quinta-feira, 4 de abril de 2013

Paciencia





“Paciência

Entender que tudo tem seu tempo. Que tudo vem a seu tempo. Dar o tempo necessário. Para crescer. Para Brotar. Florescer. Aceitar o ciclo da vida. Respeitar o fluxo do tempo. Observar o tempo passar. Esperar o tempo certo. Pra plantar. Pra colher. Pra agir. Pra seguir. Pra aprender.”

Sábias palavras. O problema está em distinguir quando devemos realmente dar o tempo para que as coisas aconteçam, permanecendo na posição passiva e paciente da espera, de quando temos que agir ativamente para que elas aconteçam de fato. Encontrar o equilíbrio nessa equação não é fácil.

Há situações na vida onde somos chamados a agir, tomar decisões rápidas ou nem tanto, mas onde a última opção é permanecer na espera. Em outras já somos testados em nossa capacidade de deixar o tempo correr para ajeitar o que deve ser ajustado, e o melhor a fazer é ponderar, questionar, rever, estudar, observar, analisar prós e contras...

Um exemplo dessa situação é o questionamento da escolha da profissão. É comum chegarmos ao meio do caminho, por volta dos 50 anos, questionando se o que escolhemos como profissão nos faz feliz. Muitos chegam à triste conclusão de que não estão realizados profissionalmente, mas não sabem que caminho seguir caso decidam experimentar algo novo.

Por onde começar? E a coragem para tentar algo novo? E se não der certo? Será que ainda dá tempo de começar algo do zero? Como fica a questão financeira?

Nesse momento é necessária uma avaliação do que se tem em mãos e dos meios para se conseguir a mudança, caso seja realmente possível, o que pressupõe um bom planejamento dos passos a serem dados, assim como a avaliação dos riscos envolvidos no processo. E ter em mente que é um processo, ou seja, nada acontece da noite para o dia...

Aí entra a paciência novamente para investir, aprender, calcular, esperar amadurecer e colher os frutos.

Nos relacionamentos esse questionamento também acontece frequentemente, e por vezes a paciência para se lidar com o estresse causado e investir no tratamento e mudanças necessárias em decorrência dele não é suficiente para segurar uma união. Pessoas se veem questionando casamentos que pareciam bons, satisfatórios, mas que com o passar dos anos foram acumulando pequenas frustrações mal resolvidas, culminando numa crise onde tudo é posto em xeque. Mais do que paciência, aqui é preciso uma dose alta de maturidade, auto conhecimento emocional, respeito mútuo, boa vontade e tolerância, além da disponibilidade para se falar sobre coisas antes evitadas por algum motivo, mas que se fazem absolutamente necessárias nesse momento. Uma crise desse nível pode demorar meses, ou mesmo anos, caso não seja devidamente olhada e cuidada, de preferência com a ajuda de uma psicoterapia. Porém, ao sair dela você será um ser humano melhor, mais maduro, mais seguro de si e verdadeiro.

Com a maturidade a paciência aumenta para certas coisas, e diminui para outras. Fica claro que para tudo na vida é necessário um período de investimento e espera, e ao final o resultado pode ser bastante compensador. Já certas mesquinharias e discussões sem importância são menos toleradas, pois o tempo é precioso para ser desperdiçado com coisas tão pequenas, que não nos levarão a lugar algum.

Por fim, se você está passando por algum momento delicado em sua vida, questionando escolhas que um dia fizeram todo o sentido, mas que agora já não o satisfazem mais... tenha paciência e mergulhe profundamente dentro de si, procurando o que realmente lhe faria feliz nessa vida, e não tenha medo de fazer as mudanças necessárias para isso. Afinal, tudo tem seu tempo...

Fonte: Marina Vasconcellos

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