“Paciência
Entender que tudo tem seu tempo. Que tudo
vem a seu tempo. Dar o tempo necessário. Para crescer. Para Brotar. Florescer.
Aceitar o ciclo da vida. Respeitar o fluxo do tempo. Observar o tempo passar.
Esperar o tempo certo. Pra plantar. Pra colher. Pra agir. Pra seguir. Pra
aprender.”
Sábias palavras. O problema está em
distinguir quando devemos realmente dar o tempo para que as coisas aconteçam,
permanecendo na posição passiva e paciente da espera, de quando temos que agir
ativamente para que elas aconteçam de fato. Encontrar o equilíbrio nessa
equação não é fácil.
Há situações na vida onde somos chamados a
agir, tomar decisões rápidas ou nem tanto, mas onde a última opção é permanecer
na espera. Em outras já somos testados em nossa capacidade de deixar o tempo
correr para ajeitar o que deve ser ajustado, e o melhor a fazer é ponderar,
questionar, rever, estudar, observar, analisar prós e contras...
Um exemplo dessa situação é o questionamento
da escolha da profissão. É comum chegarmos ao meio do caminho, por volta dos 50
anos, questionando se o que escolhemos como profissão nos faz feliz. Muitos
chegam à triste conclusão de que não estão realizados profissionalmente, mas
não sabem que caminho seguir caso decidam experimentar algo novo.
Por onde começar? E a coragem para tentar
algo novo? E se não der certo? Será que ainda dá tempo de começar algo do zero?
Como fica a questão financeira?
Nesse momento é necessária uma avaliação do
que se tem em mãos e dos meios para se conseguir a mudança, caso seja realmente
possível, o que pressupõe um bom planejamento dos passos a serem dados, assim
como a avaliação dos riscos envolvidos no processo. E ter em mente que é um
processo, ou seja, nada acontece da noite para o dia...
Aí entra a paciência novamente para
investir, aprender, calcular, esperar amadurecer e colher os frutos.
Nos relacionamentos esse questionamento
também acontece frequentemente, e por vezes a paciência para se lidar com o
estresse causado e investir no tratamento e mudanças necessárias em decorrência
dele não é suficiente para segurar uma união. Pessoas se veem questionando
casamentos que pareciam bons, satisfatórios, mas que com o passar dos anos
foram acumulando pequenas frustrações mal resolvidas, culminando numa crise
onde tudo é posto em xeque. Mais do que paciência, aqui é preciso uma dose alta
de maturidade, auto conhecimento emocional, respeito mútuo, boa vontade e
tolerância, além da disponibilidade para se falar sobre coisas antes evitadas
por algum motivo, mas que se fazem absolutamente necessárias nesse momento. Uma
crise desse nível pode demorar meses, ou mesmo anos, caso não seja devidamente
olhada e cuidada, de preferência com a ajuda de uma psicoterapia. Porém, ao
sair dela você será um ser humano melhor, mais maduro, mais seguro de si e
verdadeiro.
Com a maturidade a paciência aumenta para
certas coisas, e diminui para outras. Fica claro que para tudo na vida é
necessário um período de investimento e espera, e ao final o resultado pode ser
bastante compensador. Já certas mesquinharias e discussões sem importância são
menos toleradas, pois o tempo é precioso para ser desperdiçado com coisas tão
pequenas, que não nos levarão a lugar algum.
Por fim, se você está passando por algum
momento delicado em sua vida, questionando escolhas que um dia fizeram todo o
sentido, mas que agora já não o satisfazem mais... tenha paciência e mergulhe
profundamente dentro de si, procurando o que realmente lhe faria feliz nessa
vida, e não tenha medo de fazer as mudanças necessárias para isso. Afinal, tudo
tem seu tempo...
Fonte: Marina Vasconcellos
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