segunda-feira, 27 de maio de 2013

Estalos, zumbido, dor de cabeça e na face são sinais de disfunção na ATM



Especialistas explicam problemas na articulação da mandíbula.
Disfunção pode causar também dor para abrir a boca, bocejar ou mastigar.


A articulação da mandíbula (ATM) é importante para várias ações, como mastigar, falar, engolir e bocejar, por exemplo. Porém, quando ela tem alguma disfunção, pode prejudicar muito a qualidade de vida e dar sintomas como estalos, dor nos músculos da face, dor de cabeça ao acordar, zumbido no ouvido e dor para abrir a boca, bocejar ou mastigar, como explicaram os cirurgiões bucomaxilofaciais Gabriel Pastore e Nicolas Homsi no Bem Estar desta quinta-feira (23).
Essa disfunção da ATM, chamada de DTM, pode ter relação com estresse, ansiedade e até mesmo depressão – como as possibilidades são inúmeras, o tratamento também varia e pode ser feito com relaxantes musculares, analgésicos, antiinflamatórios, fisioterapia, cirurgia ou uso de placas de mordida para proteger os dentes.
Essa placa de silicone também é usada para o tratamento do bruxismo, uma disfunção que faz o paciente ranger os dentes, geralmente à noite. Porém, no caso do comerciante Márcio Boso, foi um pouco difícil se adaptar ao uso dessa placa.
Por causa do bruxismo, ele ficou com os dentes desgastados e a orientação médica foi justamente a placa. Para convencê-lo a insistir nessa alternativa, a dentista Cibele dal Fabbro colocou uma microcâmera em sua boca para mostrar o estado dos dentes, como mostrou a reportagem do Phelipe Siani.
Bem Estar - Infográfico sobre bruxismo e ATM (Foto: Arte/G1)
De acordo com os cirurgiões, o uso da placa é importante para proteger os dentes dos rangidos noturnos. Ela deve ser feita sob encomenda por um dentista que vai ajustá-la corretamente nos dentes superiores e inferiores de cada paciente, impedindo que um entre em contato com o outro. Para auxiliar no tratamento do bruxismo, eles recomendam ainda que o paciente procure uma atividade que ajude a reduzir a tensão, como exercício físico, dança ou um livro, por exemplo.
Há ainda outros problemas que podem ocorrer na região da mandíbula, que podem colocar o queixo para frente ou para trás – o prognatismo ou retrognatismo. De acordo com os cirurgiões, isso acontece quando o crescimento da maxila e mandíbula acontece desordenado em relação ao desenvolvimento natural do corpo.
Ou seja, caso essas regiões da face não se desenvolvam de forma harmônica, a pessoa pode ter problemas na fala, mastigação, deglutição, higiene oral e também na aparência.

Outros problemas como traumas ou defeitos congênitos também podem alterar o crescimento entre maxila e mandíbula, levando o paciente à necessidade de fazer uma cirurgia. Nesses casos, a operação é, de fato, a opção mais indicada e pode melhorar muito a qualidade de vida do paciente, como mostrou a reportagem do Phelipe Siani, com os jovens Max e Rúbia.
O estudante de administração Max Goldvag teve que fazer a cirurgia para colocar o queixo e a mandíbula para trás, para corrigir o prognatismo.
Já no caso da Rúbia Aparecida Breda, o processo foi o contrário e ela teve que operar para colocar o queixo para frente, para corrigir o retrognatismo. Em ambos os casos, foi possível perceber o sucesso e a mudança no dia a dia dos pacientes.
Porém, como explicaram os cirurgiões, essas cirurgias só são indicadas quando o problema é de ordem esquelética e não dental, ou seja, quando o tratamento ortodôntico isolado não é capaz de resolver. Geralmente, esses problemas são mordidas abertas, mau posicionamento da maxila ou mandíbula, sorrisos com excessiva exposição de gengiva e pessoas que sofrem da síndrome do ronco e apneia do sono.

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