segunda-feira, 24 de junho de 2013

Mitos e Verdades sobre Alimentação e Emagrecimento



Frequentemente alguns mitos relacionados à alimentação com objetivo de emagrecimento, se levados a sério, podem prejudicar a saúde das pessoas ou até mesmo provocar um efeito contrário do pretendido.

Seguem alguns dos principais pontos que podem te ajudar (ou atrapalhar) a alcançar seus objetivos:

Não jantar emagrece?

MITO. Passar longos períodos sem se alimentar provoca uma queda no metabolismo, o organismo entende que está passando por um período de restrição de alimentos e gasta menos calorias no intuito de preservas suas reservas energéticas.

Outro problema de pular refeições é a quantidade de alimentos que será ingerida na próxima refeição além do organismo armazenar uma quantidade maior de gordura, porque ele não sabe quando se alimentará novamente. Portanto, pular refeições e ficar muito tempo sem comer pode colaborar para o ganho peso e não para emagrecer.

Dietas deixam o metabolismo mais lento?

VERDADE. Restrição energética induz a uma queda no metabolismo basal de 6 a 40%, o organismo diminui o metabolismo com o objetivo de preservar suas reservas energéticas. A conduta mais eficiente para atenuar essa queda no metabolismo é aumentar o gasto energético total através do aumento da atividade.

A atividade física contribui de 25 a 35% no gasto energético total. Enfim, não basta só fazer atividade física, nem só restrição energética, a melhor opção é a associação dessas duas condutas para otimizar a perda de gordura corporal.

Dietas Restritivas São Eficientes?

MITO. Dietas muito restritivas em calorias induzem a uma perda de peso inicial relativamente rápida, devido ao déficit energético resultante dessa restrição calórica, mas exatamente por serem muito restritivas são difíceis de serem mantida. Por isso esses tipos de dietas são, geralmente, utilizadas como tratamentos temporários. Com o abandono da dieta, retornam-se os antigos padrões que estão relacionados ao sobrepeso.

E, é aí que mora o maior perigo dessas dietas, períodos de restrição severa de calorias causam uma alteração no metabolismo energético do organismo, o corpo se torna ainda mais eficiente em armazenar energia para se prevenir de novos períodos de restrição, então quando o consumo alimentar volta ao habitual todo o peso perdido é recuperado e até mesmo, maior que o peso anterior.

Esse fenómeno é o denominado de “Efeito Sanfona”, e traz muitos malefícios ao organismo, já que cada vez que o organismo passa por privações energéticas ele tem que se readaptar, tornando-se cada vez mais eficiente em estocar energia e mais resistente a perder peso, além de favorecer o aparecimento de estrias, celulite e flacidez pela perda de massa magra (músculos).

Outros efeitos nocivos que essas práticas são as deficiências nutricionais, principalmente as de vitaminas e minerais, que são prejudiciais à saúde e também para a estética, já que interferem negativamente na beleza das unhas, cabelos e pele.

Dietas que excluem grupos alimentares, como carboidratos, proteínas ou gorduras, são eficazes?

MITO. Da mesma forma que as dietas muito restritivas em calorias, as dietas que excluem totalmente um grupo de alimento, como carboidratos, proteínas ou gorduras, levam a uma perda de peso no inicial, acarretada por uma desidratação ou por déficit energético causado pela monotonia e menor palatabilidade da dieta, e por isso também se tornam dietas difíceis de serem mantidas por muito tempo.

Além dos mesmos efeitos adversos causados pela dieta restritiva (efeito sanfona), esse tipo de dieta não fornece todos os nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo trazendo vários efeitos adversos ao organismo como alterações no perfil lipídico (aumento de colesterol total, LDL colesterol, triglicérides e diminuição HDL), irritabilidade, fraqueza, constipação, halitose crónica, dores de cabeça, aumento do risco de doenças cardiovasculares e cancro e risco de menor consumo de ácidos graxos essenciais e perda de massa muscular, já que são baseadas na exclusão de grupos de grupos alimentos,

Comer devagar pode auxiliar no emagrecimento?

VERDADE. Quando nos alimentamos, à medida que o estômago se distende e também que os nutrientes da refeição cheguem ao intestino, o sistema gastrointestinal libera substâncias que sinalizam ao Sistema Nervoso Central que já nos alimentamos o bastante. Essas substâncias tem seu maior pico em média 30 minutos após o início da ingestão da refeição, portanto quem come rápido demais até que esses sinais cheguem ao cérebro certamente terá ingerido porções maiores de alimentos em comparação com pessoas que comem devagar.

Praticar exercícios em jejum emagrece?

MITO. Além do risco do individuo não conseguir manter o exercício por muito tempo, já que falta de substratos energéticos é um dos motivos que levam à fadiga, os exercícios em jejum causam a diminuição da massa muscular e não de gorduras, pois a queima das gorduras depende dos estoques de carboidratos do organismo, se os estoques de carboidratos estiverem baixos, quem pagará essa conta são as proteínas, vindas da massa muscular.

A melhor opção é fazer uma refeição cerca de 30 a 40 minutos antes do seu exercício, dando preferência aos carboidratos de baixo índice glicêmico que resulta em respostas glicêmica e insulinêmica mais estáveis, aumento do metabolismo lipídico durante o exercício e melhora da performance.

Comer Carboidratos à noite engorda?

MITO. O que provoca o ganho de peso é o excesso de calorias, derivadas tanto dos carboidratos, das proteínas e das gorduras, e não o consumo de carboidratos. Já que os carboidratos possuem o mesmo valor calórico que as proteínas (4Kcal/g) e menos que a gordura (9Kcal/g) os carboidratos ingeridos à noite não podem ser os culpados pelo ganho de peso ou pela dificuldade em emagrecer.

Durante à noite, o metabolismo diminui, então, ingerir uma refeição “mais leve”, ou seja, com menor quantidade energética, diminuir o consumo de todos os grupos de alimentos, inclusive de carboidratos, e atentar-se sempre para a qualidade dos carboidratos, dê preferência aos alimentos integrais como arroz, pão e macarrão integrais.


Conclusão… O mais indicado é uma dieta balanceada, com todos os nutrientes necessários para o correto funcionamento do organismo em quantidades adequadas, é necessária sim que exista uma diminuição calórica associada à prática de atividade física regular para que ocorra o déficits energético e consequentemente o emagrecimento, mas isso deve ser feito de uma maneira gradual, com mudanças de hábitos indesejáveis que levam ao sobrepeso, dessa forma haverá uma reeducação alimentar que poderá se prolongar ao longo da vida, o que facilita a manutenção do peso perdido, e não o que ocorre com essas dietas da moda que são encaradas como tratamento temporário.

A verdade é que muitas desses mitos surgiram de uma interpretação incorreta da maneira que o organismo trabalha em relação aos alimentos. Deste modo, antes de tomar alguma decisão a respeito de sua alimentação procure um profissional e esclareça todas as suas dúvidas!

Fonte:nutritips.com.br

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