A
perda de urina involuntária é chamada de incontinência urinária (IU), condição
esta relatada como um problema higiênico e social. A IU ocorre por diversos
fatores, sejam eles primários ou os que se agravam com a mesma. A idade
avançada, obesidade, menopausa, constipação intestinal, gravidez, entre outros,
levam ao enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico e períneo, que é um
conjunto de músculos que tem como função, sustentar os órgãos pélvicos,
mantendo assim, o controle dos esfíncteres, principalmente a micção (urina).
Durante
a gestação, a incontinência urinária normalmente ocorre devido à pressão na
bexiga, comprimida pelo útero aumentado. No entanto, assim que termina a
gravidez, a mulher tende a recuperar o controle da urina.
O
problema também pode acontecer se a mulher apresentar uma composição genética
fraca de seu colágeno (uma proteína importante para unir e fortalecer tecidos
do organismo), o que pode já acarretar na frouxidão dos músculos que envolvem a
bexiga e assoalho pélvico. Ou também pelo simples motivo do estiramento e/ou
relaxamento desses músculos devido à gravidez. Outros fatores agravantes podem
ocorrer durante um parto normal: se o bebê for muito grande, o parto for mal
assistido ou se for utilizado fórceps de maneira errada. Nessas condições, os
músculos que apóiam a bexiga podem ser lesionados permanentemente.
Muitas
mulheres não sabem, mas existem exercícios específicos, com o objetivo de
melhorar e/ou restaurar esses músculo, devolvendo-a uma melhor condição ou
solução do problema. O pilates pode ajudar a combater e a tratar a
incontinência urinária, pois tem como objetivo principal, o controle e
fortalecimento da musculatura pélvica. Através das aulas de pilates, a paciente
pode trabalhar dando ênfase a musculatura de sustentação : abdômen, lombar,
glúteos e toda região pélvica, especialmente o períneo (área entre o ânus e a
uretra), explica o fisioterapeuta Bruno Andrade Costa, especialista em
fisioterapia músculo- esquelética e pós-graduado em fisoterapia traumato-
ortopédica, do Zahra Spa & Estética. Vale salientar que é o Pilates é a
única atividade completa, quando se pensa em fortalecer todos esses grupos
musculares associados, e de forma não invasiva. O mesmo aumenta a consciência
corporal e muscular, e todos os exercícios são associados com respiração e
controle abdominal.
Pode-se
ter excelentes resultados quando se utilizam exercícios específicos para a
musculatura do assoalho pélvico, adquirindo maior controle da urina. É muito
importante que cada aluna seja avaliada quanto ao grau de força do assoalho
pélvico e o nível de consciência da ação dessa musculatura.
Também
vale ressaltar que os casos de incontinência urinária devem ser acompanhados
por um médico ginecologista e/ou obstetra, o qual em parceria com o
fisioterapeuta indicará o exercício ideal. Ao fisioterapeuta caberá a tarefa de
desenvolver e aplicar um plano de reeducação da musculatura de assoalho
pélvico, através de um processo individualizado e que dê resposta às
necessidades de cada paciente.
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