Há casos registrados de terror noturno em todas as idades, entretanto eles são mais freqüentes na infância. Ele atinge de 1% a 5% das crianças em fase escolar.
Existem pesquisas que comprovam que as crianças com sonambulismo normalmente sofrem de terror noturno. Essa, assim como o sonambulismo, também é uma parassônia limitada, que ocorre durante três ou quatro anos. Porém, foi observado que 36% dos casos continuaram se apresentando até a adolescência.
É possível encontrar também maior duração do terror noturno, ao longo da infância, em crianças com história familiar de sonambulismo, o que desperta a possibilidade de que esta parassônia possa ser genética.
As crises de terror noturno variam de 10 a 45 segundos e são assustadoras. A pessoa que dormia tranqüilamente movimenta-se de maneira brusca, pode se sentar ou levantar e grita, com a fisionomia aterrorizada. Os berros são de socorro em decorrência de alguma coisa que apavora muito a pessoa. Nem os familiares conseguem tranqüilizar a pessoa no princípio. Caso a pessoa afligida seja acordada, irá se apresentar confusa e não recordará o que a apavorou, só detalhes, na manhã seguinte, ela não se recordará de nada.
Freqüentemente as crises de terror noturno se iniciam no primeiro terço da noite. 70% dos casos têm essa parassonia principiando no primeiro estágio 4 da noite. Por isso, porque acontece em conseqüência de uma reação de ativação durante os estágios 3 e 4, o terror noturno pode ser classificado na mesma categoria do sonambulismo, ou seja, uma parassônia de reações de ativação ou despertar parcial.
Em adultos, crises de terror noturno podem ser confundidas com o distúrbio comportamental do sono REM, por apresentar a mesma sintomatologia: sudorese, piloereção, midríase, taquipnéia e taquicardia. Na dúvida, uma polissonografia esclarece e diferencia.
Os pacientes com terror noturno podem ser divididos em dois grupos, quanto ao comprometimento emocional. No primeiro, pessoas que apresentaram terror noturno só na infância, não apresentam problemas psicológicos. No segundo, adultos que não haviam apresentado terror noturno na infância e começam a ter o problema depois dos trinta anos. Neste, uma minoria apresenta problemas emocionais e podem contribuir para crises de terror noturno em situações de ingestão de bebidas alcoólicas, estresse e privação de sono. Outro fator que pode contribuir para o início das crises é a ingestão de drogas como os tricíclicos, as benzodiazepinas e drogas antiarrítmicas. Em anciões, crises podem ser iniciadas por um quadro de patologia febril.
Tratamento terapêutico
Normalmente o terror noturno acaba na faixa etária dos 20 anos. Para essas pessoas não é necessário tratamento, só um acompanhamento psicológico para o paciente e para a família. Em algumas crianças com crises muito freqüentes e repetidas durante a mesma noite, medicamentos podem ajudar de maneira auxiliar por um tempo limitado. Como as medicações como benzodiazepinas ou de imipramina ao deitar, pelo tempo máximo de duas semanas.
Já nos adultos, utilizam-se as benzodiazepinas e antidepressivos tricíclicos. Tratamentos que não utilizem medicação, como a psicoterapia, por exemplo, podem ser muito úteis em alguns casos.
Fonte: Redação do Saúde em Movimento
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