quarta-feira, 9 de março de 2016

Pé diabético: o que é, quais os sintomas e como tratar

Pé diabético, mais do que uma complicação do diabetes, é considerado uma situação clínica bastante complexa e que pode atingir não só os pés, mas também os tornozelos dos portadores de diabetes, provocando situações como perda da sensibilidade protetora dos pés, úlceras em diferentes estágios evolutivos, deformidades, infecções, amputações e até problemas vasculares periféricos.
Pé diabéticoDe acordo com o Dr. Fábio Batista, ortopedista e coordenador da Clínica de Tratamento Ortopédico do Pé Diabético do Programa de Ortopedia e Reumatologia do Einstein, comumente o paciente só se preocupa com a lesão quando esta já está em estágio avançado e, em muitas vezes, acompanhada de uma infecção secundária, fazendo com que o tratamento seja bem mais complexo. "O indivíduo portador de diabetes deve ser avaliado como um todo e deve integrar protocolos de avaliação médica bastante criteriosos", explica o médico.

Diagnóstico, sintomas e complicações

Dados epidemiológicos demonstram que o pé diabético é responsável pela principal causa de internação do portador de diabetes. A Organização Mundial de Saúde reconhece que a saúde pública se depara com um sério problema em relação ao diabetes. A previsão para o ano de 2025 é de mais de 350 milhões de portadores de diabetes. Destes, pelo menos 25% vão ter algum tipo de comprometimento significativo nos seus pés. Atualmente, estima-se que, mundialmente, ocorram duas amputações por minuto em razão do pé diabético, sendo que 85% destas são precedidas por úlceras.
"O Pé Diabético, principal causa de amputação do membro inferior, tem como principais fatores de risco a neuropatia periférica e a limitação da mobilidade das juntas; assim, pode reunir características clínicas variadas, como alterações da sensibilidade dos pés, presença de feridas complexas, deformidades, alterações da marcha, infecções e amputações, entre outras", relata o Dr. Batista.

Tipos de tratamento

De acordo com o ortopedista, a tendência atual, em virtude da abordagem e dos resultados mais eficientes, vem apontando para a necessidade da inserção de todos os pacientes portadores de diabetes em centros integrados por multiprofissionais capacitados no tratamento especializado do pé diabético.
"Estatisticamente, é importante ressaltar que 50% dos portadores de diabetes desconhecem que têm este diagnóstico. Portanto, é de suma importância a busca desses pacientes. Aqueles que já têm consciência do diagnóstico devem ser submetidos a exames clínicos pormenorizados e categorizados em grupos de risco, para assim, receber tratamento clínico individualizado", explica o Dr. Batista.
"A abordagem deve ser especializada e conduzida pelo médico familiarizado com este cenário especial, devendo contemplar um modelo de atenção integral (educação, qualificação do risco, investigação adequada, tratamento apropriado das feridas, cirurgia especializada, aparelhamento correto e reabilitação global), objetivando a prevenção e a restauração funcional da extremidade", ressalta.

Prevenção e cuidados

De acordo com o médico, este deve ser o capítulo mais importante neste tipo de doença.
O exame diário dos pés e a proteção de dedos e tornozelos são maneiras mais fáceis de evitar o aparecimento de lesões. É necessário secar bem os pés, cortar as unhas periodicamente e com cuidado para não causar feridas, evitar a aproximação de calor perto do local (bolsas de água quente e fogo), examinar diariamente os sapatos e ir a consultas periódicas com seu médico.
O fumo e o álcool também são fatores agravantes para pacientes portadores de diabetes, pois colaboram para o agravamento de problemas neurovasculares.
"A educação, a informação e a intervenção precoce, sem dúvida nenhuma, são consideradas os pontos-chaves para uma mudança favorável de prevenção e conscientização deste sério e complexo problema", finaliza o médico.

terça-feira, 8 de março de 2016

Rins: filtros do corpo


Quinta-feira, 10 de Março, é o Dia Mundial do Rim, uma data para ressaltar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença renal crônica

Este ano o tema da campanha mundial coordenada no país pela Sociedade Brasileira de Nefrologia é "Prevenção da doença renal começa na infância". O foco é alertar a população com relação a adoção de hábitos saudáveis desde os primeiros anos de vida.
 
Diversas ações estão programadas para marcar a data. Uma delas é a  iluminação de pontos turísticos pelo país com as cores azul e vermelho, como ocorrerá com a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
 
A doença renal crônica atinge 10% da população mundial e pessoas de todas as idades e raças. Como a perda da função renal em geral é progressiva e silenciosa, o diagnóstico é feito muitas vezes na fase final da doença, quando os sintomas tendem a aparecer. Por isso é muito importante realizar exames periodicamente, principalmente se a pessoa é hipertensa, diabética ou tem parentes renais crônicos. 

Para que servem
Além de eliminar as toxinas resultantes do funcionamento do nosso metabolismo, como a ureia e o ácido úrico, o rim ajuda a manter o equilíbrio hídrico do organismo e atua na produção de hormônios, como a vitamina D e a retina, esta última responsável pela regulação da pressão arterial. O excesso de água no corpo e também de sais é eliminado pelos rins em forma de urina. 

Hábitos saudáveis
Não basta apenas beber bastante água para garantir rins saudáveis. As recomendações das entidades médicas para reduzir o risco ou para evitar que o quadro se agrave incluem manter hábitos alimentares saudáveis, controlar o peso e a pressão arterial, praticar atividades físicas regularmente, beber água, não fumar, não tomar medicamentos sem orientação médica, controlar a glicemia e avaliar regularmente a função dos rins em casos de diabetes, hipertensão arterial, obesidade, doença cardiovascular e histórico de doença renal crônica na família.
 
Na hora de compor o seu prato, evite alimentos industrializados, já que estes normalmente possuem alto teor de sódio, açúcar e gordura. E fique longe de frituras, alimentos ricos em gorduras saturadas, refrigerantes e outras bebidas açucaradas.
 
Sintomas
Além de diabéticos e hipertensos, idosos com mais de 60 anos, pessoas com sobrepeso ou que tenham histórico de doenças renais na família devem prestar atenção a qualquer sintoma que possa indicar problemas no órgão:  hipertensão arterial; inchaço das pernas, na face ou no corpo todo; anemia ou palidez anormal; falta de apetite; cansaço e fraqueza; náuseas e vômitos frequentes pela manhã; presença de sangue ou espuma na urina; presença de dor, ardor ou dificuldade para urinar. O uso indiscriminado de anti-inflamatório pode prejudicar o funcionamento renal, ainda que utilizado num curto período.
 
Alerta para o câncer - O câncer de rim geralmente acomete indivíduos entre os 50 e 70 anos de idade, sendo duas vezes mais frequente nos homens que nas mulheres. Sangue na urina e dor na região lombar são os principais sinais que identificam a doença e podem ser facilmente confundidos com sintomas relacionados a outras enfermidades.

A doença na infância
A doença renal crônica na infância não é frequente, mas, quando ocorre,  traz consequências devastadoras para o crescimento, desenvolvimento cerebral e expectativa de vida ao nascer. Existem evidências científicas de que a progressão da doença renal pode ser retardada, desde que o diagnóstico seja feito a tempo de permitir a adoção de medidas terapêuticas apropriadas. As anomalias congênitas e as doenças hereditárias são os diagnósticos mais frequentes. Infelizmente, no Brasil o diagnóstico em crianças, na maioria das vezes, é tardio e incompleto.
Os pais devem ficar atentos para alguns sinais de alerta como edema, alteração da cor ou odor da urina, baixa estatura, cansaço, anemia que não responde ao tratamento, além de mensuração da pressão arterial pelo pediatra.

quinta-feira, 3 de março de 2016

CAMINHAR OU CORRER?

Veja as diferenças entre as duas modalidades e faça sua escolha!


Caminhar ou correr
Você está em dúvida se começa a praticar caminhada ou corrida para espantar de vez o sedentarismo? Saiba que as duas modalidades esportivas ajudam a eliminar aquelas calorias extras e ainda dão uma boa melhorada na saúde e no bem-estar. Ao mesmo tempo, elas têm suas particularidades e contraindicações.
No que diz respeito ao nível de intensidade e à solicitação do sistema cardiorrespiratório acorrida leva vantagem. Outra diferença relevante é o nível de pressão que as articulações recebem. A corrida oferece maior impacto articular do que as caminhadas.
Mas se você vai começar a se exercitar, a caminhada é a mais indicada. "É mais fácil o sedentário começar a caminhar do que a correr. Basta ter uma via (rua ou trilha), roupas confortáveis e tênis", avalia Guilherme Moscardi, responsável pela educação da área técnica da rede de Academias Runner.
Os benefícios da corrida e da caminhada são os mesmos. Entre os fisiológicos estão aumento de gasto calórico, de tônus muscular (principalmente dos músculos das pernas), da capacidade pulmonar e do aproveitamento de oxigênio.
Ambas as modalidades também promovem a redução de formação de vasos varicosos (varizes), melhoram a qualidade do sono e disposição para o dia a dia (por alterações dos níveis hormonais).
Tanto a corrida como a caminhada ajudam a perder calorias, mas a corrida potencializa esse efeito devido ao nível de solicitação muscular mais elevado que a caminhada. Segundo Guilherme, em termos didáticos, 1h caminhando a 5km/h demandará tantas calorias quanto correr 30 minutos a 10km/h.
"Embora seja um exemplo apenas didático, saberemos que a maior parte da população consegue caminhar 1h a 5km/h, enquanto correr a 10 km/h são poucos os que têm este preparo. Embora a maioria tenha condições de conseguir, dedicando de quatro a seis meses de treinamentos a este objetivo."
As caminhadas são muito indicadas para idosos (reduz o risco de quedas), obesos (reduz o impacto articular), gestantes (precisa limitar a pressão sobre a barriga). Só é contraindicado para indivíduos com restrição médica cardiológica ou ortopédica.
Para os que querem correr, as indicações são não ter nenhum sim no Par-Q (questionário de prontidão para a atividade física) e estar com o exame cardiológico anual atualizado. Moscardi diz também que é recomendável o indivíduo já ter o hábito de caminhar para começar a correr ou ser praticante de corrida, para que haja uma melhor adaptação dos sistemas cardiorrespiratório e musculoesquelético.
"As contraindicações são as mesmas da caminhada e também se estendem a indivíduos obesos, idosos sem hábitos de praticar corrida e principalmente gestantes. Hipertensos sem controle da enfermidade também se tornam contraindicados a fazer qualquer atividade física até retomar o controle da pressão arterial", orienta.
Dando o primeiro passo
Para começar a caminhar a melhor dica é sentir-se confortável e ter um objetivo a ser atingido. Por exemplo: caminhar por 30 minutos. Sem perceber você vai aumentar o seu ritmo: primeira semana 3 X de 30 minutos; segunda semana 3 X de 40 minutos; terceira, 3X de 50 minutos; quarta semana 3 X de 1h, quinta semana 4 X de 50 minutos, sexta semana 5 X de 50 minutos e sétima semana 6 X de 1h.
"Essa é uma progressão confortável para qualquer sedentário que queira mudar seu estilo de vida.
Quanto ao vestuário, opte por bermuda ou calça, preferencialmente em tecido de algodão ou os chamados tecidos esportivos ou tecidos inteligentes, camiseta em algodão ou também de tecido inteligente e tênis ou modelos walking (caminhada) ou running (corrida)", orienta Guilherme. Alongamentos são recomendados, a menos que você comece a caminhar bem devagar.
E completa: "Para caminhada um tênis que já se tem pode atender perfeitamente. Quando o praticante começar a caminhada em dias seguidos, a dica é alternar mais de um par de tênis. E se quiser, pode começar a caminhar os primeiros cinco minutos bem confortável e depois acelerar um pouco para ter percepção de exercício."
Inicie a caminhada com percursos planos até ter condições de incluir ladeiras sempre que possível. Nas corridas use o mesmo princípio: comece com percursos planos e não com ladeiras. E procure evitar decidas antes de um mês de prática ou de maneira regular.
Juliana Falcão

quarta-feira, 2 de março de 2016

Mitos e verdades sobre a massagem modeladora


Em primeiro lugar, este tipo de tratamento deve ser realizado por profissionais especializados, que entendam a anatomia e fisiologia do corpo (conheçam as estruturas e o funcionamento delas), para que o tratamento seja eficaz e seguro.

Muitos profissionais mal qualificados aplicam estas técnicas sem muito conhecimento, e com isso geram dúvidas nos seus clientes. Por este motivo, trago aqui alguns mitos e verdades sobre a massagem modeladora.

A massagem modeladora e a drenagem linfática são a mesma coisa? Tem o mesmo objetivo?

Não. A drenagem linfática é uma técnica de massagem manual que estimula o retorno da linfa para o sistema linfático, diminuindo a retenção de líquidos e eliminando resíduos e toxinas. Sendo assim, ela não atua diretamente na redução da gordura corporal nem da celulite (que nada mais é do que um excesso de gordura forçando uma pele retraída), apesar de ter um efeito indireto sobre as mesmas, já que aproxima o tecido gorduroso dos vasos sanguíneos, e facilita sua captação pelos mesmos no momento da atividade física. Como ela melhora a circulação, também pode atuar indiretamente na prevenção da flacidez. Já a massagem modeladora é executada com movimentos firmes, rápidos e repetitivos sobre a pele, com objetivo de quebrar a gordura localizada, que é posteriormente eliminada pela corrente sanguínea, principalmente se for realizado exercício físico. É geralmente focada nas regiões onde há maior acúmulo de gordura, que nas mulheres são barriga, coxas, culote, glúteos, e às vezes braços. Desta forma, a massagem modeladora traz diminuição de medidas, da celulite, favorecimento da lipólise (quebra da gordura) e modelagem do corpo, além de prevenir flacidez, melhorando a elasticidade da pele.

A massagem modeladora dói?

Sim. A massagem modeladora é realizada com movimentos rigorosos de prensão, deslizamento e amassamento da pele, numa intensidade que atinja as camadas lipídicas (de gordura), a fim de quebrar as placas gordurosas. Por isso, muitas pessoas sentem dor ao realizar esta técnica, porém a intensidade da dor depende não só da quantidade de gordura que a pessoa tem, mas também da tolerância a dor, que é muito variável de indivíduo para indivíduo. Entretanto, esta dor não pode causar um desconforto excessivo para o paciente, sendo este um limite para a intensidade das manobras. O ideal é aumentar a intensidade de forma gradual, para que o organismo se adapte a mesma.

É normal ter hematomas após a realização?

Não. O hematoma é sinal de rompimento de vasos sanguíneos, e o extravasamento do sangue para os tecidos pode causar uma resposta inflamatória na região e dor, o que não é desejável. Quando ocorre o hematoma é sinal de que o limite ideal de intensidade da massagem foi ultrapassado, ou seja, uma massagem que causa hematomas não indica uma massagem modeladora mais eficiente, pois não é necessário ultrapassar a camada de gordura da pele, já que somente ela deve ser trabalhada. Pode acontecer, em pessoas com tendência a hematomas (aquelas que tem vasos muito sensíveis, que ficam roxas com qualquer batidinha), de o hematoma aparecer, porém isso é um fato esporádico, que deve ser avaliado. Se você sempre sai da massagem modeladora com mitos hematomas, desconfie! Se o hematoma já ocorreu, utilize gelo (sempre enrolado em uma toalha ou num saco plástico), a cada duas horas, por 15 a 20 minutos.

Utilizar somente cremes que prometem reduzir medidas tem resultado?

Não. Alguns cremes dizem apresentar princípios ativos que por si só reduziriam as medidas. Isto não ocorre. Alguns cremes tem formulações que aumentam a circulação sanguínea e com isso, temos a melhora do aspecto da pele, porém a redução de medidas não ocorrerá sem as técnicas corretas de massagem modeladora, e é claro, muito exercício físico.

A massagem modeladora com aparelhos é melhor que a manual?



Não. Os diferentes aparelhos utilizados para a massagem modeladora podem facilitar uma intensidade maior da massagem, porém nem sempre uma massagem tão intensa é necessária. Além disso, a realização manual da massagem permite que o terapeuta avalie cada região do corpo, verificando os locais de maior acúmulo de gordura, direcionando o tratamento, tornando-o mais eficaz e objetivo.

terça-feira, 1 de março de 2016

Pilates para idosos previne e trata doenças. Saiba mais!

Estamos sempre em busca de métodos que proporcionem o nosso bem-estar e melhorem a nossa qualidade de vida e, por isso, vários deles são criados para que isso seja possível. Com o avançar da idade, um dos mais procurados pelo seu baixo impacto e por seus inúmeros benefícios é opilates para idosos.

Pilates para idosos amplia equilíbrio

Inicialmente destinado a reabilitar bailarinos e atletas lesionados, o pilates evoluiu como uma prática adequada para pessoas de todas as idades e condições físicas. Mas até na terceira idade? A resposta é sim. Executados corretamente, os exercícios de pilates para idosos podem aumentar o seu equilíbrio, sua força e sua flexibilidade.

Pilates alivia dores, fortalece músculos, melhora o equilíbrio e a coordenação. Foto: Shutterstock
Pilates alivia dores, fortalece músculos, melhora o equilíbrio e a coordenação. Foto: Shutterstock

Benefícios do pilates para idosos

O pilates, ou o método pilates, é uma série de cerca de 500 exercícios inspirados em ginástica, yoga e ballet que melhoram e fortalecem a musculatura, além de trazer muitos outros benefícios.
Para a fisioterapeuta Ariana Machado, de Florianópolis/SC, no caso do pilates para idosos, os benefícios são, além do alívio da dor, uma maior percepção dos movimentos, o fortalecimento muscular, a melhora do equilíbrio (importante nessa fase para prevenir as quedas), o aumento da flexibilidade e o alívio do estresse.
Além disso, Ariana indica que há uma melhora na autoestima do indivíduo em decorrência da prática de pilates para idosos. “Percebo que tem sido uma das maiores vantagens que este método proporciona”, avalia.
Outro benefício da técnica está em atacar um dos grandes problemas adquiridos no avanço da idade: “Não posso deixar de citar o papel importantíssimo que ele tem na prevenção da incontinência urinária, pois fortalece a musculatura do assoalho pélvico”, ressalta Ariana.

Pilates para idosos exerce baixo impacto

O método de pilates para idosos se torna eficaz pelo seu baixo impacto sobre o corpo, além de não ser severo sobre as articulações, como muitas outras atividades físicas.
Uma pesquisa publicada na revista médica Spine estudou os efeitos do pilates para idosos no alinhamento postural em pessoas 60 anos de idade. O resultado? Em um grupo de 34 pessoas que participaram do programa, o estudo revelou que a melhora na postura do grupo analisado aumentou substancialmente.
É por isso que médicos e pesquisadores ao redor do mundo tratam o pilates para idosos como umimportante aliado no combate e na prevenção de uma série de problemas de saúde.

Pilates para idosos começa por avaliação

Antes de começar a praticar o pilates para idosos, é necessário fazer uma avaliação postural para detectar desvios musculares ou dores e desconfortos relatados pelo idoso.
A partir daí, o programa de treinamento específico para cada idoso é montado, atendendo as suas necessidades, como o combate à osteoporose e à fibromialgia, comuns nesta faixa etária.

Pilates para idosos: quando parar

A fisioterapeuta Ariana Machado revela que o pilates para idosos não tem contraindicação, mas é preciso respeitar as individualidades e limitações.
Também é necessário levar sempre em consideração as condições clínicas e físicas de cada pessoa. “Por isso, costumo dizer que não existe idade para parar, mas sim respeitar seus próprios limites”, afirma Ariana.
Dessa forma, o pilates para idosos é um ótimo aliado para quem deseja envelhecer com saúde e de forma ativa. E parece que a fórmula do pilates para idosos funciona, já que Joseph Pilates praticou seu método até os seus oitenta anos.



 doutissima.com.br

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Bursite de quadril

Se você sente dor na região lateral do quadril, provavelmente já ouviu dizer que é bursite. Mas você sabe o que é isso?



Temos no nosso corpo diversas proeminências ósseas (locais onde o osso é mais saltado). para evitar que estas proeminências tenham atrito excessivo com os tendões e músculos próximos a elas, existem pequenas bolsas de fluido chamadas bursas. As bursas estão presentes em praticamente todos os segmentos de nosso corpo, porém entre as mais "conhecidas" (entenda-se: as que provocam maiores problemas) são a subacromial (do ombro) e a trocantérica (uma das bursas muitas do quadril).

A bursite trocantérica - ou bursite do quadril - é um processo inflamatório da bursa que recobre o trocânter maior (osso proeminente na lateral do quadril). Está geralmente associado a inflamações de músculos que passam ou se inserem no trocânter, como o músculo tensor da fáscia lata e o glúteo médio.



Os primeiros sintomas são dor aguda e intensa na região lateral do quadril, como pontada ou queimação, que pode irradiar para a parte posterior e inferior da coxa. Pode ser desencadeada por um trauma direto na bacia (como cair sobre o quadril ou bater a lateral da coxa na quina de uma mesa), ou então após longos períodos em pé, caminhando ou subindo e descendo escadas. Também é comum após acordar, se a pessoa tiver dormido sobre este quadril, e ao cruzar uma perna sobre a outra (como fazemos para sentar na posição de índio ou para amarrar o tênis). Quando se torna crônica, a dor passa a ser mais difusa porém mais forte.





Apesar do trauma direto ser uma das causas, é mais comum que ocorra por uso excessivo da musculatura da região, que fica sobrecarregada. Esta sobrecarga é ainda pior quando há um desalinhamento postural, pois este causa um desequilíbrio muscular, forçando mais alguns músculos e gerando a inflamação do local.

Desta forma, pessoas que tenham alterações posturais como escoliose, diferença no comprimento das pernas ou alteração da pisada estão mais propensas a desenvolver a bursite trocantérica.


Outros fatores de risco para desenvolver a doença são artrite reumatoide, prótese de quadril e presença de osteófitos (acúmulo de cálcio) na região.

O tratamento a curto prazo deve focar a redução do processo inflamatório, com compressas de gelo por 20 minutos a cada 2 horas, anti-inflamatórios e repouso, evitando as posições e movimentos que aumentam o atrito no quadril.

Este tratamento inicial irá curar o sintoma (dor, inflamação), mas não irá tratar a causa, que é o desalinhamento da postura ou o desequilíbrio muscular. Portanto, se a longo prazo estes fatores não forem tratados, a dor e a inflamação voltarão.

Sendo assim, após a resolução do processo inflamatório, o ideal é procurar um fisioterapeuta que te avalie como um todo, identifique suas alterações posturais e seus desequilíbrios musculares. Após esta meticulosa avaliação ele poderá tratar - por meio de exercícios, manipulações, bandagens, entre outras técnicas - a causa da sua sobrecarga, permitindo que você volte a desempenhar suas atividades diárias e esportivas normalmente!



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

CISTO SINOVIAL

O cisto sinovial é um tumor benigno que habitualmente apresenta-se como um pequeno nódulo arrendondado acima das articulações ou tendões, principalmente nas mãos e punhos. Em português bem claro, o cisto sinovial é uma bolinha de consistência mole, que surge geralmente acima do punho ou em um do dedos da mão.
Neste texto vamos abordar os seguintes pontos sobre o cisto sinovial:
  • O que é o cisto sinovial.
  • Causas do cisto sinovial.
  • Sintomas do cisto sinovial.
  • Tratamento do cisto sinovial.

O QUE É O CISTO SINOVIAL?

Para entender o que é o cisto sinovial, precisamos antes falar um pouquinho sobre a sinóvia e as articulações. Todo mundo entende que nosso esqueleto é amplamente articulado. Conseguimos dobrar e girar braços, pernas, mãos, dedos, pescoço, etc. Toda essa gama de movimentos que nosso esqueleto é capaz de fazer se deve ao fato de termos articulações, que são as estruturas que unem dois ossos diferentes e permitem o movimento entre eles. Como exemplo de articulações, podemos citar os joelhos, cotovelos, tornozelos e punhos.
O cisto sinovial no punho
Para que essa movimentação de um osso contra o outro não provoque atrito e desgaste, dentro das articulações existem duas importantes estruturas, o líquido sinovial e as cartilagens. A cartilagem é um tecido escorregadio localizado nas extremidades dos ossos articulados. O líquido sinovial é uma espécie de lubrificante que fica dentro das articulações, circundado por uma bolsa chamada sinóvia. Estas duas estruturas permitem que os ossos das articulações possam deslizar um sobre o outro durante anos e anos com mínimo atrito, impedindo que haja desgaste dos mesmos. A perda destas duas estruturas provoca lesão dos ossos, levando a uma doença chamada artrose. Além das articulações, os tendões também são circundados por uma bolsa contendo líquido sinovial.
Cisto é nome que damos a qualquer bolsa que tenha material líquido ou semilíquido em seu interior. O cisto sinovial é, portanto, é uma bolsa que contém líquido sinovial.
O cisto sinovial surge nas articulações ou tendões, sendo uma herniação de parte da sinóvia e da cápsula das articulações. Este “vazamento” de líquido sinovial para fora das articulações forma uma bolsa que pode ser facilmente vista e palpada.
Apesar de ter origem no líquido sinovial, o conteúdo da cisto sinovial não é puramente líquido. O material dentro do cisto fica isolado do resto da articulação e acaba por formar um espécie de geleia.

CAUSAS O CISTO SINOVIAL

Não se sabe muito bem por que os cistos sinoviais surgem. A teoria mais aceita é de que pequenas lesões da cápsula articular, causadas por traumas ou esforço repetitivo, permitem o extravasamento de líquido sinovial para fora da articulação, formando o cisto.
Além do trauma e do uso excessivo da articulação, um defeito na formação da articulação também parece ser importante, já que o cisto sinovial pode surgir em pessoas sem história de traumas ou uso repetitivo da articulação.

SINTOMAS DO CISTO SINOVIAL

O cisto sinovial é uma massa arrendondada, que costuma ter um diâmetro de 1 a 3 centímetros, compressível e de consistência borrachosa. O cisto costuma ser visível e palpável, estando a pele acima íntegra e sem sinais inflamatórios. A lesão é transluzente, ficando avermelhada quando jogamos um foco de luz sobre a mesma, demonstrando seu conteúdo fluído.
O cisto pode surgir subitamente ou ir crescendo ao longo do tempo. Seu tamanho pode variar, estando mais ou menos volumosos em determinados momentos. Ele também pode desaparecer espontaneamente e reaparecer tempos depois.
O cisto sinovial pode surgir em qualquer articulação, mas sua localização mais habitual é na região do punho ou em um dos dedos da mão. Ele não costuma provocar dor, mas pode fazê-lo caso a massa comprima algum nervo. Nesta situação, além da dor, também é possível haver perda de força e de sensibilidade na região da articulação ou tendão.
Existem casos de cistos sinoviais pequenos e ocultos, que não são visíveis através da pele, mas que são descobertos por causaram dor. Cistos ocultos podem ser diagnosticados pela ultrassonografia ou ressonância magnética.

TRATAMENTO DO CISTO SINOVIAL

O cisto sinovial é uma tumoração benigna, sem nenhuma possibilidade de se tornar em câncer. Na maioria dos casos ele é assintomático e, como pode desaparecer espontaneamente, nenhum tratamento é necessário.
Por outro lado, se o cisto estiver provocando dor ou atrapalhando na movimentação da articulação, o tratamento médico está indicado.
Um tratamento simples é a imobilização da articulação com talas, de forma a comprimir o cisto e impedir a movimentação da articulação. Desta maneira, tenta-se criar um mecanismo contrário, empurrando o material do cisto de volta para a articulação.
A aspiração do cisto com uma agulha é outra opção e pode ser feita com anestésicos locais no próprio consultório. Após a aspiração, o médico costuma infundir uma solução com corticoides para colar as paredes do cisto e atrapalhar o seu reenchimento. A taxa de sucesso desta técnica é de 75%.
A aspiração apresenta resultado superiores à imobilização por tala, mas mesmo assim há risco de reincidência do cisto. Em cerca de 15 a 20% dos casos, o cisto retorna com frequência e se o paciente continua tendo queixas de dor ou incômodo, o ortopedista pode indicar a remoção cirúrgica do mesmo. A cirurgia pode ser feita pela via clássica ou através de artroscopia. O problema da cirurgia é que ela é um procedimento muito mais invasivo e não garante 100% de cura. Mesmo após remoção cirúrgica, o cisto sinovial pode retornar.
Autor: Dr. Pedro Pinheiro

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Incontinência urinária

                     Incontinência urinária

Sequência simples de exercícios é usada no combate ao problema e pode ser realizada a qualquer hora
Aproximadamente quinze minutos diários de exercícios simples e sem contraindicações podem afastar ou ajudar a resolver a incontinência urinária, problema que, segundo estimativas, atinge em diferentes graus até 30% das mulheres brasileiras entre 30 e 60 anos. Os especialistas acreditam que essa porcentagem pode ser até maior, já que faltam estudos epidemiológicos consistentes sobre o tema e a realidade do País. E embora também possa acometer os homens, o problema é muito mais comum nas mulheres, devido à anatomia própria do corpo feminino.
A incontinência urinária de esforço é definida como uma perda involuntária de urina ocasionada pelo aumento da pressão sobre o abdômen. É comum o relato de mulheres que, ao correr ou pular, ou mesmo ao espirrar ou rir de forma intensa, percebem que houve escape de urina. Isso acontece devido à sobrecarga ou ao desgaste natural do assoalho pélvico, uma rede de músculos e ligamentos que sustenta o útero e a vagina no lugar, além de manter o reto na posição normal. Essa estrutura também é essencial para a manutenção da força da musculatura que envolve a bexiga e a uretra.
A incontinência urinária tem forte influência na qualidade de vida do paciente. Com receio por não apresentar controle total da bexiga, o indivíduo passa a evitar o convívio social, isolando-se cada vez mais. Estudos realizados nos Estados Unidos revelam que pessoas com o problema estão duas vezes mais suscetíveis à depressão do que a população em geral. Elas também têm uma percepção pior de próprio estado de saúde, o que gera um impacto psicológico negativo.

Musculação

Assim como em outras partes do corpo, se o assoalho pélvico não for exercitado, torna-se mais fraco e menos eficaz. A situação fica mais comum com o passar da idade, em quem está acima do peso e em mulheres que já engravidaram. “Durante a gravidez e mesmo após o parto há sobrecarga dos músculos e esse desgaste pode levar à incontinência”, explica o Dr. Mariano Tamura Vieira Gomes, ginecologista do Einstein. “O problema também é muito comum na pós-menopausa: por conta da mudança hormonal, há redução das fibras de colágeno e o consequente enfraquecimento da região”, completa.
Todos os músculos do corpo, para serem fortes e exercerem bem as funções de proteção, movimentação e manutenção, precisam estar condicionados. O mesmo acontece com os do assoalho pélvico. Para fortalecer a região, os especialistas indicam às mulheres a realização dos exercícios de Kegel, inventados pelo ginecologista Arnold Kegel na década de 1940. A sequência pode evitar o aparecimento da incontinência urinária ou resolvê-la, se ela ainda estiver em um grau leve.
Naquelas mulheres que já apresentam incontinência urinária, em uma primeira consulta o médico avalia o tônus ou a fragilidade dos músculos e observa também se os reflexos estão normais. Como há mais de um tipo de incontinência, o relato da paciente também é de extrema importância. Alguns médicos pedem registros diários da perda de urina a fim de identificar possíveis hábitos que estejam levando ao problema. Se houver necessidade, é possível pedir a realização de um estudo urodinâmico, no qual o comportamento da bexiga (esvaziamento, capacidade e fluxo) são monitorados por meio de uma sonda.
Detectada a necessidade dos exercícios, o próximo passo é a conscientização do próprio corpo e entender o que é o assoalho pélvico. “Identificá-los é fácil: os músculos a serem trabalhados são aqueles usados para interromper a micção”, esclarece o Dr. Luis Augusto Seabra Rios, urologista do Einstein.
Passadas essas fases, uma equipe multiprofissional, composta por médicos e fisioterapeutas, indicará quais os movimentos e por quanto tempo eles devem ser realizados, levando em conta os aspectos avaliados pelos especialistas, além da idade e possível gravidez anterior. Os exercícios também podem – e devem – ser utilizados de forma preventiva.
A sequência é baseada na contração e relaxamento dos músculos e deve ser feita, pelo menos, três vezes ao dia, todos os dias, de bexiga vazia. A técnica básica prevê apertar e levantar os músculos pélvicos, segurá-los nessa posição por cinco segundos e depois relaxá-los pelo mesmo período. O tempo deve ir aumentando de forma gradual. Como a região trabalhada não é visível, é possível fazer os exercícios no trânsito ou no trabalho, em qualquer momento oportuno.
Os primeiros resultados começam a aparecer logo após o primeiro mês. No entanto, ressalta o Dr. Luis, o tempo que levará para apresentar algum efeito dependerá da gravidade do quadro, isto é, da quantidade de urina que se perde. “Nos casos mais graves, quando os exercícios são realizados corretamente e no mínimo três vezes por dia, os resultados podem ser percebidos após três meses e após cerca de um ano se dá a resolução completa do caso”, explica o urologista. Se depois desse período a incontinência persistir, é preciso avaliar outro método de tratamento.
Vale ressaltar que a aderência ao treino deve ser contínua e perene. Os músculos do assoalho pélvico (assim como os demais) voltam a enfraquecer se a musculação for abandonada.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Reparo e regeneração tecidual

 “Nem demais, nem de menos!”. 
Respeitar as fases do processo de reparo e regeneração tecidual é de extrema importância. Os recursos usados nos tratamentos estéticos, dentre eles, radiofrequência, ultrassom de alta potência, carboxiterapia, luz intensa pulsada, laser de alta potência, dentre outros, são tratamentos potentes, com resultados significativos em vários distúrbios estéticos. Mas como essas modalidades de energia atuam nos tecidos?
Quando somos jovens, estímulos hormonais, em especial o GH (hormônio de crescimento), induzem à síntese de proteínas e então crescemos. Nossa pele é lisa e o corpo é saudável, a degradação proteica é sempre menor que a produção. Ao atingirmos a fase adulta, por volta dos 25 anos, o estímulo de síntese tende a se equiparar ao de degradação das proteínas promovidas pelas proteases. A partir disso, iniciamos um processo em que a produção e os hormônios tendem a diminuir, o estímulo de síntese diminui gradativamente, as enzimas de degradação aumentam sua atividade e… envelhecemos…  Esse processo é inerente, todos vamos envelhecer… Mas com qual velocidade?
Sabemos que se fizermos atividade física regularmente, o processo de envelhecimento pode ser retardado. No exercício físico, para que ocorra ganho de massa muscular e remodelagem corporal, exige-se que a atividade aplicada seja sempre acima dos esforços que fazemos nas atividades de vida diária, esse método é chamado de “Princípio de Sobrecarga” por fisiologistas. A atividade intensa estimula a produção de hormônios e fatores de crescimento que promovem a produção de proteínas, porém, se o exercício é realizado em excesso, especialmente, sem intervalos de recuperação, pode ser maléfico, inclusive acelerando o processo de envelhecimento por liberação de radicais livres.
Essa analogia pode ser aplicada aos tratamentos estéticos. Quando usamos determinadas energias, estimulamos os tecidos desvitalizados a reagir e precisamos dar intervalos para que o corpo tenha tempo de resposta.
Os equipamentos usados nos tratamentos estéticos estão cada vez mais potentes, os resultados são cada vez melhores, porém, os princípios relacionados ao tempo de recuperação e resposta tecidual também devem ser respeitados. Atuamos no limite da lesão para desencadear uma resposta orgânica que chamo de “Princípio de Sobrecarga da Estética”. Um bom exemplo é quando aplicamos um peeling químico na pele, o que realmente fazemos? “Queimamos” a pele com ácidos, porém, não é uma queimadura clássica e, sim, algo controlado, modulado. Deixamos o ácido agir até determinada camada da pele, removemos e tamponamos. Essa “lesão” é subclínica, sem a intensidade dos fenômenos clássicos de um processo inflamatório, mas deve ser suficiente para ativar o processo de reparo e regeneração tecidual. Esse mecanismo ativa a principal célula da estética, o fibroblasto.
fibroblasto
Essa célula é responsável por toda a síntese de proteínas, dentre elas, o colágeno, a elastina, a substância fundamental amorfa que preenche os espaços entre as células e estruturas que compõem a pele. O tratamento induz uma reestruturação tecidual que dá aspecto mais luminoso e jovem à pele.
E essa resposta obedece às fases de reparo e regeneração tecidual de forma similar, envolvendo diferentes tipos de células e atuação temporal delas após o tratamento, no entanto, é importante ressaltar que a figura abaixo representa uma resposta inflamatória clássica com presença de calor, rubor, dor e edema, por isso, o número relativo de células por área é alto. Nos tratamentos estéticos, essa reação é bem mais branda e, geralmente, imediatamente após a sessão, a região tratada pode apresentar aumento de temperatura, avermelhada, sensação de desconforto e ligeiro edema. Essas reações são transitórias, isto é, desaparecem após alguns minutos ou horas, mas são indícios de que foram o suficiente para desencadear o processo de reparo e regeneração que vai culminar com a ativação do fibroblasto, e esse é nosso objetivo.
fibroblasto 2
Observe que imediatamente após a lesão, as células que prevalecem são inflamatórias que predominantemente produzem enzimas de degradação, que produzem fatores de crescimento que vão ativar outras células, em especial o fibroblasto, e células endoteliais para que novos vasos sanguíneos e linfáticos brotem, o pico dessa reação ocorre no 3º dia. Observe também que o ciclo de atividade do fibroblasto se inicia entre o 2º e o 3º dia, tem um pico entre o 5º e o 8º dia e decai acentuadamente por volta do 15º dia. Alguns autores colocam que essa atividade, chamada de fibroplasia, perdure até, aproximadamente, o 21º dia.
Conclusão 1: Se tratamentos potentes forem aplicados diariamente ou muito próximos, teremos predomínio de células de degradação e não de síntese.
Conclusão 2: Os intervalos devem respeitar o ciclo de atividade do colágeno que é, no mínimo, de 7 dias.
Conclusão 3: Temos que ter em mente que podemos dar o mesmo estímulo em diferentes pessoas e elas podem ter respostas diferenciadas porque a resposta tecidual é individual e dependente de fatores hormonais, nutricionais, idade, etc.
Conclusão 4: Imediatamente após o tratamento e no intervalo entre as sessões, podemos fornecer substratos, vitaminas, oligoelementos, entre outros, via dermocosméticos para melhorar a qualidade do tratamento e, assim, obter melhores resultados.
Conclusão 5: Pessoas com melhores condições nutricionais respondem muito melhor ao tratamento. A alimentação equilibrada orientada por um nutricionista, ou mesmo o uso de nutricosméticos devem ser alicerces de um bom tratamento.
Conclusão 6: Recursos que aceleram o processo de reparo e regeneração tecidual podem e devem ser utilizados entre as sessões, sempre em doses terapêuticas.
Sim! Equilíbrio e harmonia são essenciais na hora de montar um protocolo de tratamento. Conhecimentos sobre a fisiologia de reparo e regeneração tecidual também!
Como tudo na vida…Nem demais, nem de menos!