O
aumento das glândulas mamárias no sexo masculino é denominada ginecomastia. Ela
pode ser acompanhada também de acúmulo de gordura na região, assim como por
flacidez e/ou excesso de pele, além de alterações no tamanho das aréolas e dos
mamilos em alguns casos.
As
causas para esta deformidade são diversas:
-
alterações hormonais
-
uso crônico de alguns medicamentos como esteróides anabolizantes
-
uso crônico de drogas como a maconha e o álcool, etc
Na
grande maioria das vezes a causa é desconhecida e, esporadicamente, os casos
menores podem regredir espontaneamente. Alguns pacientes podem apresentar dor e
desconforto na região, além do incômodo estético.
A
análise das mamas pelo ultrassom é necessária para definir que tecido o
paciente terá em excesso: ou tecido gorduroso, ou tecido glandular ou uma
mistura de ambos.
Além
disso, semelhante ao que ocorre nas mulheres, a glândula mamária masculina
também pode apresentar cistos ou nódulos que, caso ocorram, precisam ser
submetidos a uma pesquisa diagnóstica antes de operarmos o paciente, para
avaliarmos a possibilidade de doença maligna, que é bastante rara nos homens,
mas possível de acontecer.
Após
essas considerações, caso prevaleça o tecido gorduroso, o tratamento pode ser
por lipoaspiração somente. Se prevalecer o tecido glandular, o tratamento será
através da retirada cirúrgica. Se ambos os tecidos estiverem aumentados,
podemos fazer uso tanto da lipo como da retirada cirúrgica.
O
tratamento para a correção da ginecomastia pode ser realizado a partir da
adolescência. A cicatriz é colocada na metade inferior das aréolas, na
transição entre a pele escura e a pele clara. Através desta incisão fazemos a
retirada do excesso da glândula mamária.
Ao
final da cirurgia são colocados drenos, os quais serão retirados após 3 a 5
dias. Nos pacientes que necessitarem apenas da lipo, não será preciso o uso dos
drenos.
No
pós-operatório, as dores são poucas e utilizamos apenas analgésicos comuns.
Desde o início, é necessário o uso de cinta elástica no tórax durante 30 a 45
dias para evitar grandes inchaços e acúmulo de líquidos abaixo da pele.
O
retorno às atividades de trabalho que não exige esforço se dará com 5 a 7 dias.
Com 15 dias, o paciente pode voltar a praticar exercícios leves como caminhada.
Com cerca de 30 dias, é possível o retorno gradual à prática de exercícios
localizados para a região peitoral. Como na maioria das cirurgias plásticas, as
drenagens linfáticas são indicadas.
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