ultra-Som na redução da viscosidade do tecido ou na despolimerização da substância fundamental amorfa. Através desse efeito, ocorre o aumento da elasticidade tecidual e a diminuição de consistência tecidual fibrótica.
* Efeito sobre o Sistema Nervoso Periférico
A utilização no modo contínuo pode afetar a velocidade de condução nervosa, aumentando-a devido ao aquecimento dos tecidos.
* Efeito sobre a Cicatrização
As ondas ultra-sônicas são capazes de facilitar a formação de novos vasos, atuando na facilitação da cicatrização (BORGES, 2006).
Indicações:
- Analgesia
- Relaxamento Muscular
- Antiinflamatório
- Artrites / Artroses
- Fenômeno de Raynauld
- Mialgias / Mielites / Miosites
- Bursites
- Periostites
- Neurites / Nevralgias
- Contusões / Distensões
- Aderências / Fibroses
- Regeneração Tissular
- Reparação de Tecidos Moles
- Útero Gravídico
- Globo Ocular
- Áreas de Tromboflebite, Flebite e Veias Varicosas
- Área cardíaca
- Tumores
- Órgãos Reprodutores
- Diabetes Mellitus
- Epífise de Crescimento
- Osteoporose
- Medula Espinhal em Área de Laminectomia
- Endoprótese (metilmetacrilato e polietileno de alta densidade)
Preparação do paciente:
Selecionar a área a ser trabalhada e higienizá-la com álcool ou água e sabão para facilitar a fonoforese.
Aplicação:
- Intensidade
Sugerem-se as seguintes intensidades para os tecidos, porém deve haver uma prévia avaliação e cautela do modo e intensidade selecionados, para que haja eficiência no tratamento, sem risco de exacerbação de processos inflamatórios.
OBS: Para a determinação da intensidade correta, em cada caso, devemos ter em mente a dose ideal que deverá atingir os tecidos, levando-se em consideração a atenuação das ondas sonoras nos tecidos superficiais à área da lesão (pele, tecido subcutâneo, músculo e outros)
- Modo
Contínuo: emissão constante de ondas durante o tempo programado, com maior deposição de energia.
Pulsado: emissão de ondas interrompidas por um intervalo de tempo, com maior efeito mecânico e menor deposição de energia. Pode ser:
O pulsado em 100 Hz apresenta os seguintes modos:
* 50% ou 1/2: a onda passa por 5 ms e tem um tempo off de 5 ms
* 20% ou 1/5: a onda passa por 2 ms e tem um tempo off de 8 ms
* 10% ou 1/10: a onda passa por 1 ms e tem um tempo off de 9 ms
Nota 1: No modo pulsado a potência instantânea varia de 0,1 a 2,0 W/cm2, e a potência média segue as porcentagens descritas acima (50, 20, 10 %).
Exemplo: Supondo que o Display indicador de potência indica 2,0 W/cm2. Se o modo escolhido é o contínuo, a relação é de 100%, e a potência será de 2,0 W/cm2. No mesmo exemplo, se o modo escolhido é pulsado 1/5 e a relação é de 20%, a potência será 20% da indicada, ou seja, 0,4 W/cm2.
Nota 2: Lembre-se que o indicador estará sempre lendo potência instantânea.
Nota 3: Para esse tipo de emissão controlada por microprocessador, o teste de cavitação com água no cabeçote pode não ser válido, devido ao fato da falta de acoplamento. A nebulização (fumaça de água) não será visualizada, mesmo elevandose a intensidade até seu valor máximo (2,0 W/cm2). Isto não significa que seu equipamento está descalibrado ou com problemas.
- Tempo
O tempo pode ser determinado pela quantidade de cabeçotes que cabe na área a ser tratada; assim sendo, coloca-se 1 minuto para cada cabeçote e o ideal é que se trabalhem áreas pequenas com um tempo menor, para que não se exceda 20 minutos em todas as áreas a serem tratadas e para que não se corra nenhum risco. Ou ainda, dividindo-se a área a ser tratada pela ERA (3,5 cm²).
- Direta (com gel como meio de acoplamento)
Dinâmica / Deslizante: realiza-se movimentos circulares de forma homogênea e com ritmo muito lento para distribuir a energia tão uniformemente quanto possível ao longo do tecido.
Semi-estacionária: realiza-se movimentos de mínima amplitude sobre a região a ser tratada.
- Subaquática: tanto o cabeçote do ultra-som quanto a área a ser tratada devem estar submergidos em uma cubeta de material plástico, mantendo a distância de 2 a 3 cm entre o cabeçote e a área de tratamento. A água deve ser previamente fervida ou desgaseificada, para evitar a formação de bolhas de ar e na temperatura da pele (35 – 37oC). O terapeuta poderá colocar uma luva cirúrgica para prevenir a absorção das ondas refletidas dentro da água.
Limpeza do Transdutor:
Depois de usar o transdutor, limpe o gel de ultra-som com água corrente e detergente neutro ou retire o gel com papel toalha e higienize com álcool. Sempre limpe e seque o transdutor antes de guardá-lo para evitar o acúmulo de gel ou outros agentes de contato que possam vir a impregnar partes do transdutor, servindo de ambiente para a proliferação de microorganismos.
TREINAMENTO GRATUITO NA BIOSET. É NECESSÁRIO AGENDAMENTO COM 1 SEMANA DE ANTECEDÊNCIA.
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