Osteopatia é um sistema autônomo de cuidados de saúde primário, que se baseia no diagnóstico diferencial, bem como no tratamento de várias disfunções e prevenção da saúde, sem o auxílio de fármacos ou cirurgia. A Osteopatia enfatiza a sua ação centrada no paciente, ao invés do sistema convencional centrado na doença. A profissão de Osteopata é uma profissão de saúde distinta, com uma formação acadêmica superior e treinos clínicos específicos. A Osteopatia utiliza várias técnicas terapêuticas manuais entre elas a da manipulação do sistema musculoesquelético (ossos, músculos e, articulações) para ajudar no tratamento de doenças.
A Osteopatia foi criada pelo médico americano Andrew Taylor Still durante a guerra civil americana no final do séc. XIX. Foi através da observação e investigação que fez uma correlação entre as patologias e a suas manifestações físicas.
A Osteopatia é considerada uma das disciplinas da medicina alternativa, ou terapêutica não convencional, uma vez que seus princípios filosóficos são diferentes dos da medicina convencional. Os tratamentos usam uma abordagem holística da saúde, considerando que a capacidade de recuperação do corpo pode ser aumentada pela estimulação das articulações. Na prática, os tratamentos da osteopatia estão enfocados em dores nas costas, pescoço e demais articulações.
OSTEOPATIA ESTRUTURAL
Segundo Irwin Koor, a estrutura (tecido músculo-esquelético) representa 80% de nosso corpo. Realiza interconecções com diversos outros tecidos e pode estar frequentemente acometido por sinais/sintomas ou disfunções. É comum pacientes se queixarem de dores estruturais ao longo da vida e a Osteopatia Estrutural surge como recurso terapêutico manual para avaliação e tratamento deste sistema.
O terapeuta com a formação em Osteopatia Estrutural é capaz a diagnosticar e corrigir as disfunções nos tecidos ósseo, muscular, neural, fascial e ligamentar. Baseia-se na biomecânica corporal, compreendendo o funcionamento de todo o corpo de forma integrada, entendendo que qualquer alteração tecidual pode quebrar a homeostase do corpo e gerar sintomas.
Dentre as varias técnicas de tratamento, o Osteopata possui diversos recursos:
– AVBA (alta velocidade e baixa amplitude) e mobilizações para as disfunções articulares e ligamentares;
– stretching e inibições de pontos gatilho para as disfunções musculares;
– técnicas funcionais para o tecido conjuntivo (ligamentos, fascias, tendões);
– técnicas neurodinâmicas para o tecido nervoso;
O objetivo das técnicas é de devolver a função específica de cada tecido restrito e assim, melhorar a homeostase e a capacidade do corpo se encontrar a própria cura. A Osteopatia estrutural é indicada para:
– Protusões e hérnias discais
– Ciáticas
– Torcicolos
– Lombalgias agudas ou crônicas
– Vertigens, neuralgias cervicobraquiais
– Tendinites (LER/DORT)
– Dor miofascial
– Entorses e traumas
– Cefaléias
– Disfunções esportivas, ortopédicas, traumática, entre outras.
– Ciáticas
– Torcicolos
– Lombalgias agudas ou crônicas
– Vertigens, neuralgias cervicobraquiais
– Tendinites (LER/DORT)
– Dor miofascial
– Entorses e traumas
– Cefaléias
– Disfunções esportivas, ortopédicas, traumática, entre outras.
OSTEOPATIA POSTURAL
Entre todos os animais, incluindo os mamíferos, o homem adulto é o único totalmente bípede. Essa característica, que alguns consideram um privilégio, acarreta um determinado número de particularidades.
No início do século passado, Charles Bell, já apresentava o problema que a Posturologia estuda atualmente: como um homem consegue manter a postura em pé contra o vento que sopra sobre ele? É evidente que ele possui um sistema de informações que permite analisar esses estímulos e produzir uma ação muscular (Sistema Tônico Postural) para se manter em equilíbrio.
Segundo Pierre- Marie Gagey e Bernard Weber, a posição ortostática, conquista da evolução filogenética do homem, criou-lhe um problema de estabilidade testemunhado pelos movimentos incessantes do centro de gravidade de seu corpo. Mesmo aparentemente imóvel, o homem ajusta sua postura permanentemente: ele “oscila”.
O controle- muito sutil- dessa postura ortostática é fruto de numerosos fatores (biomecânicos, sensoriais, neuropsicológicos) integrados em tempo real num conjunto denominado de sistema postural.
O sistema de informações denominado de entradas sensoriais foi descoberto no século XIX, cuja função permite a manutenção da posição ereta do homem contra a ação da gravidade e outras forças externas da natureza.
A Osteopatia Postural é a ciência do equilíbrio que estuda o Sistema Tônico Postural através de informações dos sistemas integradores como: os pés, os olhos, ouvido interno, a propriocepção, viscerocepção (Villeneuve). Ela também ensina a prestarem atenção nos distúrbios de oclusão, às cicatrizes nociceptivas que modificam o sistema postural.
Os receptores sensoriais quando desreguladas, geram perturbações estáticas, ou seja, desequilíbrios posturais, provocando forças anormais contrárias em diferentes tecidos do nosso corpo, sendo muitas vezes a causa de inúmeras patologias como: hérnias discais, artroses, dores na coluna vertebral (cervicais, dorsais, lombares e sacrais), nevralgias, cervicobraquialgia, ciáticas; dores com componentes estáticos (quadril, joelhos, pés); deformações na coluna (cifose, escoliose, hiperlordose); patologias esportivas (câimbras, dores musculares, tendinites); além de cefaléias, vertigens, problemas de aprendizagem…
Portanto, a Osteopatia Postural tem como objetivo avaliar os desequilíbrios posturais, analisar as diferentes entradas sensoriais e corrigi-las afim de reengramar um novo esquema corporal de uma forma equilibrada.
OSTEOPATIA VISCERAL
O estudo da osteopatia visceral está voltada para o bom funcionamento sistêmico do corpo, ou seja, as relações entre as vísceras, sistema nervoso central e o sistema estrutural.
Todos os órgãos, assim como todo o corpo, estão em movimento constante e em sincronia entre si e com todas as estruturas que os rodeiam. Quando essa sincronia estiver perturbada, estamos diante de uma disfunção osteopatia visceral. Essas disfunções são caracterizadas por víscero-espasmos, diminuição da mobilidade e motilidade da víscera, diminuição da vascularização, ptoses viscerais, aderências decorrentes de inflamações, infecções, intervenções cirúrgicas, traumas, postura incorreta por demasiado tempo, entre outros. Na visão osteopática, essas alterações viscerais também podem ter origem simpática, parassimpática, hormonal, restrição tecidual e diminuição do líquido seroso presente na cavidade abdominal.
O método avaliativo e terapêutico das vísceras foi desenvolvido pelo osteopata e fisioterapeuta francês Dr. Jean-Pierre Barral, considerado o pai da manipulação visceral por sua dedicação de mais de 30 anos de estudos clínicos e dissecativos. Ele percebeu que as manipulações da coluna alteravam o funcionamento dos órgãos e se propôs a estudar o caminho contrário: se as manipulações das vísceras alteravam os sinais clínicos da coluna.
De forma geral são descritas 3 técnicas de correção das disfunções viscerais:
Técnica Direta: são técnicas de alavancas curtas, indicada pra tratar disfunções da mobilidade visceral.
Técnica Indireta: são técnicas de alavancas longas, também utilizadas para tratar as disfunções da mobilidade visceral.
Técnicas de Indução: são técnicas utilizadas para tratar a disfunção da mobilidade visceral.
Técnica Indireta: são técnicas de alavancas longas, também utilizadas para tratar as disfunções da mobilidade visceral.
Técnicas de Indução: são técnicas utilizadas para tratar a disfunção da mobilidade visceral.
Os principais efeitos da manipulação visceral são: eliminação do espasmo reflexo da musculatura lisa do trato visceral; estiramento das fáscias com o fim de liberar as aderências e dar elasticidade e liberdade de movimento.
A osteopatia visceral é indicada para:
– hérnia de hiato;
– ptoses viscerais;
– constipação intestinal e refluxo (inclusive em bebês);
– distúrbios hepatobiliares;
– alterações cardíacas;
– distúrbios renais;
– alterações do ciclo menstrual;
– queda da imunidade;
– patologias sistêmicas de origem visceral, entre outras.
– ptoses viscerais;
– constipação intestinal e refluxo (inclusive em bebês);
– distúrbios hepatobiliares;
– alterações cardíacas;
– distúrbios renais;
– alterações do ciclo menstrual;
– queda da imunidade;
– patologias sistêmicas de origem visceral, entre outras.
OSTEOPATIA CRANIANA
A osteopatia craniana foi desenvolvida por Willian Garner Sutherland (1873 – 1954), que foi um dos melhores alunos da primeira turma de osteopatia formada por Andrew Taylor Still, em Kirskiville.
Sutherland descobriu um sistema de regulação para o organismo que se manifestava através de um movimento lento e rítmico do crânio, denominando-o de MRP (Movimento Respiratório Primário).
Tempos depois, entre os anos de 1975 – 1983 outro médico e osteopata americano Dr. John Upledger desenvolveu estudos sobre o movimento sincronizado entre o osso occipital e o osso sacro, batizado mais tarde de ritmo craniossacral.
A Osteopatia Craniana consiste em liberar restrições do sistema craniossacral e seus componentes, dissipando os efeitos negativos do estresse, facilitando o processo de recuperação do próprio corpo (principio da auto cura).
Estes movimentos podem ser detectados em qualquer parte do corpo, mas com mais facilidade no crânio, sacro e cóccix. Quando o problema é detectado, o osteopata utiliza técnicas manuais delicadas para liberar estas áreas e dissipar as tensões que podem causar restrições em todo o corpo.
A Osteopatia Craniana devolve ao corpo a otimização fisiológica, deixando-o integralmente preparado para a autocura sempre que necessário.
A Osteopatia Craniana é indicada para:
– Dores de Cabeça e Enxaqueca.
– Labirintite.
– Rinite e Sinusite.
– Nevralgias do Nervo Trigêmeo.
– Dores Crônicas Vertebrais.
– Problemas Relacionados ao Estresse.
– Dificuldades de Coordenação Motora.
– Disfunções em Recém-nascidos e Crianças.
– Lesões por Traumatismos Cranianos e Medulares.
– Fadiga Crônica.
– Fibromialgia.
– Disfunções da Articulação Temporomandibular (ATM).
– Escoliose.
– Disfunções do Sistema Nervoso Central.
– Regulação do SNA (Sistema Nervoso Autônomo).
– Estresse Pós-traumático.
– Dificuldades Emocionais.
– Entre outras.
– Labirintite.
– Rinite e Sinusite.
– Nevralgias do Nervo Trigêmeo.
– Dores Crônicas Vertebrais.
– Problemas Relacionados ao Estresse.
– Dificuldades de Coordenação Motora.
– Disfunções em Recém-nascidos e Crianças.
– Lesões por Traumatismos Cranianos e Medulares.
– Fadiga Crônica.
– Fibromialgia.
– Disfunções da Articulação Temporomandibular (ATM).
– Escoliose.
– Disfunções do Sistema Nervoso Central.
– Regulação do SNA (Sistema Nervoso Autônomo).
– Estresse Pós-traumático.
– Dificuldades Emocionais.
– Entre outras.
OSTEOPATIA INFORMATIVA
A Osteopatia Informativa surgiu para preencher uma lacuna existente nos princípios filosóficos da Osteopatia criada por Still, onde ele dizia que a doença é fruto do meio ambiente, fator nutricional e psíquico, porém não sabíamos como atuar nos pacientes que necessitavam de um suporte para as doenças com características emocionais. Passamos a compreender a partir dos ensinamentos do Dr. Hamer, que a doença também faz parte de um programa biológico de sobrevivência das espécies, onde o que sentimos que chamamos de percepção, pode ser a causa de doenças.
A partir desse momento o terapeuta consegue identificar e trabalhar os sentimentos dos pacientes, os conduzindo a reparação de seus conflitos, modificando a sua percepção e também ajudando por meio de técnicas aprendidas nos outros 04 níveis da formação em Osteopatia (no IDOT) O corpo a se auto curar e passar pelos seus obstáculos, sejam esses físicos ou emocionais.
O terapeuta com formação em Osteopatia Informativa aprenderá a identificar e diferenciar a doença baseada em dois modelos. A que surge a partir de desequilíbrios mecânicos do corpo (modelo mecânico), já estudado nos outros 04 níveis (Estrutural, Postural, Visceral e Craniana), e as provenientes de um estado de hiperestresse (conflito), que seria o modelo biológico de sobrevivência não consciente (modelo biológico). Dessa forma, o profissional saberá criar a melhor estratégia de tratamento a partir destes dois modelos.
Dentre as técnicas de tratamento temos:
A informação Verbal – que será dada quando o paciente está passando por um conflito, na fase ativa do problema, com o intuito de ajudá-lo a tomar consciência de seu problema e conduzi-lo a uma mudança da percepção, trocando um sentimento “ruim”, causador de doença, por um sentimento melhor, que traga ao paciente o relaxamento e a autocura.
Na fase pós-conflito (PCL) – na qual o conflito encontra-se resolvido, sendo está fase onde aparecerão os grandes sintomas, por exemplo, a inflamação. O terapeuta poderá usar todas as técnicas que aprendeu ao longo da formação em Osteopatia, e utilizá-las para ajudar o paciente e o corpo a passarem pelos sintomas de uma forma mais amena de modo a encontrar a cura.
O objetivo das técnicas são ajudar o paciente a mudar a sua percepção, e também ajudá-lo a passar por seus sintomas encontrando novamente a normotonia e a homeostase.
A Osteopatia Informativa está indicada para todas as doenças existentes, desde que tenham sido causadas por um conflito, que pode ser definido como algo brutal e inesperado e irá desencadear doenças como forma de manter a sobrevivência da espécie.
Fonte: IDOT ( Instituto Docusse de Osteopatia e Terapia Manual)
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