quarta-feira, 10 de abril de 2013

Trate a incontinência urinára pós-gestação por meio do pilates






A perda de urina involuntária é chamada de incontinência urinária (IU), condição esta relatada como um problema higiênico e social. A IU ocorre por diversos fatores, sejam eles primários ou os que se agravam com a mesma. A idade avançada, obesidade, menopausa, constipação intestinal, gravidez, entre outros, levam ao enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico e períneo, que é um conjunto de músculos que tem como função, sustentar os órgãos pélvicos, mantendo assim, o controle dos esfíncteres, principalmente a micção (urina).

Durante a gestação, a incontinência urinária normalmente ocorre devido à pressão na bexiga, comprimida pelo útero aumentado. No entanto, assim que termina a gravidez, a mulher tende a recuperar o controle da urina.

O problema também pode acontecer se a mulher apresentar uma composição genética fraca de seu colágeno (uma proteína importante para unir e fortalecer tecidos do organismo), o que pode já acarretar na frouxidão dos músculos que envolvem a bexiga e assoalho pélvico. Ou também pelo simples motivo do estiramento e/ou relaxamento desses músculos devido à gravidez. Outros fatores agravantes podem ocorrer durante um parto normal: se o bebê for muito grande, o parto for mal assistido ou se for utilizado fórceps de maneira errada. Nessas condições, os músculos que apóiam a bexiga podem ser lesionados permanentemente.

Muitas mulheres não sabem, mas existem exercícios específicos, com o objetivo de melhorar e/ou restaurar esses músculo, devolvendo-a uma melhor condição ou solução do problema. O pilates pode ajudar a combater e a tratar a incontinência urinária, pois tem como objetivo principal, o controle e fortalecimento da musculatura pélvica. Através das aulas de pilates, a paciente pode trabalhar dando ênfase a musculatura de sustentação : abdômen, lombar, glúteos e toda região pélvica, especialmente o períneo (área entre o ânus e a uretra), explica o fisioterapeuta Bruno Andrade Costa, especialista em fisioterapia músculo- esquelética e pós-graduado em fisoterapia traumato- ortopédica, do Zahra Spa & Estética. Vale salientar que é o Pilates é a única atividade completa, quando se pensa em fortalecer todos esses grupos musculares associados, e de forma não invasiva. O mesmo aumenta a consciência corporal e muscular, e todos os exercícios são associados com respiração e controle abdominal.

Pode-se ter excelentes resultados quando se utilizam exercícios específicos para a musculatura do assoalho pélvico, adquirindo maior controle da urina. É muito importante que cada aluna seja avaliada quanto ao grau de força do assoalho pélvico e o nível de consciência da ação dessa musculatura.

Também vale ressaltar que os casos de incontinência urinária devem ser acompanhados por um médico ginecologista e/ou obstetra, o qual em parceria com o fisioterapeuta indicará o exercício ideal. Ao fisioterapeuta caberá a tarefa de desenvolver e aplicar um plano de reeducação da musculatura de assoalho pélvico, através de um processo individualizado e que dê resposta às necessidades de cada paciente.

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